Após uma longa espera e alguns atrasos pontuais, o novo jogo de futebol e arcade UFL chegou oficialmente no dia 5 de dezembro para tentar rivalizar com as franquias já consolidadas Pro Evolution Soccer e EA Sports FC, o antigo FIFA.
Desenvolvido pela Strikerz Inc. e publicado pela XTEN Limited, o título está disponível gratuitamente para os consoles Playstation 5 e Xbox Series X|S. A versão para PC está prevista para ser lançada em 2025 via Steam, ainda sem data definida.
Um fato que acrescentou de forma significativa a expectativa em torno do UFL é a presença do renomado jogador Cristiano Ronaldo como investidor e embaixador do novo jogo, que irá ambientar o universo futebolístico para os games.
Confira a seguir o review de UFL jogado no PlayStation 5.
Análise de UFL
Em comparação com o teste beta que tive oportunidade de jogar alguns meses atrás, a versão final de UFL se mostra muito melhor em diversos aspectos, porém em outros parece ter regredido de forma bem significativa.
A proposta do jogo é evidente: ser um estilo mais arcade do que uma simulação. Nisso se manteve muito fiel, e o sistema físico da partida é bem interessante. Porém, em termos de movimentação ele fica exageradamente rápido, em contraparte à cadência que considerava ser um ponto tão positivo.
Em relação aos passes, chutes e os confrontos físicos, eles privilegiam muito mais os atacantes, o que ocasiona em uma grande quantidade de gols de ambos os lados caso o seu time tenha um nível mais elevado que o de seu adversário, e isso torna as coisas um tanto mais dinâmicas, como eram em tempos passados de franquias como Pro Evolution Soccer / Winning Eleven.
Não houve acréscimo de novos movimentos para os goleiros, porém ainda considero um grande problema para um jogo de futebol uma posição como essa não oferecer desafio para o adversário ou uma segurança para o seu time em algum momento. Inicialmente acreditei que um goleiro conceder muitos gols em uma partida estava relacionado ao overall do atleta escolhido, porém acaba ocorrendo nos casos daqueles que têm mais habilidades, sendo um problema que fica evidente não apenas no caso do UFL, como em toda a franquia de futebol que temos em atividade nesta era moderna de games.
A estrutura tática não teve mudanças e segue a mesma experiência que tivemos durante a fase de testes, algo que se assemelha ao que conhecemos no Ultimate Team do EA Sports FC e tem uma quantidade de variações táticas muito interessantes, entre eles os ajustes finos como balanceamento de time para adotar uma postura mais ofensiva ou conservadora.
Essa árvore tática mais simplificada é bem conhecida para mim, alguém que já está bem habituado a todo esse universo de games de esporte não apenas desta modalidade, como em outros. Mas analisando por um ponto de vista de alguém que é de outra vivência de jogo, gosta de um bom bate-bola, mas nunca se sentiu atraído por um game do gênero seja pelas mecânicas aparentemente complexas, ou uma comunidade que é sempre pessimista, se torna um convite muito interessante ir ao UFL para jogar umas partidas porque o foco é muito maior no que fazemos no campo do que exatamente em um entorno.
A construção de clube personalizada continua a mesma experiência, só que aprimorada com a chegada de alguns uniformes de clubes conhecidos como o Bayer Leverkusen, Besiktas e Mônaco, além de marcas como Adidas e Umbro, que concedem os visuais para alguns materiais esportivos que podem ser adquiridos na sessão pertinente à criação de clube e outras recompensas através de um passe de temporada.
Ainda, é muito divertido entre uma partida e outra escolher um novo estádio, uniforme ou individualmente estilizar cada jogador do seu elenco inicial, assim como também garantir aquela nova contratação que irá mudar o rumo das suas partidas ranqueadas.
O mercado de transferências ficou um pouco diferente em relação ao que conhecemos anteriormente, com a necessidade de adquirir os pontos de reputação em conjunto com os pontos conquistados por vencer partidas, subir de divisão ou completar desafios diários e semanais. Além disso, alguns jogadores que eu considerava bem acessíveis estão em um valor mais elevado, o que acaba sendo necessário jogar mais partidas para arrecadar os recursos para a compra.
Desenvolver um jogador adquirido continua no mesmo processo e fica divertido poder melhorá-lo com algum aprimoramento a respeito de fundamentos do jogo ou torná-lo capaz de desempenhar uma função em campo além da sua base, algo que não é exatamente uma inovação, mas para um título que segue um formato de fantasy club é interessante realizar isso.
Por fim o passe de temporada, que no jogo é chamado de passe de equipe. Acredito que se torna uma questão problemática porque ele disponibiliza itens cosméticos, melhorias e até o direito de adquirir um jogador entre as opções que estarão disponíveis na última página, mas não tem um retorno em pontos suficientes para que possa realizar a aquisição do próximo, mesmo que opte pela versão aprimorada.
Mesmo que em algumas atividades semanais se possa adquirir os special points, o recurso do jogo que permite o acesso ao passe, ainda é necessário uma segunda compra para adquirir a versão premium, o que a longo prazo pode sinalizar o desinteresse de alguns jogadores pela rotina de sempre ter que realizar um investimento para alcançar a versão melhor.
Veredito
UFL é um jogo que considero muito interessante. Com as melhorias necessárias que tendem a ocorrer naturalmente ao longo de sua existência, pode se firmar como um bom competidor entre as grandes franquias do gênero voltado à modalidade de futebol.
3,5 / 5,0
Assista ao trailer de lançamento do UFL:
Ficha técnica de UFL
Lançamento: 5 de dezembro de 2024
Desenvolvido por: Strikerz Inc. e XTEN Limited
Publicado por: XTEN Limited
Plataformas: PlayStation 5 e Xbox Series X|S. Também está previsto o lançamento para PC em 2025.
Número de jogadores: 1 a 2 (local e online)
Gênero: Arcade, Futebol
Idiomas: Alemão, Espanhol, Francês (França), Inglês, Italiano, Português (Brasil), Russo, Turco, Ucraniano, Árabe
Preço: Gratuito, com compras opcionais dentro do jogo (free-to-play)
