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    REVIEW – Hercule Poirot: The London Case traz boa trama em gameplay irregular

    Agatha Christie – Hercule Poirot: The London Case é o novo título da série de games inspirados nas histórias da escritora. Trazendo no papel principal o famoso detetive Hercule Poirot, a trama acompanha a investigação do roubo de uma famosa obra de arte durante sua exibição em um museu.

    Com diversos suspeitos a serem entrevistados e pistas a serem coletadas, Poirot precisa descobrir o culpado e devolver a obra de arte ao seu devido local.

    O novo game da franquia está disponível desde o dia 29 de agosto para todos os consoles e PC. Nós testamos o jogo no Nintendo Switch e trazemos nossa análise sem spoilers.

    Análise de Agatha Christie – Hercule Poirot: The London Case

    Como fã de obras com conceito whodunit, Agatha Christie – Hercule Poirot: The London Case foi um título que me chamou bastante atenção. Eu não havia jogado nenhum outro lançamento da franquia até então e resolvi começar por esse, que chegou para todas as plataformas e PC no finalzinho de agosto.

    Trazendo o personagem principal dos livros de Agatha Christie para dentro dos consoles, o game desenvolvido pela Blazing Griffin e distribuído pela Microids possui uma trama completamente original, contando com a presença não só do famoso detetive, como também de seu grande parceiro de investigações, Arthur Hastings.

    Na história, Poirot precisa investigar o desaparecimento de uma obra de arte durante a sessão de gala de apresentação da nova peça do museu. Ao chegarem à área em que a pintura deveria estar exposta, o detetive e seu parceiro se deparam com a cena do crime: cacos de vidro espalhados por todos os lados e diversas pistas a serem recolhidas.

    Com um sistema de mapa mental e ligação entre pistas, o jogador pode coletar as informações e, a partir da combinação dessas categorias, criar insights sobre quem é o possível culpado dentro de determinada fase. O mesmo mapa mental é utilizado para “mini games”, por assim dizer, que se concentram em conhecer melhor os personagens da trama e suas personalidades distintas.

    Confesso que essa parte, apesar de confusa no início, foi a que eu mais gostei. Quando você está investigando o quarto de um dos personagens, por exemplo, pode além de recolher itens, entender melhor seus hábitos e até mesmo descobrir se eles estão mentindo sobre alguma situação. Todas essas pequenas investigações vão alimentando um mindmap maior dentro do jogo, que busca entender quem é o ladrão da obra de arte.

    REVIEW - Hercule Poirot: The London Case traz boa trama em gameplay irregular
    Créditos: Divulgação / Microids

    Há também uma área bem robusta com a personalidade de cada um dos investigados. Então, se em algum momento da trama, você se vir confuso sobre quem são os suspeitos, ou não lembrar direito algum detalhe sobre eles, é só acessar a área de perfis e ler um pouco mais. O complemento ajuda bastante, principalmente quando você está lidando com vários personagens ao mesmo tempo.

    Entretanto, por mais que essa parte seja extremamente interessante, e a história seja bem construída, a jogabilidade de Hercule Poirot: The London Case no Nintendo Switch é muito complicada.

    Existem loadings enormes entre uma área e outra, os personagens se movem de maneira vagarosa e tudo demora um nível desnecessário de tempo para acontecer. Confesso que os gráficos não me incomodaram tanto, pois na visão de cima que temos do mapa e dos itens, não há uma grande perda visual quando exploramos os mapas. O grande problema é, de fato, o quão vagarosa é a gameplay.

    Devido à quantidade de ações que podem ser feitas, seja nos perfis de personagem, ou na construção do mapa mental, o menu do game é também um pouco confuso. Por vezes aparece um ponto de exclamação, como se você tivesse uma nova peça no mapa mental a ser verificada e combinada com outras pistas, mas ao olhar atentamente é apenas o aviso da mesma missão que você já está há algum tempo.

    Acredito que, se o jogo não demorasse tanto para fazer as transições entre cenários e áreas num geral, toda a experiência seria bem mais proveitosa, pois a história é boa, os mistérios também são e a forma de investigar as pistas também funciona. Há também um ótimo trabalho de voz, onde todos os diálogos possuem narração e os atores estão muito bem.

    Talvez em uma outra plataforma o jogo possua uma melhor otimização, mas infelizmente, no Nintendo Switch, a gameplay é irregular.

    Veredito

    Com uma ótima história e sistema de investigação, Agatha Christie – Hercule Poirot: The London Case poderia ser um incrível entretenimento no Nintendo Switch. Entretanto, com uma gameplay irregular, o jogo acaba deixando a desejar no resultado final.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

    Ficha técnica de Agatha Christie – Hercule Poirot: The London Case

    Lançamento: 29 de agosto de 2023

    Desenvolvido por: Blazing Griffin

    Publicado por: Microids

    Plataformas: PlayStation 4, PlayStation 5, PC, Xbox One, Xbox Series X | S e Nintendo Switch

    Número de jogadores: 1

    Gêneros: Ação, Aventura, Simulação

    Idiomas: Alemão, Chinês Simplificado, Chinês Tradicional, Coreano, Espanhol, Francês, Inglês, Italiano, Japonês, Português, Russo.

    Preços: PlayStation 4 e PlayStation 5 (R$ 199,50), PC (Steam) R$ 79,99, Nintendo Switch (R$ 107,99), Xbox One e Series X | S (R$ 147,45)

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