A Lenda de Vox Machina é uma série de animação criada pelo grupo Critical Role para o streaming Prime Vídeo. A temporada já está com todos os episódios disponíveis e traz em seu elenco de voz principal os nomes Laura Bailey, Taliesin Jaffe, Ashley Johnson, Liam O’Brien, Marisha Ray e Matthew Mercer.
Confira nosso review sem spoilers da produção.
Sinopse da 3ª temporada de A Lenda de Vox Machina
Em uma tentativa desesperada de pagar suas dívidas, um bando de desajustados acaba em uma missão para salvar o reino da Exandria das forças escuras e mágicas.
Análise
A Lenda de Vox Machina é uma verdadeira joia para fãs de animação e RPG. A série adapta a primeira campanha do grupo Critical Role, composto por dubladores norte-americanos que jogam e narram suas aventuras no YouTube.
Consolidada com duas temporadas de sucesso na Prime Video, o terceiro ano chega com um teor mais profundo e sombrio, colocando o grupo de amigos em dilemas que ameaça a unidade deles.
Após os eventos que encerraram a 2ª temporada, Vox Machina forma uma aliança incerta com o dragão verde Raishan. A decisão divide o grupo, que se debate entre confiar ou não nesse antigo inimigo — já que todos têm o interesse comum de derrotar o Conclave Cromático e seu líder, Thordak, o Rei das Cinzas.
Em busca dos vestígios, objetos de magia que podem ajudar a vencer Thordak, Vox Machina embarca em missões perigosas, chegando literalmente ao inferno para tentar concluir sua missão maior.
Esse tom de urgência intensifica o drama e revela questões não resolvidas do passado que voltam para assombrar os personagens. A temporada dá destaque a Vax (Liam O’Brien), que, além de lidar com o peso de prever o destino dos companheiros devido ao pacto com a Rainha dos Corvos, precisa confrontar seus sentimentos por Keyleth (Marisha Ray).
A druida também experimenta um arco de amadurecimento, muito bem-vindo e homogêneo. Outra personagem que ganha um merecido destaque é Pike (Ashley Johnson), que brilha ao descobrir um poder além de suas expectativas.
Esse foco em personagens individuais faz sentido após as temporadas anteriores, que destacaram Percy (Taliesin Jaffe) e desenvolveram os conflitos de Vex (Laura Bailey), Grog (Travis Willingham) e Scanlan (Sam Riegel).
A alternância entre os arcos proporciona equilíbrio, mostrando que todos são essenciais na formação de Vox Machina. Além disso, ir afundo dos personagens traz mais humanidade, mostrando que todos tem seus problemas e podem ser falhos.
Se por um lado, o drama pessoal cresce, por outro a série diminui um pouco a violência gráfica. Em vez de sangue e cenas explícitas, o programa explora uma sensação de angústia e desespero enquanto Vox Machina enfrenta um inimigo mortal, sem saber exatamente como derrotá-lo ou as consequências de seus atos. A morte também se torna um tema constante, e Vex parece entender melhor que todos o peso desse destino.
Ainda que o tom sombrio seja acentuado, a série permanece repleta de ação e aventura, como uma boa história de RPG. Os momentos de camaradagem e humor são essenciais e trazem leveza quando necessário.
Os prelúdios de personagens secundários, como Allura (Mary Elizabeth McGlynn), Kima (Stephanie Beatriz) e a enigmática Ripley (Kelly Hu), enriquecem o universo da série e trazem motivações bem definidas que contribuem para a complexidade da trama.
Outro ponto alto é a qualidade da animação, indispensável para a imersão. A série mantém uma transição suave entre 2D e 3D, usada com parcimônia. Nos dragões, especialmente em Thordak, o uso do 3D destaca a imponência do vilão e a ameaça que ele representa ao grupo.
É revigorante o quanto essa série evoluiu nos últimos anos, apresentando histórias concisas e criando um universo fantástico. Mas, o grande triunfo de Vox Maquina está em seus personagens carismáticos que criam esse senso de companheirismo fazendo com que o espectador se importante com cada membro do grupo.
Dessa forma, Vox Machina permanece mais um ano como uma das melhores séries de animação da televisão, entregando tudo na medida certa.
Veredito
A terceira temporada de Vox Machina traz uma profundidade maior aos personagens e um tom dramático que eleva a trama, enquanto o grupo de heróis enfrenta seu maior inimigo até agora. A angústia e o peso das decisões pairam sobre o grupo, deixando evidente que a história está mais madura e sombria. Ainda assim, a série mantém a ação e aventura, em uma narrativa que preza pela autenticidade.
4,0 / 5,0
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