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    REVIEW – DLC The Teal Mask de Pokémon diverte, mas perde boas oportunidades

    A primeira parte da DLC The Hidden Treasure of Area Zero, intitulada The Teal Mask, foi lançada no dia 13 de setembro. Complemento do game Pokémon Scarlet & Violet, a primeira parte do conteúdo adicional traz uma nova cidade, novos pokémon e alguns desafios.

    Na história, você participa de uma excursão escolar na região de Kitakami, mais precisamente em Mossui Town. Durante as festividades do Festival of Masks, a lenda dos Loyal Three Pokémon é revelada e você terá a missão de conhecer melhor um certo Ogro que assombra o vilarejo.

    Confira nossa crítica sem spoilers da DLC.

    Análise de The Teal Mask

    Pokémon Scarlet & Violet está longe de ser o game mais aclamado da franquia. Ele é, provavelmente, o mais polêmico, pois desde seu lançamento apresenta bugs que não foram corrigidos e problemas intensos de gráficos.

    Mesmo assim, Pokémon Scarlet & Violet possui uma gameplay que chama atenção, engaja e faz você ficar horas caçando Pokémon. A DLC The Hidden Treasure of Area Zero vem com a promessa de trazer novidades para a história, além de novos Pokémon que não estão disponíveis na Pokédex do jogo base.

    A primeira parte chamada The Teal Mask possui um Pokémon lendário como foco da história: Ogerpon, um monstrinho fofo que possui máscaras cintilantes e lindas. Sua existência está totalmente atrelada à cidade de Mossui Town e a todas as lendas que envolvem os Loyal Three Pokémon e o Festival of Masks.

    Créditos: Divulgação / Game Freak

    Sua missão, portanto, é aprender mais sobre os costumes do vilarejo, explorar o mapa, entender as lendas e, por fim, encontrar Ogerpon. O novo mapa é até bem grande, com várias áreas a serem exploradas e que podem ser acessadas por fast travel, após habilitá-los. Você consegue finalizar toda a história principal em umas 4 horas, principalmente se você já habilitar os fast travel do mapa antes de dar seguimento às missões.

    No meu caso, eu sempre gosto de explorar primeiro e capturar Pokémon antes mesmo de avançar nos acontecimentos principais. Portanto, quando chegou a hora de acompanhar os novos personagens Carmine e Kieran na jornada dos Loyal Three Pokémon, eu já havia liberado todos os pontos de acesso rápido do mapa.

    A história principal é bem legal e mantém aquela essência de Pokémon que a gente tanto gosta. Uma história sobre amizade, lealdade e bondade, que torna mais fácil se apegar ao pequeno Ogerpon e seus novos amigos do vilarejo. Apesar de Carmine e Kieran terem personalidades bem chatinhas, o desenvolvimento da amizade com eles acaba sendo cativante, o que acredito ser um ponto positivo.

    Entretanto, quando falamos do game por si só, The Teal Mask perde inúmeras oportunidades. Uma delas é a ideia de exploração do mapa. Há uma proposta muito legal de cavernas, que podem ser exploradas em várias áreas diferentes.

    Entretanto, a maioria delas está vazia de Pokémon diferentes, repetindo os mesmos que você vê aos montes em campo aberto. Existem momentos em que você entra na caverna e não tem um mísero Pokémon te esperando, apenas um item não tão relevante assim.

    Créditos: Divulgação / Game Freak

    Por se tratar de uma nova região, é esperado que você tenha uma quantidade significativa de novos Pokémon e de atividades. Entretanto, o mapa tem muito mais itens espalhados do que variedade de capturas, fazendo você ficar vagando pelos espaços sem ter grandes surpresas.

    É difícil não comparar, num geral, Pokémon Scarlet & Violet com Pokémon Legends Arceus. A sensação de que há uma constante perda de oportunidades em não ter aproveitado o modo de captura, os Pokémon Alpha e tantas outras novidades do spin-off é uma tristeza imensa. O quanto a gameplay poderia ser mais atrativa e engajante com essas possibilidades é absurdo.

    A parte das cidades vazias também segue os mesmos moldes do jogo base. Você tem alguns lugares que consegue acessar, não há uma grande exploração de casas no mundo aberto e até mesmo as barraquinhas do festival de máscaras tem pouco apelo num geral. Alguns outros ambulantes, no entanto, podem fornecer itens e há algumas side quests interessantes para conseguir Pokémon diferenciados.

    Há de se dar os créditos para a side quest que envolve uma personagem fotógrafa que, apesar de simples, é bem recompensadora e ao minigame do festival que garante prêmios importantes. São inserções que funcionam e servem para expandir um pouco o tempo de jogo.

    Os embates com os Pokémon lendários também poderiam ser melhores. Como você provavelmente já irá chegar na DLC com Pokémon muito bons como o Mewtwo, por exemplo, seria interessante que os embates ocorressem com uma dificuldade similar a das Tera Raids de níveis 6 e 7. Entretanto, se você tem já um Pokémon level 100 tunado, é muito simples conseguir derrotar e capturar os lendários da DLC.

    Em The Teal Mask nós também temos o que seria um “teaser” da região de Hisui, espaço que é mostrado em Pokémon Legends Arceus. Não sei o que isso irá significar na segunda onda, ou se finalmente as histórias desses jogos vão se conectar de alguma forma, mas é torcer que em The Indigo Disk tenhamos alguma novidade que realmente cause surpresa e encantamento.

    Veredito

    Com um conteúdo simples, mas que entrega uma história bacana, The Teal Mask poderia ser uma experiência muito mais marcante e emocionante. Mesmo tendo bons personagens e novas adições de Pokémon lendários, o game em si perde muitas oportunidades, o que é uma pena.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Assista ao trailer de The Hidden Treasure of Area Zero:

    Ficha técnica Pokémon Violet: The Hidden Treasure of Area Zero

    Lançamento: Parte 1 – 13 de setembro de 2023

    Desenvolvido por: Game Freak

    Publicado por: Nintendo

    Plataforma: Nintendo Switch

    Número de jogadores: 1

    Gêneros: RPG, aventura

    Idiomas: Alemão, Chinês Simplificado, Chinês Tradicional, Coreano, Espanhol, Francês, Inglês, Italiano, Japonês

    Preço: R$ 174,99

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