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    REVIEW – Jornada emocional pelo luto dá o tom de Selfloss

    Desenvolvido pela Goodwin Games, Selfloss foi lançado pelas publishers Merge Games e Maximum Entertainment no dia 12 de setembro para PC, Nintendo Switch, PlayStation 5 e Xbox Series X|S. O game possui elementos de ação, aventura e puzzles, e traz uma trama bem emocional e profunda.

    Na história, você será o personagem Kazimir, que está em uma busca para curar sua alma. Ao longo da jornada, o jogador experiencia momentos da vida de Kazimir, além de ajudar outras pessoas e criaturas com seus traumas. 

    Tivemos a oportunidade de conferir o jogo no Nintendo Switch. Leia nossa crítica sem spoilers.

    Análise de Selfloss

    Ao adentrar o mundo de Selfloss, você será guiado por um tutorial majoritariamente visual, explorando as belíssimas paisagens que acompanham todo o jogo. Ao longo deste tutorial, são apresentados os comandos e a forma como você deve usar o cajado para ultrapassar todos os desafios impostos na gameplay.

    Eu joguei Selfloss no Nintendo Switch e, confesso, a escolha dos botões utilizados para controlar os poderes do personagem principal foi bem estranha. Demorei um tempo a me acostumar com a forma como eu deveria controlar o personagem e o cajado, que é feita usando os direcionais – enquanto usa o ZL para atacar (e o R para um outro tipo de ataque).

    Essas escolhas tornaram a gameplay no Nintendo Switch muito mais complicada do que poderia ser. Kazimir, por si só, já caminha com dificuldade. Mesmo apertando B para que ele ande mais rápido, essa rapidez não faz muita diferença. De forma bem direta, a jogabilidade no Nintendo Switch poderia ser melhor, e a lentidão em alguns momentos acaba dificultando também na hora dos combates contra os inimigos. 

    Como os puzzles em Selfloss são muito bons, eles requerem várias etapas para serem concluídos. Fato é que, inúmeras vezes, eu senti que fazia uma ação e o personagem não tomava a atitude no mesmo momento, o que me levava a perder o timing e ter que recomeçar o desafio. Esses pequenos deslizes podem causar certa frustração nos jogadores, então é um ponto que acredito ser válido de salientar.

    Passei por essas situações algumas vezes durante os puzzles. Um bem específico que me recordo ter ficado muito tempo repetindo era sobre pausar um roda com símbolos no tempo certo para ativar uma luz no símbolo correspondente que estava na parede.

    Como o personagem precisava pisar naquele botão na hora certa, até eu conseguir fazer ele se mexer, o timing já tinha passado. Desta forma, precisei esperar toda a volta novamente para tentar acertar o símbolo dessa vez.

    REVIEW - Jornada emocional pelo luto dá o tom de Selfloss
    Créditos: Divulgação / Merge Games

    Fora esses problemas mais focados na performance, eu não experimentei nenhum bug ao longo da jogatina, com as missões fluindo corretamente. Vale destacar que, tecnicamente, o jogo é visualmente bem polido no Nintendo Switch quando dockado, mas no portátil a experiência não é tão boa. Em diversas fases senti as cenas mais embaçadas, o que combinado com a jogabilidade limitada tornou a experiência bem abaixado do esperado.

    O que mais me chamou a atenção em Selfloss foi o trabalho de som e trilha sonora. A trilha é ótima e consegue transitar entre momentos relaxantes e tensos, dependendo das fases. Não é algo que permanece no seguro, ou que está sempre em um mesmo tom, o que eu achei uma escolha bem-vinda e eficaz.

    Quando falamos dos puzzles, existem boas ideias ao longo da gameplay. Um dos momentos que mais gostei foi uma espécie de dungeon que envolvia a figura de uma grande tartaruga. Para liberar a entrada em uma área e recuperar um item, você precisa passar por duas outras grandes fases que trazem pequenos puzzles em sua concepção.

    As missões e os desafios são bem explorados no jogo, e os desenvolvedores conseguiram encontrar soluções interessantes que mesclam não só a exploração andando, como também utilizando o barco.

    REVIEW - Jornada emocional pelo luto dá o tom de Selfloss
    Créditos: Divulgação / Merge Games

    O próprio controle do barco e o uso do cajado ao mesmo tempo é um desafio, principalmente quando você tem que lidar com um terceiro elemento, como uns peixinhos que devem ser levados do ponto A ao B.

    Por fim, outro ponto que podemos destacar em Selfloss é sua história. Com uma jornada muito emocional, o game consegue transformar a superação do luto e a busca por uma cura em algo bem ancorado em suas missões. Toda a construção da gameplay faz sentido com as escolhas da trama.

    Veredito

    Selfloss traz uma boa trama sobre o luto e a busca por curar nossos próprios anseios para podermos seguir em frente. Acredito que a gameplay no Nintendo Switch poderia ser um pouco melhor, seja na escolha dos controles ou em uma performance mais ágil. Mesmo assim, o jogo possui bons puzzles e pode ser uma escolha interessante para quem busca um game rápido, mas com boas dinâmicas.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

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    Assista ao trailer de Selfloss:

    Ficha técnica de Selfloss

    Lançamento: 12 de setembro de 2024

    Desenvolvido por: Goodwin Games

    Publicado por: Merge Games e Maximum Entertainment

    Plataformas: PC (via Steam), Xbox Series X|S, PlayStation 5 e Nintendo Switch

    Número de jogadores: 1

    Gêneros: Aventura, Ação, Puzzles

    Idiomas: Alemão, Chinês Simplificado, Chinês Tradicional, Coreano, Espanhol, Francês, Inglês, Italiano, Japonês, Russo

    Preços: R$ 73,99 (PC), R$ 87,41 (Nintendo Switch), R$ 112,45 (Xbox Series), R$ 149,50 (PlayStation 5)

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