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    REVIEW – ONI: Road to be the Mightiest Oni se destaca pela ação e arte

    ONI: Road to be the Mightiest Oni, também conhecido como ONI: Estrada para ser o Oni mais Poderoso, é o mais novo lançamento da Clouded Leopard Entertainment, empresa responsável por publicar vários jogos da franquia The Legend of Heroes.

    Desenvolvido pela Kenei Design e Shueisha Games, o jogo de ação e desafios será lançado para PC (via Steam) em 8 de março. O título chega também para Nintendo Switch, PlayStation 4 e PlayStation 5 em 9 de março.

    Em ONI: Road to be the Mightiest Oni é preciso controlar ao mesmo tempo o guerreiro demônio, Kuuta, e o seu parceiro fantasminha, Kazemaru, habitante da ilha Kisejima. O protagonista é o único sobrevivente do exército do Rei Demônio após a batalha contra Momotaro.

    Ambos devem lutar contra os desafios impostos por almas espalhadas pelas três áreas de Kisejima. O objetivo é se preparar para o grande desafio: vencer Momotaro.

    Confira a seguir o review sem spoilers de ONI: Road to be the Mightiest Oni para PC.

    Análise de ONI: Road to be the Mightiest Oni

    Estou de olho em ONI desde 2022. O jogo me chamou muito atenção desde o primeiro trailer, pois a arte gráfica oriental me pareceu bela e, ao mesmo tempo, apresentou personagens que me lembraram alguns monstros de The Legend of Zelda: Breath of the Wild, como os Bokolins.

    A expectativa era alta para conhecer o que o novo jogo publicado pela Clouded Leopard Entertainment iria oferecer. Tanto que listamos aqui na Emerald Corp como um dos destaques de março para PC e Nintendo Switch.

    E posso dizer que atendeu bem as expectativas, e até me causou algumas surpresas.

    ONI: Road to be the Mightiest Oni me surpreendeu porque pensei que haveria mais elementos de RPG. Eles existem na progressão de habilidades de Kuuta e Kazemaru, na expansão dos itens que podem ser comprados junto ao ambulante Zenisuke, e na aquisição de novos recursos para facilitar a jornada, como o Baby Boar, uma espécie de capivara que serve como montaria.

    Mas o jogo em si se destaca muito mais pela ação e pelo combate ágil de cada desafio e chefe, do que por elementos de RPG. Então as similaridades com Zelda BOTW se limitam apenas ao estilo gráfico de alguns personagens.

    Ainda sobre os gráficos, é necessário destacar que o trabalho da Kenei Design é muito bem feito. É muito legal ver a forma como a perspectiva é trabalhada, em especial quando entramos no jogo e em momentos importantes da história.

    O trabalho gráfico da Kenei Design se destaca nesse jogo de ação e desafios para PC, Nintendo Switch, PS4 e PS5
    Logo do jogo e da Kenei projetados assim que o jogo se inicia / Créditos: Emerald Corp

    As ilustrações ficam “projetadas” no céu como se fossem exibidas por um projetor, então dependendo do ângulo que você estiver verá as informações de uma forma.

    Gameplay de ONI: Road to be the Mightiest Oni

    A gameplay é bastante agradável na maior parte das vezes. Os principais destaques são as mecânicas de combate e os bons tutoriais, que facilitam bastante o controle de Kuuta e Kazemaru ao mesmo tempo.

    Kuuta é controlado pelo joystick esquerdo, enquanto Kazemaru se movimenta ao segurar R para controlá-lo usando o joystick direito. Sem pressionar o botão R, o joystick direito serve para movimentar a câmera.

    Quando você se acostuma com a combinação de botões para controlar Kazemaru e usar suas habilidades, isso faz toda a diferença. Você consegue agilizar a vitória e se salvar de enrascadas. Apesar de não ser difícil, também não é algo extremamente simples, pois é preciso estar de olho no medidor de stamina do fantasminha para que ele possa usar suas habilidades.

    A progressão das habilidades da dupla acompanha o aumento da dificuldade dos desafios espalhados pela ilha. Uma que outra fase assusta um pouco, mas depois de repetir uma ou duas vezes é tranquilo perceber qual deve ser o foco para vencer.

    O aumento da dificuldade se dá pela boa inserção de novos monstros pouco a pouco. A necessidade de eventualmente ter que proteger Zenisuke também é um ótimo acréscimo.

    Além das fases nas três partes da ilha, ONI: Road to be the Mightiest Oni conta ainda com pequenas tarefas para ganhar itens ao longo da aventura, e a possibilidade de derrotar um Oni raro dourado em alguns desafios.

    Tudo isso faz com que a gameplay se renove constantemente, evitando que o jogo fique monótono.

    ONI: Road to be the Mightiest Oni é um jogo de ação com uma linda arte gráfica inspirada pela mitologia oriental. Leia o review sem spoilers.
    Kuuta e Kazemaru em um desafio / Créditos: Clouded Leopard Entertainment

    Em geral os desafios são em terceira pessoa com a câmera livre posicionada atrás dos personagens, mas há algumas fases em que a visão muda. Nos cenários com visão de cima a experiência é mais desafiadora, mas ainda assim agradável. Entretanto, em momentos com a visão lateral eventualmente acontece da câmera se perder, gerando alguns bugs que te obrigam a reiniciar o desafio.

    Há uma dinâmica que você deve capturar espíritos espalhados pela ilha. Ao encontrá-los, Kuron – O Guardião da Escuridão – aparece e te persegue até que você chegue a um ponto central da região onde você está explorando, para entregar o espírito. Essa experiência é muito boa, e conta com uma das melhores e mais tensas ambientações do jogo graças à trilha sonora eletrônica e pesada.

    No entanto, é possível que Kuron tente te atacar assim que você está entregando o espírito no ponto central. Numa dessas situações a câmera se perdeu e ficou travada, fazendo com que partes do cenário também sumissem. Essa situação foi resolvida reiniciando o jogo.

    Como o game salva com frequência, os bugs não chegaram a prejudicar. Também é possível salvar manualmente indo à estátua do ponto central, onde são entregues os espíritos.

    É importante destacar também que o jogo passa por alguns momentos de queda de frame rate. A perda de quadros por segundo acontece quando se usa a habilidade para libertar várias almas dos demônios em sequência, realizando um combo. Em momentos mais caóticos das batalhas isso acaba sendo um problema.

    Trilha sonora boa, mas estranha

    As escolhas criativas relacionadas à música de ONI: Road to be the Mightiest Oni são no mínimo curiosas. No geral, as trilhas sonoras são boas, mas elas nem sempre combinam com o que está acontecendo no jogo.

    A trilha da primeira parte da ilha é muito bem feita, mas causa um certo estranhamento por ser uma música com vocal. Isso porque os desafios nessa parte não são longos, então com frequência voltamos à ilha, e a música recomeça. Isso faz com que fique fácil de enjoar.

    Uma em especial me chama muito atenção, que é a trilha da missão 19. O desafio é um tanto complexo, com um dos adversários se movimentando rapidamente, mas a ambientação é com uma música eletrônica com vocais e batida relaxantes…

    Então por mais que haja ótimos acertos, como os instrumentais para contar partes da história, as batalhas contra os chefes, e o batidão enquanto fugimos de Kuron; no geral a trilha sonora parece não se encaixar com a experiência que o jogo oferece.

    Veredito

    ONI: Road to be the Mightiest Oni é uma ótima surpresa dos estúdios Kenei Design e Shueisha Games. Com um estilo gráfico lindo, o game de ação oferece uma gameplay dinâmica e bons desafios que rendem pelo menos umas 10 horas de jogo.

    Nossa nota

    4,2 / 5,0

    Assista ao trailer:

    Informações técnicas de ONI: Road to be the Mightiest Oni

    Lançamento: 8 e 9 de março de 2023

    Desenvolvido por: Kenei Design e Shueisha Games

    Publicado por: Clouded Leopard Entertainment

    Plataformas: PC (via Steam em 08/03), Nintendo Switch, PlayStation 4 e PlayStation 5 (09/03)

    Número de jogadores: 1

    Gêneros: 3D, Ação, Anime, Mitologia Oriental

    Idiomas: Alemão, Chinês Simplificado, Chinês Tradicional, Coreano, Espanhol, Inglês, Japonês, Francês, Italiano

    Preço: R$ 149,50 em todas as plataformas

    Veja em nosso YouTube os principais lançamentos de março para o Nintendo Switch.

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