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    CRÍTICA – O Continental: Do Mundo de John Wick não tem o charme da franquia

    O Continental: Do Mundo de John Wick é uma minissérie prequela de John Wick e conta com o polêmico Mel Gibson em seu elenco. A série faz parte do catálogo do Prime Video.

    Sinopse

    Winston (Colin Woodell) é um rapaz determinado e quer reencontrar seu irmão mais velho, Frankie (Ben Robson), que está sumido desde uma missão malsucedida.

    Após encontrá-lo, uma tragédia acontece e agora o caçula vai em busca de vingança.

    Análise de O Continental: Do Mundo de John Wick

    O Continental: Do Mundo de John Wick

    Em 2014, um carismático grande astro em baixa chamado Keanu Reeves deu vida a um agente secreto/mercenário que perdeu sua esposa, cachorro e carro e voltou ao jogo com sede de vingança.

    Desde então mais três filmes foram feitos, expandindo esse mundo que foi ganhando cada vez mais camadas e detalhes peculiares, angariando uma legião de fãs que amaram os novos capítulos.

    O Continental: Do Mundo de John Wick vem para mostrar a origem das principais peças do tabuleiro antes de Baba Yaga chegar e empilhar corpos.

    Vemos um jovem Winston, interpretado de forma segura por Colin Woodell que traz um charme e certa canastrice benéfica ao protagonista que tem um quê de James Bond e Thomas Shelby.

    Aliás, essa série tem várias influências de outras obras como O Poderoso Chefão, filmes blaxploitation e longas orientais, misturando o gênero de máfia com todos esses movimentos.

    A produção é excelente, com cenários caprichados de uma cidade envelhecida pelo pecado e que conta com corrupção, violência e falta de princípios de uma organização poderosa.

    Mel Gibson, o nome mais conhecido do projeto, está aqui de forma imponente, mas não tem tanto tempo de tela para se destacar de verdade com sua qualidade cênica.

    Os longos episódios acabam inflando o roteiro que tenta se justificar com longos diálogos, flashbacks e tramas inconsistentes, como a de KD (Mishel Prada), uma investigadora que não possui o magnetismo necessário para segurar a história.

    Os demais personagens não são tão interessantes também, o que deixa bem arrastada a história e não desenvolve melhor os excêntricos grupos, tampouco os códigos malucos e mega burocráticos de John Wick, o que trazia o bom e velho charme de um típico filme de brucutu dos bons.

    Por fim, o mais positivo de O Continental: Do Mundo de John Wick é sem dúvidas a ação. A violência gráfica é maior que a dos filmes, inclusive, até com momentos com um pézinho no gore. Há uma cena de tirar o fôlego, com um plano sequência maravilhoso e que deixa o espectador na ponta da cadeira, sendo a característica mais marcante da série.

    Veredito

    O Continental: Do Mundo de John Wick tem consistência, mas perde uma estupenda oportunidade de ampliar o mundo de John Wick, uma vez que não consegue trazer histórias interessantes e peculiares que tanto nos encantaram nos quatro longas anteriores.

    Nossa nota

    3,5/5,0

    Confira o trailer:

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