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    CRÍTICA – A Baleia se torna palco para Brendan Fraser brilhar

    A Baleia (The Whale), novo filme do diretor Darren Aronofsky, chega aos cinemas brasileiros no dia 23 de fevereiro. Entretanto, sessões especiais de pré-estreia podem ser conferidas a partir do dia 16 em algumas cidades do Brasil.

    Protagonizado por Brendan Fraser, o elenco também conta com nomes populares como Sadie Sink (Stranger Things) e Hong Chau (O Menu).

    Confira nossa crítica da produção.

    Sinopse de A Baleia

    Um professor de inglês (Brendan Fraser) que vive com obesidade severa tenta se reconectar com sua filha adolescente distante para uma última chance de redenção.

    Análise

    A Baleia é um filme baseado em uma peça teatral criada por Samuel D. Hunter, que também é o roteirista do filme. Tal qual outros longas recentes baseados em peças, The Whale mantém várias características estruturais características do teatro, aproveitando pequenos espaços para criar grandes histórias.

    Ao longo dos 117 minutos de duração, nunca deixamos o apartamento de Charlie (Brendan Fraser). No máximo, temos um pequeno vislumbre da rua, quando o personagem olha pela janela ou busca alguma encomenda na porta. Essa sensação de estarmos presos no mundo de Charlie é angustiante, e o fato de as pessoas invadirem aquele espaço a todo momento, também.

    Charlie é um homem recluso, sem amigos e que vive em constante sofrimento devido a um trauma do passado. Sua única ligação real, dentro das diversas limitações impostas por ele próprio, é Liz (Hong Chau), sua amiga e enfermeira. Portanto, dentro desse pequeno universo ao qual temos acesso, Liz parece ser a única voz racional e que tenta, a todo custo, levar Charlie (e o telespectador) para fora do apartamento.

    O roteiro se desenrola ao longo de cinco dias, e nesse período vemos uma série de acontecimentos que colocam Charlie em contato com sua filha Ellie (Sadie Sink). Charlie não fala com sua filha, agora adolescente, desde que ela tinha 8 anos de idade. Essa separação, parte forçada, parte displicente, deixou traumas em ambos os lados da relação.

    CRÍTICA - A Baleia se torna palco para Brendan Fraser brilhar
    Créditos: Divulgação / Califórnia Filmes

    É a partir da introdução de Ellie na história que o roteiro começa a ficar um pouco abarrotado. Com o acréscimo de um outro personagem coadjuvante que não agrega muito à história, a execução de A Baleia começa a dar voltas em algumas situações, cabendo a Brendan Fraser e Hong Chau carregarem a trama para frente.

    A atuação de Fraser é algo espetacular. Todos sabemos sobre sua história no cinema, mas talvez poucas pessoas saibam tudo o que ele passou nos bastidores da fama. Seu retorno de forma triunfal, com uma atuação tão poderosa e envolvente, é um presente para todos nós.

    Se tem algo que Hollywood adora é um bom comeback, e Aronofsky arma o palco perfeito para o retorno de Fraser. Seja trabalhando apenas sua voz durante as aulas online, ou durante seus pequenos momentos de felicidade ao lado de Ellie, Fraser coloca todo seu sentimento em Charlie e faz uma das melhores performances da temporada.

    Hong Chau, mesmo tendo menos espaço do que eu gostaria (eu daria todo o tempo de tela de Ty Simpkins para ela), também faz um de seus melhores trabalhos em A Baleia. Atriz amplamente elogiada por Watchmen, Homecoming e O Menu, Chau é sem dúvidas um dos grandes destaques do longa.

    Veredito

    A Baleia (The Whale) tem em Brendan Fraser e Hong Chau os seus grandes pontos positivos. Com atuações emocionantes e envolventes, a dupla carrega a trama, entregando ótimos momentos que merecem reconhecimento na temporada de premiações.

    Nossa nota

    3,9 / 5,0

    Assista ao trailer:

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