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    CRÍTICA – Moana 2 mostra uma linda jornada de superação

    Moana 2 é a continuação direta do longa de 2016 e conta com a volta de Auli’i Cravalho e The Rock na dublagem.

    Sinopse

    Moana viaja para os mares distantes depois de receber um chamado de seus ancestrais.

    Análise de Moana 2

    Em 2016, Moana nos apresentou dois personagens que se transformaram em ícones da cultura pop por serem fortes e, ao mesmo tempo, extremamente carismáticos, o que gerou um intenso sentimento de conexão com eles.

    Quase dez anos depois, esse laço fica ainda mais forte com a chegada de Moana 2, que apresenta novos personagens e expande o mundo que nos foi apresentado no primeiro longa.

    Na cabine de imprensa vimos a versão dublada, o que costuma gerar certa polêmica. De fato, foi adotada uma outra linha de texto, utilizando frases contemporâneas que podem soar deslocadas do contexto, pois claramente alteram o significado da fala originalmente escrita no roteiro. Isso pode causar incômodo para quem assiste e acabou nos tirando um pouco do filme em alguns momentos. É difícil quando um personagem solta um jargão completamente fora de tom no meio de um momento emblemático do clímax, mas ok, seguimos…

    Sobre a animação, se o primeiro filme já tinha um visual maravilhoso, Moana 2 consegue surpreender com um design de produção fenomenal.

    O longa é lindo demais! As cores são vivas, vibrantes, parece que estamos em um local verdadeiro, com texturas realistas demais. Cada frame é um espetáculo visual diferente.

    A direção entrega cenas caprichadas, com momentos de tirar o fôlego. A ação é empolgante, com batalhas bem inventivas. Um prato cheio para quem ama animações, o que mostra que a Disney é a referência máxima neste quesito.

    O roteiro tem uma linha narrativa bem direta e simples: Moana precisa unir os povos achando uma ilha perdida e quebrando uma maldição.

    Foram acrescentados novos personagens para termos um time mais completo que insira o público na história: há um idoso ranzinza que é uma sacada interessante, pois ele odeia músicas e modernidade, algo que conversa com uma boa parte dos espectadores que torce o nariz para musicais. Há também uma jovem curiosa e cheia de energia que trabalha nas embarcações e um fã de Maui que é o contador de histórias da equipe.

    Os novos coadjuvantes têm carisma, são divertidos, mas não acrescentam muito na jornada da protagonista. Aliás, eles mais atrapalham do que ajudam, pois estão ali para nos representar como navegadores inexperientes, mas seriam a famosa “bucha de canhão” se fosse outro gênero de filme.

    As canções são poderosas, com destaque para Beyond/Além, que tem um trabalho sensacional de Auli’i Cravalho no original e de Any Gabrielly na versão brasileira. Certamente Moana 2 vem forte nas categorias de melhor canção e melhor animação nas premiações.

    Certamente a musicalidade étnica do filme é dos seus pontos mais fortes. Este segundo longa traz ainda mais elementos da cultura maori, além de abordar a ancestralidade de forma mais profunda e sensível. Moana já sabe quem é, mas ainda tem muito a descobrir sobre si mesma, sobre o passado de seu povo e sobre o mundo inexplorado que a rodeia.

    Veredito

    Moana 2 está longe de ser perfeito, mas é tão cativante quanto o seu antecessor.

    Esperamos poder embarcar em mais aventuras com essa personagem que certamente é uma das princesas (ainda que ela não se reconheça dessa forma) mais interessantes e inspiradoras da Disney, acompanhada de seu divertidíssimo amigo semideus Mauí.

    Nossa nota

    4.2/5.0

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    Assista ao trailer:

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