Abigail estreou hoje nos cinemas de todo o Brasil. O longa dirigido por Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett traz em seu elenco os nomes Melissa Barrera, Dan Stevens, William Catlett, Kathryn Newton, Alisha Weir, Kevin Durand, Angus Cloud e Giancarlo Esposito.
Confira nossa crítica sem spoilers do filme.
Sinopse de Abigail
Um grupo de criminosos sequestram uma bailarina de doze anos, filha de um poderoso homem do submundo, para coletar um resgate de 50 milhões de dólares. Em uma mansão isolada, os sequestradores logo descobrem que não estão com uma garota normal.
Análise
Abigail se estabelece com uma trama muito similar a de outros filmes do gênero: um grupo de desconhecidos se vê aprisionado em uma casa e acaba descobrindo que nada é o que parece. A trama lembra bastante outro filme dos mesmos realizadores, chamado Casamento Sangrento, mas aqui Abigail acaba caindo ainda mais para o humor do que para o terror.
Na história, Joey (Melissa Barrera) é contratada para raptar uma pessoa em troca de uma recompensa milionária. Ela se une a um grupo de outros profissionais composto por Frank (Dan Stevens), Rickles (William Catlett), Sammy (Kathryn Newton), Peter (Kevin Durand), e Dean (Angus Cloud), cada um com habilidades específicas para fazer o trabalho funcionar.
Ao iniciarem a missão, no entanto, Joey descobre que o alvo é uma criança: a pequena bailarina chamada Abigail, interpretada por Alisha Weir. Ao levarem a criança ao local combinado, o grupo precisa aguardar o prazo para solicitarem o resgate, a fim de garantirem sua parte dos US$ 50 milhões.
Ao se verem confinados na casa junto com a refém, o grupo começa a perceber que sua vida corre perigo e que talvez US$ 7 milhões para cada não valham o risco.
A dinâmica entre o grupo principal é uma das melhores coisas em Abigail. Os primeiros 40 minutos são bem promissores nesse sentido, estabelecendo a tensão em torno desses desconhecidos e uma desconfiança mútua em relação aos acontecimentos posteriores.
Após esse primeiro arco, no entanto, Abigail acaba tomando uma rota completamente diferente, apostando mais no humor do que no terror para a construção de sua história.
Os momentos divertidos realmente funcionam, principalmente nos personagens Peter, Dean e Sammy. Kevin Durand dá vida a um “brutamontes” um pouco lento, enquanto Kathryn Newton parece repetir alguma outra personagem que ela já fez em outros filmes, só que dessa vez sendo hacker.
Junto com Angus Cloud, os coadjuvantes garantem os momentos mais legais da história, enquanto cabe a Barrera, Catlett e Stevens a parte mais séria da situação. Os três profissionais, que possuem anos de carreira, sabem da urgência do que estão vivendo e querem salvar suas próprias peles.
Outro ponto positivo está na quantidade de sangue do filme. A direção de Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett aproveita do recurso para dar banhos de sangue em seu elenco, no cenário, na câmera e em tudo o mais o que for possível, tornando a trama ainda mais cômica.
Entretanto, o roteiro em si não é muito bom. Por ter apenas 109 minutos de duração, tudo acontece muito rapidamente no início e, por volta da última parte do filme, parece que as situações estão se repetindo e sendo postergadas para tentar criar um ápice que nunca vem.
Mesmo com algumas cenas interessantes, acredito que falta em Abigail algo mais, principalmente se tratando de uma trama de vampiros. Havia mais para ser explorado, e talvez tendo um pouco mais de duração, todas as surpresas da história pudessem surtir maior efeito.
Veredito
Abigail possui um ótimo elenco e bons momentos de comédia, mas não consegue dosar a parte ameaçadora e aterrorizante da forma esperada. Com muito sangue, mas poucas cenas de ação que fogem do cômico, o longa é um daqueles filmes divertidos para curtir no final de semana, mas que não irá durar muito na sua mente.
3,0 / 5,0
Assista ao trailer:
