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    CRÍTICA – O Exorcismo estraga uma boa ideia com direção ruim

    O Exorcismo é um filme que estreou nos cinemas brasileiros no dia 01 de agosto e conta com Russell Crowe como protagonista.

    Texto escrito em colaboração com Viviane Pasin.

    Sinopse

    Um grande ator do passado está em decadência e recebe uma nova oportunidade para brilhar em um filme de terror após a morte misteriosa do protagonista anterior.

    Entretanto, forças do mal o possuem e agora ele deve enfrentá-las antes que seja tarde demais.

    Análise de O Exorcismo

    Russell Crowe e filme de exorcismo na mesma frase causam calafrios por conta do tenebroso O Exorcista do Papa, que tem uma aura canastrona, mas até é divertido sendo aquele ruim que fica bom.

    Já em O Exorcismo, a abordagem é mais séria, com uma boa ideia de mostrar um set mal-assombrado, com a proposta de fazer um filme de terror dentro de um filme, ainda mais tendo como mote a temática de possessão demoníaca.

    Crowe é talentoso e consegue segurar o longa com uma atuação firme, uma vez que seu personagem possui camadas interessantes por conta dos traumas e vícios somados a um péssimo relacionamento com sua filha, interpretada por Ryan Simpkins, que entrega uma performance convincente.

    Aliás, as atuações são o único ponto positivo de O Exorcismo, visto que o roteiro trabalha de forma insatisfatória o conceito inicial.

    De cara, ao invés de focar nos bastidores cabulosos da filmagem e de como o demônio Moloch afetaria todos ali, o longa foca no básico e clichê tormento mental do protagonista que fica com um comportamento errático pelos quase 94 minutos de história.

    Diversos coadjuvantes de O Exorcismo ficam flutuando na trama, sem nenhum propósito e sendo descartados de forma completamente avulsa.

    Até mesmo o competente Sam Worthington aparece aqui apenas para ganhar uns pilas, quase que na surdina do projeto.

    O filme sofre com uma direção pouquíssimo inspirada, que prejudica muito uma historia que já é bastante fraca.

    A história tinha potencial para entregar muito mais do que o filme apresenta. Os personagens poderiam cativar a atenção do público se tivessem sido trabalhados da maneira correta, mas isso não ocorreu.

    Ao contrário, em razão da forma como a narrativa é conduzida, com cortes bruscos e tela preta que mais parece característica de filme produzido para a TV, é praticamente impossível para quem assiste se relacionar com os personagens, compreender suas motivações e torcer por eles ou simplesmente se interessar pelo que vai acontecer com eles.

    O filme tem uma única boa ideia que é abandonada no ato final, levando a narrativa para um desfecho previsível e telegrafado. Uma produção totalmente esquecível, sem alma, sem conteúdo, que não diz a que veio.

    Veredito

    Com uma direção desastrosa e um roteiro sem inspiração, O Exorcismo naufraga apesar dos grandes esforços de seu elenco.

    Por mais que a base do texto seja boa, ele nunca atinge seu potencial, o que coloca o longa na fila de filmes ruins de 2024.

    Nossa nota

    2.0/5.0

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    Assista ao trailer:

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