Rugrats: Adventures in Gameland é um novo jogo de plataforma 2D com mecânicas clássicas e uma proposta de alternar entre áudio e vídeo 8-bit e HD (com visuais estilo o desenho animado). O título da Wallride e The MIX Games foi lançado em 10 de setembro para PC, Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X|S.
A franquia Os Anjinhos, como é conhecida no Brasil, não recebia um game exclusivo desde Rugrats Go Wild, lançado em 2003 para PC e Game Boy Advance.
Confira a seguir o review de Rugrats: Adventures in Gameland jogado no Nintendo Switch.
Análise de Rugrats: Adventures in Gameland
Setembro está sendo um mês bem interessante para quem ama plataformas 2D clássicos que mantêm a essência da Era NES, o nosso querido Nintendinho. Tivemos Gimmick! 2 e agora um novo jogo de Rugrats, ambos compartilhando tanto o gênero, como também o fato de serem franquias que ficaram muito tempo sem um novo jogo.
Um outro elemento une os dois títulos: a modernização gráfica e sonora. E esse toque de modernidade é o que de fato mais chama atenção em Rugrats: Adventures in Gameland.
O novo jogo de Os Anjinhos possibilita alternar livremente ao longo da gameplay entre áudio e vídeo 8-bit ou HD. O ponto alto do gráfico HD é a ilustração igual a do desenho animado, mas que ao mesmo tempo mantém a essência da jogabilidade e da física da experiência retrô.
A livre alternância entre clássico e moderno também permite jogar com gráficos 8-bit, mas trilha sonora com instrumental em alta qualidade. E vice-versa. Além disso, o jogo nunca se perde nem apresenta bugs, mesmo podendo fazer essa mudança a qualquer momento da gameplay.
Rugrats: Adventures in Gameland permite escolher entre Tommy, Chuckie, Phil e Lil. Os bebês da franquia clássica da Nickelodeon embarcam numa aventura imaginativa após verem o comercial do novo jogo estrelado por Reptar, imaginando situações em diferentes ambientes da casa dos Pickles numa jornada que tem como “vilã” a Angélica, criança com um pouco mais de idade que os bebês e que sempre representa a eles um fardo tipo ter areia nas fraldas.
Cada personagem possui status próprios, sendo que Tommy e Phil pulam normalmente, enquanto Chuckie e Lil conseguem flutuar por alguns segundos, o que os permite ir mais longe.
Para quem é saudosista, a essência clássica impera com a possibilidade de ter até três espaços para salvar o jogo, e cada save não pode ter a dificuldade alterada durante a gameplay. As dificuldades são newborn (fácil, com respawn ilimitado), baby (normal, com possibilidade de alternar entre os quatro personagens) e big kid (somente pode jogar com um personagem).
Tanto as dificuldades baby e big kid não possuem respawn. Se um personagem morrer na dificuldade intermediária, será preciso usar outro, até que você termine o jogo ou todos morram. No caso do nível mais difícil, se o personagem que você escolher morrer, já era…
No entanto, o jogo salva ao término de cada fase. Sendo assim, o game over não é extremamente punitivo ao ponto de ter que começar tudo do zero, mas também há elementos da dificuldade dos jogos plataforma clássicos do Nintendinho. Não é possível trocar a dificuldade em meio a um save, o que também reforça essa vibe antiga.
Ao mesmo tempo, também possibilita que crianças e pessoas que querem um entretenimento puramente casual também se divirtam no nível newborn.
A gameplay de Rugrats: Adventures in Gameland é tudo o que você espera de um bom plataforma retrô. Não arrisca reinventar a roda, mas também não peca naquilo que se propõe, tendo êxito também na jogabilidade com os gráficos em HD, que não apresentam diferença em relação à experiência do 8-bit.
A performance e a livre alternância entre o estilo gráfico e de áudio funcionam muito bem no Nintendo Switch, tanto no modo TV, quanto no portátil.
O jogo em si não é muito desafiador, mas poderá dificultar a sua vida no nível big kid se você não for experiente em plataformas 2D clássicos. Eu particularmente gostei mais de jogar na dificuldade intermediária, pois considerei agradável ter um olhar mais estratégico ao alternar os personagens e, dessa forma, fazer a melhor escolha ao definir qual bebê deveria pegar o biscoito (vida extra) ou a mamadeira (para recuperar vida) dependendo da situação em que me encontrava.
A experiência em Rugrats: Adventures in Gameland é muito positiva, mas isso também gera um problema, que é a curta duração do game. Seguramente você terminará a aventura em até 3 horas, podendo ser em apenas uma se você for muito experiente no gênero.
Havia potencial para fazer um game um pouco maior, podendo explorar mais ambientes da casa dos Pickles, das famílias de outros personagens, ou ainda outros cenários da vizinhança. Apesar da curta duração gerar um pouco de frustração, isso mostra que de fato o jogo acertou em tudo o que se propôs em termos técnicos e de jogabilidade.
Também é merecido destacar a ótima trilha sonora, tanto 8-bit, quanto a HD. A música em alta qualidade inclusive me surpreendeu, trazendo até mesmo elementos de metal nos combates contra os chefes, mesmo sendo um jogo com personagens bebês.
Veredito
Rugrats: Adventures in Gameland é um título divertido que joga no seguro em termos de jogabilidade clássica do gênero plataforma 2D, mas com o grande acerto técnico de poder alternar livremente entre áudio e vídeo 8-bit e HD, possibilitando que você escolha entre uma abordagem retrô ou moderna. Os pontos positivos entregam uma gameplay agradável, mas sua curta duração torna a experiência um pouco frustrante.
3,7 / 5,0
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Assista ao nosso vídeo de gameplay da versão demo jogada no PC:
Ficha técnica de Rugrats: Adventures in Gameland
Lançamento: 10 de setembro de 2024
Desenvolvido por: The MIX Games, Wallride
Publicado por: The MIX Games
Plataformas: PC (via Epic Games Store e Steam), Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X|S
Número de jogadores: 1 a 2
Gêneros: Plataforma 2D, Retrô
Idioma: Inglês
Preços: R$ 66,99 (Epic Games Store), R$ 73,99 (Steam), R$ 92,45 (Xbox), R$ 124,50 (PlayStation), R$ 139,57 (Nintendo Switch)
