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    CRÍTICA – A Morte do Demônio: A Ascensão é repugnante do jeito que amamos

    A Morte do Demônio: A Ascensão ou Evil Dead Rise é o quinto filme da franquia e o quarto do cânone que se iniciou em 1981 com Sam Raimi.

    A direção é de Lee Cronin que fez O Bosque Maldito pela A24.

    Sinopse

    Ellie (Alyssa Sutherland) é uma mãe de três filhos que está passando por dificuldades. As coisas ainda pioram quando Danny (Morgan Davis) traz para casa o Livro dos Mortos, despertando um mal terrível que vai aterrorizar a família.

    Análise de A Morte do Demônio: A Ascensão

    Em 1981, Sam Raimi conseguiu chocar as pessoas com a sanguinolência de Uma Noite Alucinante ou A Morte do Demônio ou Evil Dead para os mais chegados, mostrando pessoas com possessões demoníacas e um protagonista virtuoso.

    Ao longo do tempo, Raimi e tantos outros foram criando sequências cada vez mais insanas, usando muito sangue falso e mortes violentas, criando uma série de fãs no processo.

    Depois do remake de 2013 que acabou dividindo opiniões, foi anunciado que teríamos um novo longa sem ligação com os anteriores. Com poucas imagens ou divulgações de material, a desconfiança e curiosidade foram aumentando consideravelmente até que chegamos em A Morte do Demônio: Ascensão, que é sem sombra de dúvidas o mais assustador e brutal da franquia.

    A Morte do Demônio A Ascensão

    Começando pelo único ponto negativo do longa, há diversas facilitações que são basilares na construção da história do filme. Muitas decisões estúpidas são feitas para que haja trama, mas, isto posto, A Morte do Demônio: Ascensão funciona que é uma beleza, principalmente para quem ama a franquia.

    A violência gráfica é surreal, com todos os tipos de coisas terríveis sendo feitas aqui. A chegada de Terrifier nos grandes circuitos mudou o jogo para o gênero de terror que agora pode se arriscar mais e entregar momentos que nos fazem fechar os olhos de agonia.

    Uma marca registrada de Evil Dead são os efeitos práticos e aquele aspecto trash bem executado em todos os longas e na série. Em A Morte do Demônio: Ascensão não é diferente, e temos cenas brutais, além de criaturas horripilantes com uma maquiagem impecável. No ato final temos uma forma demoníaca que vai dar pesadelos em todos os espectadores por um bom tempo.

    A direção de Lee Cronin é um show à parte, uma vez que o cineasta consegue criar tensão em todos os minutos do longa. Ficamos tão enrijecidos na cadeira do cinema que quase pedimos ajuda para sair.

    O diretor brinca muito com a câmera, trazendo ângulos diversos, filmando de cima para baixo, de baixo para cima, esticando takes e dando pistas de quais formas alguns objetos serão utilizados para causar agonia nas vítimas e em nós da plateia.

    Há uma cena em que ele usa uma grande angular que é de tirar o fôlego por tamanha genialidade, pois ele consegue tirar o melhor de sua estrela e entregar assassinatos cruéis nos deixando imaginar a dor que cada um sente.

    Falando em atuações, elas estão ótimas, com destaque para Alyssa Sutherland, que tem uma performance monstruosa como a endemoniada Ellie, apresentando uma fisicalidade absurda e com cenas que arrepiam os cabelos dos pés do indivíduo, Gabrielle Nochols (Bridget) que é uma das filhas de Ellie e também tem uma entrega incrível com corpo e sentimentos, além da pequena Nell Fischer (Kassie) que é competente como a jovem Kass, uma criança inteligente e sagaz.

    Veredito

    A Morte do Demônio A Ascensão

    A Morte do Demônio: Ascensão é brutal, violento e assustador, tudo que Evil Dead sempre foi e que agora possui um novo legado para chamar de seu. O novo filme consegue entregar tanto quanto o original, chegando até mais longe em alguns aspectos. Há pontas para o futuro e certamente o longa-metragem deve fazer muito sucesso pela sua notável qualidade técnica.

    Nossa nota

    4,5/5,0

    Confira o trailer:

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