Lançado em 21 de junho de 2024, Shadow of the Erdtree é o conteúdo adicional (DLC) de Elden Ring, o conceituado Jogo do Ano 2022 desenvolvido pela FromSoftware e publicado pela Bandai Namco. A expansão está disponível para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X|S.
Nesse DLC, o Reino das Sombras foi mantido separado das Terras Intermédias desde a sua criação. Agora, em perseguição à Miquella, os Maculados estão entre as primeiras almas a porem os pés no local em incontáveis eras. É preciso cruzar novas áreas abertas para alcançar novas masmorras de legado cheias de perigos e mistérios não descobertos.
Confira a seguir o review sem spoilers de Shadow of the Erdtree jogado no PlayStation 5.
Análise de Elden Ring Shadow of the Erdtree
Após dois longos anos de mistério e espera, temos finalmente a graça do tão aguardado lançamento do DLC Shadow of the Erdtree que fez uma legião de fãs ficarem bastante ansiosos para retornar a se aventurar em uma jornada épica e desafiadora neste mundo fantástico e sombrio de Elden Ring.
Dito isso, minha experiência com o jogo base de Elden Ring foi fantástica, além de ser um desafio por si só, e mesmo já estando em um nível muito elevado, achei que estaria 100% preparado para tirar de letra os desafios de Shadow of the Erdtree. No entanto, logo essa confiança foi subvertida nas primeiras horas da expansão.
Se no jogo base tínhamos uma dificuldade balanceada aos modos soulslike, em Shadow of the Erdtree ainda temos essa marca do gênero se elevou. Logo no início, o mapa já te mostra que a força de todos os inimigos é triplicada, tanto de adversários mais básicos, que te derrotam com uma imensa facilidade; até os chefes principais, que são capazes de te finalizar com apenas dois golpes se você não prestar a devida atenção em sua movimentação.
Por isso, se no jogo base você ficou travado muitas horas, por exemplo, no Radahn ou Malenia, A Espada de Miquella, prepare-se, pois essas horas irão triplicar para derrotar algum chefe na DLC. Ainda que utilize todos os recursos que o jogo fornece para facilitar sua batalha, os chefes estão em outro nível de dificuldade em relação aos bosses do jogo base.
Mesmo diante das inúmeras horas que fiquei travado em determinados chefes, o jogo segue não te limitando a ficar preso apenas a uma área, pois oferece o benefício da exploração, que é um convite constante a explorar o gigantesco novo mapa, que fornece novas armas, equipamentos e habilidades.
Embora o elevado grau de dificuldade tenha desagradado uma pequena parcela de fãs, no meu ponto de vista esse descontentamento acaba não tendo fundamento. Sendo que o DNA de um soulslike está em sua dificuldade, seria o mesmo que reclamar de jogos de corrida apresentarem circuitos com muitas curvas.
Por outro lado, um ponto negativo que persiste e segue em praticamente todos os jogos soulslike da FromSoftware é a sua câmera instável em batalhas contra chefes colossais ou naqueles mais frenéticos.
A instabilidade na câmera durante as batalhas contra os oponentes segue sendo o calcanhar de Aquiles, o que acaba sendo frustrante em pontos cruciais do combate que já exigem uma enorme concentração do jogador, dificultando ainda mais uma possível vitória. Esse é o maior adversário de Elden Ring e sua expansão.
Apesar desse ponto negativo destacado, o jogo ainda assim surpreendeu a todas as minhas expectativas. Shadow of the Erdtree é brilhante e acaba sendo mais um excelente exemplo de como as desenvolvedoras devem trazer conteúdos colossais e com qualidade para seus jogos, de modo justo e sem que o consumidor se sinta enganado.
Além do DLC já trazer os grandes de desafios de derrotar chefes quase imbatíveis, o jogo expande com excelência o seu mundo com novas side quests e dungeons inéditas, que que também são desafiadoras em sua exploração, mas que nesse novo mapa são mais árduas de serem localizadas.
Digo isso porque, no jogo base, temos pontos que indicam a localização, e no DLC elas estão bem mais ocultas na imensa vastidão do novo mapa. Em diversos momentos acabei encontrando por acaso essas dungeons, seja fugindo de algum inimigo, ou ainda passando por acaso em alguma floresta negra.
Outro ponto notável são os NPCs que te ajudam durante as batalhas. Essa adição já continha no jogo base, mas aqui o desenvolvimento foi mais assertivo em virtude da brutalidade como os chefes principais se apresentam em combate.
Apesar desse auxílio ser crucial para batalhas mais intensas, infelizmente temos uma desvantagem, visto que a barra de vida dos chefes que extraímos com ataque acaba sendo menor por conta dos NPCs e invocações utilizadas para obter o auxílio, mas mesmo assim facilitam muito o avançar do jogo.
Veredito
Shadow of the Erdtree é uma evolução orgânica de tudo o que há de melhor no jogo base, capaz de tornar a experiência em algo único e ainda mais desafiador neste vasto mundo sombrio e fantástico de Elden Ring. Essa expansão é um dos melhores DLCs que já tivemos desde The Witcher 3: Wild Hunt – Blood and Wine (2016).
De fato, Shadow of the Erdtree foi um dos melhores jogos que joguei neste ano e se tornou meu favorito. Todo o game é bem executado e, mesmo com pequenos deslizes, realmente entrega uma experiência grandiosa que superou todas as minhas expectativas, sendo um dos títulos mais difíceis que joguei desde Sekiro: Shadows Die Twice (2019).
5,0 / 5,0
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Assista ao trailer:
Ficha técnica de Elden Ring Shadow of the Erdtree
Lançamento: 21 de junho de 2024
Desenvolvido por: FromSoftware
Publicado por: Bandai Namco
Plataformas: PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X|S
Número de jogadores: 1 (local / offline), PvP e Cooperativo online
Gêneros: Ação, RPG, Soulslike
Idiomas: Português (Brasil), Inglês, Francês, Italiano, Alemão, Espanhol (Espanha), Japonês, Coreano, Polonês, Russo, Chinês simplificado, Espanhol (América Latina), Tailandês, Chinês tradicional
Preços: R$ 154,90 (PC), R$ 214,90 (PS e Xbox)
