Os Mercenários 4 é o mais novo filme da franquia iniciada em 2010, liderada por Sylvester Stallone e grande elenco de apoio.
Sinopse
Um grupo terrorista faz um ataque na Líbia e consegue roubar uma arma de destruição gigantesca.
Agora, Barney Ross (Sylvester Stallone) e seu time de mercenários vai tentar impedir os bandidos e salvar o mundo de uma Terceira Guerra Mundial.
Análise de Mercenários 4
Imagine um filme sem direção, roteiro, atores desinteressados ou pela zoeira e um orçamento absurdo de US$ 100 milhões de dólares nas mãos.
Imaginou? Sim, esse filme existe e se chama Os Mercenários 4…
Fiquei abismado com como nada, absolutamente NADA nessa obra funciona.
É até difícil de começar a elencar o que mais me incomodou, uma vez que o longa-metragem é um desastre completo.
É nítido que alguns atores estão ali apenas pelo dinheiro, outros, nem isso. Stallone, por exemplo, aparece apenas de forma protocolar, sem sequer querer fazer parte do projeto. Sua preguiça e falta de vontade emana da tela, o que deixa uma série de dúvidas na minha cabeça sobre o por quê de Os Mercenários 4 ter existido. Talvez um contrato longo, ou até mesmo a ideia de fazer algo bom, mas tudo dar errado no meio do caminho, enfim, existem várias dúvidas aqui.
Pois bem, vamos fazer a análise sem enrolação…
O projeto prometia cenas de ação de tirar o fôlego, principalmente com as confirmações dos excelentes artistas marciais Tony Jaa e Iko Uwais, que fazem um trabalho excepcional no cinema asiático.
Entretanto, com uma direção EXTREMAMENTE incompetente, não há quem possa salvar o dia.
Scott Waugh, que também dirigiu o sofrível Projeto Extração, picota o longa e parece não ter ideia do que está fazendo em Os Mercenários 4. Além de não conseguir dar continuidade nas lutas, os tiroteios e até mesmo localização é bem difícil de entender.
O CGI é um capítulo à parte, pois além de estar sempre presente em tudo, ele está completamente horrível, lembrando e muito as cutscenes de jogos do saudoso PlayStation 1.
É incompreensível como um filme com um orçamento tão grande consiga entregar tão pouco tecnicamente. Os Mercenários nunca teve um roteiro bom, mas pelo menos a ação e as relações dos personagens funcionava.
No quarto filme, além de sobrarem apenas os piores membros da equipe, com exceção do canastrão Lee (Jason Statham), que é o protagonista, os demais não agregam em nada e outros até atrapalham, como é o caso de Randy Couture (o pior mercenário desde o primeiro) e Galan (Jacob Scipio), que é o filho de Galgo e tem apenas o papel de ser bonito e um péssimo alívio cômico e, por fim, Megan Fox e Andy Garcia que estão aqui para garantir o cachê.
A primeira está como sempre, com cara de quem está sensualizando na balada, a diferença agora é que ela mata uns capangas no processo. Já o segundo fica arrotando piadas infames sobre verrugas penianas e fica o tempo todo com um palito de dente na boca como uma paródia dos péssimos personagens de filmes B de ação oitentistas.
Aliás, as piadas são completamente desencaixadas, apenas com o intuito de constranger. Tem, literalmente, várias piadas sobre genitais.
A vasta quantidade de atores no elenco causa irregularidade de presenças em cena, tanto que fora Statham, ninguém se destaca. 50 Cent está qualquer coisa aqui de tão genérico.
O protagonismo de Statham é a cereja do bolo para a desgraça, já que o ator está apenas querendo se divertir com um grau de canastrice absurda. Tudo soa mega artificial e sua presença de tela fica escondida por uma péssima condução da direção.
Veredito
Os Mercenários 4 é um desserviço completo, sendo uma continuação completamente abaixo do aceitável até mesmo dentro da franquia, que conta com o horroroso Os Mercenários 3.
Se você está contra a greve dos roteiristas e dos atores, reveja seu posicionamento ao ver a nova obra de Sly e companhia, pois aqui temos a completa antítese do que é cinema.
0,8/5,0
Confira o trailer de Os Mercenários 4:
