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    REVIEW – Zelda: Echoes of Wisdom combina ótima história com dungeons divertidas

    The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom foi lançado em 26 de setembro exclusivamente para o Nintendo Switch. No novo jogo da franquia, controlamos Zelda em uma aventura inédita para salvar Link das garras do Mundo Inerte.

    Para cumprir seu objetivo, Zelda terá que explorar toda a Hyrule em busca de respostas sobre fendas malignas que tem sugado os habitantes locais. Para isso, ela contará com a ajuda de Tri, um ser de luz que irá auxiliar a princesa em sua missão.

    The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom está totalmente localizado em português do Brasil. Confira nossa crítica completa.

    Análise de The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom

    Durante muitos anos nós esperamos por esse momento. O primeiro jogo de The Legend of Zelda protagonizado pela princesa de Hyrule finalmente chegou ao Nintendo Switch e com uma proposta toda especial. Aqui, Zelda precisa salvar Link dos confins do Mundo Inerte e, para isso, ela deve manipular objetos e criaturas, sumonando esses elementos ao longo de toda a jornada.

    Confesso que eu fiquei extremamente feliz quando esse jogo foi anunciado, principalmente porque amo a personagem e sempre quis um jogo só dela para o Nintendo Switch. E a proposta de usar o mesmo design do remake de The Legend of Zelda: Link’s Awakening (2019) foi o que me deixou mais deslumbrada, pois eu acho essa estética muito fofa. Na minha opinião, foi a escolha perfeita usar esse estilo gráfico no novo jogo.

    No dia em que tive acesso ao jogo fiz uma pequena live descobrindo as funcionalidades e dinâmicas dos “ecos”, e foi muito legal ir descobrindo essa nova forma de colaborar com o Tri para derrotar inimigos, completar missões e conhecer mais da nova história apresentada no jogo.

    Essa proposta de criar itens e usá-los para ultrapassar obstáculos obviamente não é nova, ainda mais quando há pouco a Nintendo lançou The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom onde tivemos a liberdade de explorar e construir tudo o que nossa criatividade permitisse. Entretanto, essa releitura para uma história focada na Zelda deu um tom todo especial, e confesso que poder buscar alternativas por meio da famosa “gambiarra” tornou a experiência ainda mais divertida pra mim.

    Antes de entrar nos detalhes, eu queria elogiar o excelente trabalho de localização desse jogo. Desde os nomes das criaturas, até o humor dos diálogos entre os personagens: tudo funciona perfeitamente e eu dei várias risadas em diversos momentos do jogo! É uma satisfação ver um título da franquia The Legend of Zelda em português.

    REVIEW - Zelda: Echoes of Wisdom combina ótima história com dungeons divertidas
    Os Zoras têm grandes rusgas… | Créditos: Emerald Corp

    A habilidade dos ecos

    Logo no início do jogo recebemos a explicação sobre os ecos e como utilizar esse poder para superar obstáculos, derrotar inimigos e explorar o mapa. Quanto mais você expande o território em The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom, mais criaturas e itens estarão disponíveis para serem acrescentadas na sua enciclopédia.

    É importante salientar que, mesmo os itens mais simples, como os clássicos vasos que você encontra em qualquer cenário de Hyrule, possuem tipos distintos. Portanto, ao longo do jogo você será capaz de memorizar mais de um tipo de vaso que poderão ser usados contra inimigos específicos.

    O mesmo podemos dizer dos móveis. As camas possuem níveis específicos, utilizando mais ou menos poder de Tri para serem criadas. Se você usar uma cama que consome apenas 1 poder de Tri, por exemplo, você terá uma restauração de vida mais lenta do que a cama que consome 3 poderes. 

    Assim, quanto mais tipos de itens você tiver no seu inventário, mais possibilidades de combinações você terá para determinadas situações. Quando você está batalhando e precisa de vida, mas não quer gastar comida ou poções para reviver, uma cama com recuperação mais rápida será a melhor opção. 

    Da mesma forma, se você precisa criar uma ponte com mais itens, a cama que consome menos poder é a melhor alternativa para essa missão. 

    REVIEW - Zelda: Echoes of Wisdom combina ótima história com dungeons divertidas
    Créditos: Divulgação / Nintendo

    Conforme Tri avança de nível, alguns ecos ficam menos custosos para serem sumonados. Essa é uma forma do jogo segurar um pouco a progressão da quantidade de itens que você consegue criar ao mesmo tempo, pois mesmo que alguns deles consumam menos quantidade de poder, ainda não é tão simples ter 2 itens que requerem um pouco mais de poder existindo ao mesmo tempo.

    Devido a essa limitação na quantidade, alguns locais que você poderia acessar muito facilmente com mais itens acabam se tornando desafiadores. E é aí que entram as famigeradas gambiarras – que eu particularmente amo.

    Uso como exemplo uma fase em que havia um elemento específico em uma grande pilastra, e eu não sabia como alcançar. Como eu não tinha muito poder para criar a quantidade de ecos necessários para chegar até lá, eu acabei combinando duas camas e uma criatura que possui o poder de um redemoinho.

    Desta forma, ao estar na ponta da segunda cama, eu fiz um eco da criatura e, quando ele saiu voando, a minha cama foi literalmente jogada para cima. Desta forma, eu consegui alcançar o objeto que antes eu não conseguia coletar.

    Foi uma solução não tão simples, e provavelmente deve haver uma maneira mais fácil de ter o mesmo resultado, porém eu acredito que a gameplay se torna mais divertida desse jeito.

    Combates e dungeons

    O mesmo acontece durante os combates contra criaturas e chefes. 

    The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom não é um jogo difícil, principalmente quando você já tem criaturas que podem te ajudar facilmente nas suas batalhas. Dito isso, a habilidade de sumonar esses bichinhos acaba sendo o ponto forte do combate e, em inúmeros casos, você nem precisa atacar o chefão diretamente (se não quiser).

    Eu completei o jogo usando as habilidades de Link pouquíssimas vezes. Realmente não há necessidade disso quando você pode combinar criaturas que voam com monstros de terra, de gelo, de fogo, de água e elétricas, tudo em uma mesma batalha. Desta forma, há muito mais um apelo estratégico do que, de fato, uma necessidade de combate corpo a corpo. 

    Pra cima! | Créditos: Emerald Corp

    E apesar dos chefões não serem difíceis, há uma boa variedade de desafios em cada uma das dungeons que antecedem o combate. Os puzzles seguem bem a essência da franquia, misturando dinâmicas de descobrir áreas escondidas, escalar espaços, encontrar baús e derrotar inimigos. Uma habilidade que ajuda muito ao longo dessa exploração é a “ultrahand”, muito similar a usada em TOTK e que aqui funciona muito bem.

    Num geral, o jogo é bem completo e as dungeons, pra mim, são a melhor parte. Elas não são rápidas, pois possuem muitas fases, e alguns puzzles podem sim demandar um pouco mais de tempo para serem finalizados – o que eu particularmente gosto. 

    Gostaria muito de ver um DLC desse jogo, pois assim poderíamos passar mais tempo explorando esse universo especial.

    Um mapa recheado de desafios acompanhado de uma ótima história

    Quando você acaba de liberar visualmente todo o mapa de Hyrule, ele parece bem pequeno. É possível atravessar as áreas a cavalo em pouco tempo, o que para muitos pode ser um ponto negativo. 

    Entretanto, apesar de seu tamanho, o mapa de The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom possui uma quantidade significativa de cavernas e fases escondidas.

    Confesso que essa parte me surpreendeu bastante, pois às vezes essas cavernas e áreas estão escondidas dentro de buracos em poças d’água, ou em um local de areia que você precisa usar um eco para abrir um buraco e entrar. Desta forma, há muita coisa para fazer, o que garante que o tempo de gameplay exceda facilmente 20 horas de duração. 

    Outro ponto é que existem muitas missões secundárias, inclusive algumas que garantem novos itens para a Zelda vestir e que trazem consigo novas habilidades. Se você sempre sonhou em saber o que um gato pensa, você vai amar a roupinha de felino disponível em uma dessas missões!

    Dentre essas várias dinâmicas, existe um mini game sobre encontrar e colecionar carimbos. Esses carimbos estão escondidos por toda a Hyrule, então é importante olhar cada cantinho para encontrar todos e garantir um item lendário no final de cada cartela.

    Um circuito cheio de prêmios! | Créditos: Emerald Corp

    Para além das opções de diversão, The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom também possui uma ótima história. Ver a Zelda como a escolhida para salvar o povo de Hyrule é bem significativo e dá o protagonismo que a princesa tanto merecia.

    A história também tem a capacidade de mostrar o Link pela visão de seu povo, afinal você escuta dos moradores o quanto ele é valente e corajoso, como está lutando para ajudar a população a combater os monstros e essa inversão de lógica é super benéfica para a lore de Zelda como um todo.

    E mesmo que seus desafios sejam lineares (você precisa terminar algumas missões para liberar outras), é possível explorar livremente Hyrule. Eu fui em todas as áreas antes mesmo de ter as missões liberadas, pois queria explorar todos os cantos e descobrir não só novas criaturas, como também onde estavam os carimbos.

    Portanto, se o jogador não estiver com vontade de fazer as missões principais naquele momento específico, há espaço para explorar outras fendas, as cavernas escondidas, batalhar contra monstros mais fáceis ou simplesmente conversar com os NPCs e andar a cavalo. A escolha é sua!

    A exploração do Mundo Inerte em Zelda: Echoes of Wisdom

    Quando vi o trailer de The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom achava que o Mundo Inerte seria algo similar ao que vimos no The Depths de TOTK (guardadas as devidas proporções). Contudo, o espaço é bem mais simples do que eu imaginava.

    Ao entrar em alguma missão nas áreas de jogo, você terá que fechar as fendas que estão abertas e sugando as pessoas. Para isso, Tri irá abrir um portal dentro da fenda, onde ele e Zelda entrarão para resolver os problemas e libertar os outros Tris aprisionados. Algumas vezes eles estarão dentro das dungeons, em outras serão fendas mais simples com os Tris espalhados em esferas dentro do cenário.

    Aqui existem coisas que eu gosto e que eu não gosto. O que eu não gosto é que o Mundo Inerte é bem simples. Nele, o próprio mapa te dá pistas de onde estão os itens escondidos, o que eu acredito ser um feature um pouco desnecessário. A dinâmica torna ainda mais fácil algo que já é fácil por si só.

    Um ponto que eu gosto é a dinâmica de ter água, gelo e outros elementos sendo apresentados de uma forma meio mundo invertido mesmo. O chão vira uma parede e você precisa escalar usando ecos para chegar até o topo, por exemplo.

    Essas dinâmicas são muito boas e visualmente a concepção do Mundo Inerte é muito legal. Entretanto, acredito que poderia ser um pouco mais elaborado quando falamos de ameaças e desafios.

    Veredito

    The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom é uma ótima combinação de dungeons com exploração, entregando um mapa com variedade de missões e desafios. O game possui uma história carismática, que coloca Zelda no destaque que ela merece e evoca a essência que tornou essa franquia em um clássico. Certamente é um must play de 2024 e você precisa conferir.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

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    Ficha técnica de The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom

    Lançamento: 26 de setembro de 2024

    Desenvolvido e publicado por: Nintendo

    Plataforma: Nintendo Switch

    Número de jogadores: 1

    Gêneros: Ação, Aventura

    Idioma: Alemão, Chinês Simplificado, Chinês Tradicional, Coreano, Espanhol, Francês, Holandês, Inglês, Italiano, Japonês, Português, Russo

    Preço: R$ 299,00

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