A segunda parte de The Hidden Treasure of Area Zero, DLC de Pokémon Scarlet & Violet, chamada The Indigo Disk chegou ao Nintendo Switch no dia 14 de dezembro. Trazendo o fechamento da história iniciada no jogo base, o conteúdo adicional traz novas funcionalidades para a gameplay do jogo, além de uma grande variedade de Pokémon.
Com a continuação dos acontecimentos traçados em The Teal Mask, a primeira parte da DLC, The Indigo Disk você será transferido para a Blueberry Academy, escola onde Carmine e Kieran estudam. Por lá, você poderá ingressar na BB League, que agora é encabeçada por um Kieran bem diferente do que conhecemos em The Teal Mask.
Boa parte da estrutura da Blueberry Academy fica dentro do oceano, com um espaço especial para captura e estudo de Pokémon chamado Terrarium. No Terrarium você terá acesso a novas espécies, além de missões diferenciadas.
Confira nossa crítica da segunda parte da DLC de Pokémon Scarlet & Violet, que está disponível exclusivamente no Nintendo Switch.
Análise de The Indigo Disk
Após a ótima história de The Teal Mask, eu estava bem curiosa para saber como os acontecimentos iriam se desenrolar na segunda parte da DLC, e por que ela leva o nome The Indigo Disk. Se a primeira parte guardava toda a parte emocional da DLC, a segunda traz muita ação e várias missões, o que eu acredito ser uma mudança bem-vinda.
Eu sou uma das pessoas que, apesar de todos os problemas, adora a gameplay de Pokémon Scarlet & Violet. Apesar de, infelizmente, a Game Freak não ter lançado efetivos patches de correções de performance ou melhoria de design, o game está sempre trazendo novas raids, diferentes mystery gifts para os jogadores e, com a DLC completa, você consegue passar tranquilamente das 40 horas de jogatina apenas na história principal.
E agora, com todo o enredo finalizado, é possível ver que o projeto de Scarlet & Violet fica ainda melhor se você tiver jogado as duas versões, já que uma contempla Pokémon do passado e a outra do futuro. Desta forma, com a adição da DLC, o enredo desse capítulo da franquia se prova bem redondinho e, apesar dos pesares, foi uma forma até bem executada de inserir a nova geração dos Pokémon.
Dito isso, a segunda parte da DLC me agradou bem mais do que a primeira. Não porque a história seja melhor, porque não é, mas todo esse arco de corrupção de um dos personagens principais nos faz ter mais motivação de destruí-lo ao longo do caminho. Confesso que eu peguei uma birra dele tão forte que eu não parei de jogar até, finalmente, chegar ao final da jornada em The Indigo Disk.
Pokémon sempre teve personagens cativantes e tramas emocionantes em seus animes e filmes. Os jogos nos últimos tempos me parecem bem fracos nesse sentido, mas a inserção de Carmine e Kieran realmente tornam a DLC, em diversos momentos, mais interessante do que a história base do jogo.
Os personagens aqui possuem mais camadas, e um certo desenvolvimento, coisa que vemos apenas no personagem Arven no jogo base. Apesar das motivações serem as mais bobas e egoístas possíveis, ainda há uma mensagem bacana em The Teal Mask e The Indigo Disk, o que torna a DLC narrativamente superior à trama de Scarlet & Violet.
Focando apenas na segunda parte da DLC, The Indigo Disk possui mais opções de entretenimento do que The Teal Mask. Enquanto a primeira parte é totalmente linear, com uma história que possui início, meio e fim, The Indigo Disk dá mais liberdade para o jogador explorar áreas e features realmente interessantes.
Aqui você pode jogar sendo um Pokémon, controlando ele e fazendo o que quiser, o que é uma dinâmica bem divertida e diferente. O Terrarium possui quatro áreas diferentes e, após esgotar suas possibilidades de captura, você pode liberar novas espécies utilizando seus pontos da Blueberry Academy.
Para conseguir esses pontos, você precisa realizar algumas missões e receber essas recompensas. Após finalizar a história principal, você também usará essas missões para ter acesso aos lendários, que estarão disponíveis para batalha e captura em áreas diferentes de Paldea.
Há também a opção de batalhar novamente com os líderes de ginásio de Paldea e, assim, ganhar itens específicos para outras missões. E nisso estou falando apenas de missões paralelas, sem considerar os desafios pré-BB League e contra os membros da Liga, a luta contra o campeão e a exploração da Area Zero.
Retornar a Area Zero também foi uma boa surpresa, pois Pokémon que antes eu não havia conseguido capturar apareceram de surpresa durante a jornada. Confesso que os combates e as próprias missões não são muito difíceis de finalizar, mas a captura dos lendários consegue causar um certo stress, pois os Pokémon demoram a ficar nas pokébolas.
Quando falamos de performance, tudo permanece da mesma forma. Eu quebrei o mapa do jogo em alguns momentos, indo parar em áreas que certamente não deveriam ser acessíveis, mas nada de novo para quem já jogou horas e horas do jogo base.
Infelizmente, pouco foi otimizado nesse sentido, e é torcer que um dia esse game seja revisitado para ganhar melhores gráficos, pois acredito que ele seria bem elogiado com um pouco mais de apelo gráfico e menos bugs.
Veredito
The Indigo Disk tem uma gameplay mais interessante do que The Teal Mask, trazendo novas propostas e dinâmicas robustas. As duas juntas criam uma história emocionante e instigante, repleta de desenrolares satisfatórios. Apesar de todos os problemas técnicos, Pokémon Scarlet & Violet termina sua jornada com uma gameplay divertida e que vale ser conhecida.
3,2 / 5,0
Assista ao trailer
Ficha técnica Pokémon Violet: The Hidden Treasure of Area Zero
Lançamento: Parte 2 – 14 de dezembro de 2023
Desenvolvido por: Game Freak
Publicado por: Nintendo
Plataforma: Nintendo Switch
Número de jogadores: 1
Gêneros: RPG, aventura
Idiomas: Alemão, Chinês Simplificado, Chinês Tradicional, Coreano, Espanhol, Francês, Inglês, Italiano, Japonês
Preço: R$ 174,99
