More

    REVIEW – Assassin’s Creed Valhalla é uma aventura Viking imperdível

    Assassins Creed Valhalla é um jogo desenvolvido e lançado pela Ubisoft Montreal em 10 de novembro de 2020, sendo este o penúltimo lançamento da franquia. Depois dele, a série recebeu Assassin’s Creed Mirage, em 2023.

    Desde 2020 já foram lançadas três expansões pagas intituladas Ira dos Druidas, Cerco de Paris e Alvorecer do Ragnarök, que abrangem novas regiões e conectam-se diretamente com a história principal. Além desses conteúdos, foram acrescentados ao jogo base dois capítulos extras, Fated Encounter e The Last Chapter, e também foi lançado um passe de temporada.

    Assassin’s Creed Valhalla está disponível para Xbox One, Xbox Series, PC, PlayStation 4 e PlayStation 5 – nesses dois últimos consoles, o jogo está disponível gratuitamente desde o dia 20 de fevereiro para os assinantes de PS Plus nas categorias Extra e Deluxe, podendo ser resgatado gratuitamente até o dia 19 de março de 2024.

    Além da PS Plus, o jogo está disponível de modo gratuito para assinantes dos serviços Xbox Game Pass e Ubisoft+.

    A história se inicia no ano de 873 da Era Comum com a jornada de Eivor, que pode ser Varisson ou Varinsdottir de acordo com a escolha do jogador, que ao lado do seu irmão adotivo Sigurd Styrbjornsson lidera o Clã do Corvo em busca de novos ares, saindo da fria Noruega para a Inglaterra. Durante o período, a dupla alia-se a Ordem dos Ocultos, os antecessores dos Assassinos, além de outras figuras históricas enquanto enfrentam a Ordem dos Anciões.

    Confira a seguir o review completo de Assassin’s Creed Valhalla e todas suas DLCs jogadas no PlayStation 5.

    Análise de Assassin’s Creed Valhalla

    Assassin’s Creed Valhalla é disparado o jogo mais longo de toda a franquia, tendo uma densa quantidade de conteúdo a ser avançado no jogo base, além de todo o acréscimo oriundo de cada expansão. Portanto, além de adquirir experiência também é necessária paciência, pois não se consegue concluí-lo rapidamente, mesmo que o foco seja direcionado apenas para finalizar a história.

    Indico que você aproveite cada aspecto, inclusive a exploração.

    Comparado a Assassin’s Creed Odyssey (2018), seu antecessor, os sets de armaduras são mais efetivos quando equipados por completo, algo que anteriormente era mais livre por permitir a combinação de peças, formando o dano de conjunto muitas vezes devastador. Essa mudança é evidente para trazer o foco para um jogador de perfil não tão familiarizado com a faceta de RPG que essas combinações trazem, além de balancear o desafio que o título desenvolvido pela Ubisoft proporciona.

    A variedade de armaduras, seus efeitos e a utilidade para cada situação é ampla, e considero excelente por equilibrar a simplicidade dos efeitos a ponto de não ser difícil para um novato se complicar, mas não a ponto de se tornar apenas um mero cosmético. Dessa forma, o elemento de jogabilidade dialoga de uma forma satisfatória com a imersão da experiência Viking que a história propõe através da troca visual de acordo com a adversidade.

    A movimentação e escalada tem uma grande melhoria em relação ao antecessor, trazendo grande agilidade para esse elemento. Mesmo que não agrade os fãs do parkour que é tão marcante na franquia, a experiência de subir montanhas ou construções antigas é muito prazerosa.

    A exploração é ampla a ponto de desorganizar as prioridades de um jogador nada acostumado com uma experiência de um mundo tão aberto como o proposto em Valhalla, tendo ambientações na Noruega, Inglaterra, além do local que dá nome ao jogo.

    Essa abrangência de territórios pode, inicialmente, soar como um grande exagero, mas acredito que é uma opção interessante por dar opções entre seguir a história e explorar o mundo (que esteticamente é impressionante) onde cada região funciona como um bioma diferente do mapa, alternando entre regiões mais frias, quentes, montanhosas ou planas.

    Apesar de um mapa tão grande, a viagem de barco não é tão interessante como nas experiências como quando navegamos como o brigue Gralha (Assasin’s Creed Black Flag) ou o trirreme Adrastea (Assasin’s Creed Odyssey), que afetam diretamente na jogabilidade, proporcionando lendárias batalhas marítimas.

    Em Valhalla isso se perde pela função da embarcação ser limitada para a locomoção pelos rios do mapa, mesmo que em algumas regiões seja possível realizar uma incursão. As incursões são parte das mecânicas mais divertidas do jogo com o foco de crescer Ravensthorp, o acampamento do Clã do Corvo, permitindo o acesso a novas modalidades de missões, objetivos e melhorias.

    Além das incursões convencionais existem as fluviais, um desafio à parte para quem tem predileção por esse elemento, mas também atraente para todos os tipos de jogadores por providenciar materiais especiais e o conjunto lendário da armadura de São Jorge.

    Essas incursões exigem alocação de guerreiros para formar a tripulação, que podem ser adquiridos através das casernas, que são atualizadas com frequência com personagens aleatoriamente enviados de acordo com o nível da construção ou criações de outros jogadores.

    A DLC Dawn of Ragnarök encerrou bem o conjunto de conteúdos adicionais de Assassin's Creed Valhalla
    Créditos: Ubisoft / Divulgação

    Gerenciar o acampamento, incluindo a embarcação de incursão fluvial, melhorar equipamentos e adquirir novos drengr já é uma lista imensa de tarefas, mas ainda é necessário realizar a missão de forjar aliados do modo história, além de derrotar a casta em ativo da ordem dos anciões. Ambos elementos acrescentam de forma impressionante à história pela necessidade de usar a abordagem da furtividade, algo clássico da franquia em mescla com um combate que dá liberdade ao jogador optar pela melhor forma de derrubar o seu inimigo.

    Nesse aspecto, as opções existem para todos os gostos entre armas de uma mão, que podem ser combinadas com escudo ou outra arma menor, armas para as duas mãos focadas em um dano massivo, além das habilidades que podem ser adquiridas na imensa Yggdrasil, que se expande entre melhoria de vida, resistência, ataque e defesa.

    A história tem os contornos épicos característicos da franquia Assasin’s Creed, conectando-se a uma lore que se passa em tempo presente apocalíptico enquanto viaja-se pelo passado para poder encontrar uma solução.

    A escolha do gênero do personagem principal é livre para o jogador, e acabei optando por jogar com a versão Varinsdottir da protagonista, que tem um grande carisma como muitos outros grandes personagens da franquia. Sua jornada tem momentos que se alinha a de seu irmão adotivo, que acredita em um destino muito maior que a própria existência, mas diverge quando Eivor compreende que há algo muito mais importante em jogo do que apenas a glória individual ou sua reputação.

    A ideia de uma aventura Viking neste capítulo proporciona uma experiência de jogo muito mais agressiva em relação aos seus antecessores. Além disso, a combinação de encontrar versões mais históricas de figuras conhecidas, como os filhos de Ragnar Lothbrok, com elementos como a lendária Excalibur das lendas arturianas no mesmo ambiente narrativo de locais famosos, como a floresta de Sherwood de Robin, é uma diversão à parte.

    Veredito

    Assassin’s Creed Valhalla é o tipo de jogo que faz valer seu grande conteúdo por ter diversas atividades, abranger diferentes níveis e tipos de jogadores, além de proporcionar a experiência histórica característica da franquia.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer:

    Ficha técnica de Assassin’s Creed Valhalla

    Lançamento: 10 de novembro de 2020

    Desenvolvido por: Ubisoft Montreal

    Publicado por: Ubisoft

    Plataformas: PC (via Steam, Epic Games e Ubisoft Store), PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X | S

    Número de jogadores: 1

    Gêneros: Aventura, RPG

    Idiomas: Espanhol, Francês, Inglês, Português (Brasil)

    Preço: Versões a partir de R$ 199,99 (PC), R$ 279,90 (PlayStation) e R$ 279,95 (Xbox). Acesso gratuito para assinantes da PS Plus entre 20/02 e 19/03/2024. Incluído nas assinaturas do Xbox Game Pass Ultimate e Ubisoft +.

    spot_img

    Artigos relacionados