A ficção nos oferece uma gama de personagens multifacetados e muitas vezes contraditórios. Alguns deles têm características que, à primeira vista, seriam motivo para nossa aversão.
No entanto, ao longo de suas trajetórias, esses personagens acabam conquistando o público e se tornando queridinhos da cultura pop. Este artigo traz uma lista de personagens que deveríamos odiar, mas, por alguma razão, acabamos amando.
10º Lugar – Homer Simpson

Homer Simpson, protagonista de Os Simpsons, é o retrato do pai de família preguiçoso, irresponsável e egocêntrico. Seu comportamento muitas vezes beira a falta de ética: ele mente, trapaceia, comete erros monumentais e tem um comportamento preguiçoso no trabalho.
Mesmo assim, o público não consegue odiá-lo. Ao contrário, Homer cativa por sua ingenuidade, seus momentos de bondade genuína e sua lealdade à família.
Ele é um exemplo perfeito de um personagem com defeitos evidentes, mas que ainda assim nos faz rir e nos emociona com sua humanidade.
Sua essência é a de alguém falho, mas com um coração no lugar certo.
9º Lugar – Michael Scott

Michael Scott, o chefe excêntrico de The Office, é o tipo de personagem que constantemente comete gafes, diz coisas politicamente incorretas e age de maneira imatura.
Seu comportamento egocêntrico e falta de autoconsciência o tornam uma figura potencialmente irritante.
Contudo, a cada episódio, ele vai nos surpreendendo com sua ingenuidade e desejo sincero de ser amado e respeitado. Michael é uma mistura de imaturidade e bondade genuína, o que torna impossível odiá-lo.
Sua vulnerabilidade e o fato de ele sempre tentar fazer as coisas de maneira errada, mas com boas intenções, acabam conquistando o coração dos fãs.
8º Lugar – Deborah Vance

Deborah Vance, interpretada por Jean Smart na série Hacks (HBO Max), é uma comediante veterana que, ao longo de sua carreira, se tornou uma lenda do stand-up, mas também uma mulher difícil e autocentrada.
Sua personalidade forte, temperamento explosivo e atitudes descompensadas poderiam facilmente fazer com que a odiássemos, mas, ao contrário, ela conquista nossa simpatia.
Deborah está presa a um ciclo de insegurança e busca por relevância, e a sua humanidade crua se revela através de seu relacionamento com a jovem comediante Ava.
O conflito entre essas duas gera não apenas comédia, mas também empatia, transformando Deborah em uma personagem adorável apesar de sua fachada áspera.
7º Lugar – Gregory House

Gregory House, o protagonista de House M.D., é o médico brilhante e irreverente que, ao longo da série, nos apresenta uma personalidade difícil de engolir.
House é sarcástico, cínico, egocêntrico, emocionalmente insensível e constantemente desrespeitoso com seus colegas.
Sua abordagem muitas vezes imoral para resolver casos médicos, usando manipulação e até mentiras, faz dele um personagem difícil de gostar.
No entanto, sua genialidade, junto com suas vulnerabilidades e inseguranças, cria uma dinâmica fascinante.
A solidão e a dor crônica que ele carrega, além de seus momentos esporádicos de empatia, tornam sua jornada de autodescoberta e luta interna um reflexo de muitas falhas humanas, o que acaba fazendo com que, paradoxalmente, o público se apegue a ele.
Gregory House pode ser um personagem difícil, mas sua complexidade e sua busca por significado em um mundo que ele parece desprezar o tornam impossível de odiar completamente.
6º Lugar – Loki

Loki, o Deus da Trapaça, é o vilão por excelência do universo Marvel. Desde sua primeira aparição em Thor (2011), ele é apresentado como um antagonista calculista, manipulador e traiçoeiro.
Seu desejo de poder e controle sobre Asgard o coloca em oposição a vários heróis, e ele começa a jornada como um dos maiores vilões do MCU.
No entanto, a complexidade de sua personagem, suas inseguranças e seu carisma inegável o transformaram em um dos favoritos do público.
A série Loki deu ainda mais profundidade ao personagem, mostrando suas vulnerabilidades e motivações, o que fez com que os fãs se apaixonassem por ele, mesmo sabendo de suas falhas.
5º Lugar – BoJack Horseman

BoJack Horseman, protagonista da série homônima, é um ex-astro de TV egoísta, destrutivo, alcoólatra e profundamente inseguro, que vive tentando lidar com as consequências de sua decadência enquanto se distancia de uma vida emocionalmente danosa.
Apesar de suas escolhas constantemente prejudicarem a si mesmo e aos outros, BoJack se torna um personagem com o qual muitas pessoas se identificam, principalmente porque a série explora questões como depressão, vícios, solidão e a busca constante por validação de maneira profunda e honesta.
Sua tentativa contínua de redenção, a compreensão de seus próprios erros e sua luta interna para se tornar uma pessoa melhor fazem dele mais do que um simples anti-herói, transformando-o em uma representação das complexidades da experiência humana.
A série nunca oferece uma redenção fácil para BoJack, e é essa falta de soluções rápidas que nos faz torcer por ele, pois ele reflete nossas próprias falhas e imperfeições, tornando-se, assim, um personagem que deveríamos odiar, mas que amamos.
4º Lugar – Pacificador

Peacemaker, interpretado por John Cena no universo de O Esquadrão Suicida e na série Peacemaker, é um dos personagens mais improváveis de conquistar o público.
Ele se apresenta como um anti-herói de personalidade exagerada e opiniões polarizadoras, com uma visão distorcida da justiça e da paz — ele está disposto a matar para alcançar seus objetivos.
Apesar disso, o público é atraído pela sua vulnerabilidade, suas inseguranças e o conflito interno que ele vive, especialmente no relacionamento com seu pai abusivo.
A série explora suas camadas mais profundas e mostra que, por trás de seu comportamento brutal, há um personagem com grande potencial de redenção.
Ele é o tipo de personagem que, teoricamente, deveria ser desprezível, mas acaba ganhando a nossa simpatia devido ao seu carisma e complexidade.
3º Lugar – Don Draper

Don Draper, de Mad Men, é o publicitário frio, manipulador e emocionalmente distante que nunca revela suas emoções ou se conecta profundamente com ninguém.
Ele tem uma vida cheia de vícios, traições e decisões questionáveis, e seu comportamento egoísta e muitas vezes cruel faz dele alguém difícil de gostar.
No entanto, Don é também um homem que se encontra preso em sua própria busca por identidade e significado, o que torna sua jornada fascinante.
Sua luta interna entre sua fachada de sucesso e seu vazio existencial gera empatia, e o público acaba se apegando à sua complexidade, mesmo sabendo de seus defeitos.
2º Lugar – Tony Soprano

Tony Soprano, o mafioso anti-herói da série The Sopranos, é um dos personagens mais complexos da televisão.
Como chefe da máfia, ele comete assassinatos, traições e crimes de todos os tipos, e seu comportamento muitas vezes é brutal e sem remorso.
Mas Tony também é um homem com profundas inseguranças, que busca equilíbrio entre sua vida criminosa e os desafios de ser um pai e marido.
Sua luta constante com questões emocionais, como a ansiedade e os conflitos familiares, humaniza o personagem, tornando-o impossível de odiar, mesmo com todos os atos questionáveis que ele comete.
1º Lugar – Walter White/Heisenberg

Walter White, o protagonista de Breaking Bad, é o personagem que representa o maior paradoxo da lista.
Ele começa a série como um professor de química que, diante de um diagnóstico terminal de câncer, decide se envolver no tráfico de drogas para garantir o futuro financeiro de sua família.
No entanto, ao longo da série, ele evolui para Heisenberg, um impiedoso e manipulador criminoso.
A jornada de Walter, do homem comum ao monstro, é uma das mais fascinantes da história da televisão.
Embora suas ações sejam moralmente condenáveis, a maneira como o roteiro desenvolve seu caráter e as motivações por trás de suas decisões nos faz questionar nossa própria percepção de moralidade.
Ele começa com intenções aparentemente boas, mas à medida que seu ego e seu poder crescem, ele se torna cada vez mais distorcido.
Mesmo assim, o público continua torcendo por ele, até o momento final de sua jornada.
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