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    REVIEW – Final Fantasy VII Rebirth deixa fãs com os olhos marejados de emoção

    Final Fantasy VII Rebirth (também chamado de Final Fantasy 7 Rebirth ou FFVII Rebirth) foi lançado pela Square Enix em 29 de fevereiro de 2024 exclusivamente para PlayStation 5.

    O jogo é o segundo lançamento do projeto de remakes de Final Fantasy VII, lançado originalmente para PlayStation 1 em 1997. A iniciativa irá recontar a história do game original em três jogos distintos, cada um com enredo próprio.

    O novo remake é a continuação da épica aventura de Cloud Strife nesse mundo fantástico. Essa é uma das franquias mais icônicas do gênero JRPG que a cada lançamento deixa uma legião de fãs ansiosos por uma nova aventura.

    Em FFVII Rebirth, os heróis icônicos Cloud, Barret, Tifa, Aerith e Red XIII escaparam da cidade distópica de Midgar e, agora, estão em busca de Sephiroth, o espadachim vingativo do passado de Cloud e que, supostamente, estava morto.

    A nova aventura pode ser curtida por todos os jogadores, até mesmo quem não jogou o antecessor Final Fantasy VII Remake (2020) ou o original do PlayStation.

    Confira a seguir o review de Final Fantasy VII Rebirth sem spoilers.

    Análise de Final Fantasy VII Rebirth

    Após quatro longos anos de espera, finalmente a tão aguardada continuação dos remakes de Final Fantasy VII foi lançada, dando continuidade a épica aventura de Cloud Strife neste incrível mundo fantástico.

    Final Fantasy VII Rebirth traz diversas melhorias em comparação ao seu antecessor que, mesmo sendo da geração passada, já possuía gráficos incríveis e uma jogabilidade espetacular.

    Desse modo, esse novo título acaba tendo um salto ainda maior em seu mundo e nos gráficos, devido à nova geração ter um hardware capaz de oferecer um desempenho ainda melhor. Mesmo assim, o jogo ainda foi alvo de polêmicas a respeito da performance e da qualidade gráfica, pois alguns youtubers acreditam que o antecessor apresente desempenho e gráficos melhores mesmo no PlayStation 4.

    No meu ponto de vista, FFVII Rebirth tem uma evolução orgânica, visto que inicialmente o jogo foi desenvolvido para a plataforma passada, mas que foi portado para a geração atual justamente para oferecer melhores gráficos e desempenho. Portanto, essa comparação acaba sendo sem fundamento.

    Além de melhorar a parte gráfica, o Final Fantasy VII Rebirth se reinventa ao contar a sua história trazendo novos elementos para narrativa e alguns pontos contados sob uma nova perspectiva de outro personagem, mas que preserva a trama original. Isso tudo acaba sendo muito legal.

    Os vínculos sociais são importantes para melhorar habilidades do grupo em Final Fantasy 7 Rebirth
    Créditos: Square Enix / Divulgação

    Outro ponto muito interessante é a mecânica de vínculos sociais com seu grupo. Assim como nos RPGs recém-lançados Like a Dragon: Infinite Wealth e Persona 3 Reload, quanto mais você melhorar sua relação entre os seus aliados, melhor será o nível de habilidades do grupo.

    Essa nova mecânica é simplesmente excelente, pois conforme seu nível de interação vai se desenvolvendo, mais camadas da personalidade do grupo você descobre. Além disso, as ações que você realiza com os seus aliados podem alterar algumas partes da história.

    Eu simplesmente gostei muito dessa implementação de vínculos sociais entre os personagens. Desse modo, o jogo faz um balanço perfeito entre a ação frenética e os momentos de calmaria.

    Minigames viciantes

    Embora Final Fantasy VII Rebirth seja um JRPG gigante com múltiplas atividades a serem realizadas, o jogo se beneficia além da sua excelente história graças aos minigames, que são divertidos e viciantes. Dentre eles, destaco o card game Queen’s Blood. Esse jogo é fascinante!

    Suas mecânicas e regras são muito simples e semelhantes ao Gwent, de The Witcher 3: Wild Hunt (2015), mas aqui suas partidas são bem mais rápidas e intuitivas. Cada jogador possui uma mana de 5 cards e, antes de iniciar a partida, deve destacar uma carta que será reposta no baralho.

    Com isso, cada card possui uma pontuação de 1 a 4 pontos e nisso algumas cartas possuem habilidades especiais que dominam a área do adversário ao serem colocadas em campo.

    O objetivo é deixar o adversário sem campo para jogar uma carta, mas para isso você começa jogando um card de 1 ponto, e nessa carta são exibidas as áreas do adversário ela pode dominar. Ao usá-la, a área irá liberar mais campos para você jogar cards com maior pontuação e, assim, ir somando os pontos de cada carta que você tem em arena.

    Dessa forma, ganha o duelo quem tiver a maior pontuação e áreas dominadas. Ao final de cada partida ganha você recebe uma nova carta de prêmio para o seu baralho. 

    Confesso que em diversos momentos eu acabei esquecendo que devia seguir o enredo principal do jogo por conta de Queen’s Blood, pois o minigame é uma delícia e muito viciante. Esse passatempo tem um grande potencial para ter seu próprio jogo no futuro.

    FFVII Rebirth tem um vasto mundo semiaberto

    Outro ponto que merece destaque são as cutscenes, que não são extensas como foram em Final Fantasy XVI (2023). Em FFVII Rebirth elas são introduzidas no momento certo do enredo de forma coesa, sem enrolar muito, para que o jogador logo parta para a ação. 

    As cutscenes são de deixar qualquer um com os olhos marejados de felicidade. Imagine que quando o jogo original foi lançado no Playstation 1 já era algo surpreendente para aquela época. Pois agora no PlayStation 5, com gráficos fascinantes, as animações deixam qualquer pessoa maravilhada.

    É importante também destacar o grande mundo semiaberto, que é imersivo e gratificante de ser explorado. Toda a ambientação é repleta de minuciosos detalhes que tornam a experiência única e divertida.

    Mesmo que o jogo não seja um mundo aberto aos moldes de Zelda Tears of the Kingdom ou Elden Ring, a Square Enix mostra que aos poucos vai se aprimorando nesse sentido, ao ponto de, quem sabe no futuro, se aprofundar de vez em realizar um mundo completamente aberto para Final Fantasy.

    Mesmo que a equipe de desenvolvimento ainda não siga por essa preferência, me deixa satisfeito essa escolha de ser um mundo semiaberto, porém gigantesco e separado por áreas.

    Jogabilidade de Final Fantasy VII Rebirth

    Após a polêmica jogabilidade de Final Fantasy XVI ter sido um divisor de águas entre os fãs, aqui temos uma gameplay que mescla o combate de ação com elementos táticos de um bom e velho clássico JRPG. 

    No entanto, diferente do seu antecessor, a gameplay foi melhorada e se tornou mais fluida nos combates e na movimentação dos personagens. Não que no jogo de 2020 a jogabilidade não fosse excelente, mas senti que em Final Fantasy VII Rebirth a Square Enix melhorou bastante o que já era excepcional.

    Final Fantasy VII Rebirth, ou FFVII Rebirth, honra a história original lançada no PS1, mas inova com recursos modernos do PS5. Leia o review.
    Créditos: Square Enix / Divulgação

    A jogabilidade é muito gostosa de ser apreciada e me agradou muito. Acredito que a equipe criativa foi diretamente influenciada por jogos como Devil May Cry V e Elden Ring, assim como ocorreu em FFXVI. Apesar das claras influências, o jogador não precisa se preocupar no quesito dificuldade, pois o FFVII Rebirth é repleto de tutoriais na hora de entrar em ação.

    Narrativa e Personagens

    É inegável que a franquia Final Fantasy sempre apresentou histórias épicas que ficam na memória dos fãs. Apesar disso, alguns jogos se destacam mais do que outros. Nesse caso entra Final Fantasy VII que, lá no PlayStation 1, já deixou cravado na memória dos fãs seu épico enredo.

    Vale ressaltar que, apesar de ser um remake, o jogo não segue a fio a história original do título de 1997, e faz mudanças em acontecimentos importantes, mas que ainda assim respeitam a essência do enredo original.

    Mesmo sendo épico já no original, nesse remake a franquia trouxe algumas mudanças que podem decepcionar os fãs extremamente devotos. Confesso que achei estranho essas mudanças na narrativa, mas não foi algo ao ponto de me deixar frustrado.

    Outro destaque de FFVII Rebirth é o desenvolvimento dos personagens secundários que fazem parte da equipe de Cloud. O jogo desenvolve camadas únicas nesses personagens de modo rico e que acrescentam muito para a narrativa.

    Como citei antes, a mecânica de vínculo social é um dos pontos de virada que fazem valer a pena saber mais sobre personalidade e passado desses personagens tão carismáticos.

    No geral, Final Fantasy VII Rebirth é um jogo fabuloso que dá continuidade a essa épica jornada trazendo novos elementos para narrativa e jogabilidade. Mesmo ainda não fechando a história, espero que seu capítulo final seja lançado ainda nessa geração. 

    Veredito

    Em suma, Final Fantasy VII Rebirth é um jogo brilhante que traz um mundo gigantesco repleto de side quests e minigames viciantes, tudo com gráficos sensacionais, mas que pode desagradar os fãs mais puristas que esperam um remake seguindo à risca todas as linhas do original.

    Mesmo que FFVII Rebirth traga essas mudanças para a narrativa, o jogo me proporcionou uma experiência divertida e imersiva nesse mundo fantástico. Além disso, o novo título da Square Enix desenvolve personagens secundários com várias camadas que nunca havíamos visto antes na franquia Final Fantasy, de forma brilhante e imersiva.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer de Final Fantasy VII Rebirth:

    Ficha técnica de Final Fantasy VII Rebirth

    Lançamento: 29 de fevereiro de 2024

    Desenvolvido e publicado por: Square Enix

    Plataforma: PlayStation 5

    Número de jogadores: 1

    Gêneros: JRPG de Ação

    Idiomas (voz): Alemão, Francês (França), Inglês, Japonês

    Idiomas (tela): Alemão, Espanhol, Espanhol (México), Francês (França), Inglês, Italiano, Japonês, Português (Brasil)

    Preço: Versões a partir de R$ 349,90. Uma versão demo está disponível gratuitamente na PlayStation Store.

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