Big Helmet Heroes é o jogo de estreia da desenvolvedora francesa Exalted Studio lançado neste dia 3 de fevereiro com a versão Exalted Edition. A edição base chegará no dia 6 deste mês, ambas disponibilizadas para PC, Nintendo Switch, PlayStation 5 e Xbox Series X|S.
O game é publicado pela também francesa Dear Villagers, conhecida pelos já lançados Born of Bread e Saviorless.
Além de garantir acesso antecipado, a Exalted Edition também contempla um artbook e a trilha sonora original do jogo.
A história de Big Helmet Heroes é sobre a tarefa de salvar a princesa. Para isso, é necessário encontrar os 29 heróis que foram presos ao longo das fases inspiradas em diversos contos de fadas.
Confira a seguir o review do jogo para PlayStation 5.
Análise de Big Helmet Heroes
BHH é um jogo que achei muito interessante por sua proposta remeter a uma experiência de jogar um título clássico da franquia Metal Slug no fliperama, só que ao estilo medieval, algo que era altamente prazeroso da mesma forma que o título de estreia Exalted Studio.
A razão de realizar essa comparação passa pela diversidade de personagens que, diferente do run and gun lançado na década de 1990, encontrei em Big Helmet Heroes esses elementos em uma proporção muito maior, organizados nos estilos de luta guerreiro, bruto, ladino e monge, sendo cada grupo de heróis uma variação de habilidades especiais entre os seus membros.
As mecânicas de combate não têm grande complexidade, porém não se limitam a serem apenas comandos de ataques simples, podendo realizar algumas sequências ofensivas e combinações com saltos. Esses movimentos podem ser aliados à esquiva em longos combos que fornecem os pontos durante a fase.
Cada personagem dos estilos de luta tem seus comandos básicos característicos da classe, mas cada herói tem sua própria arma de combate. Partindo desse conceito, a estância ofensiva também muda de forma concomitante a isso, o que nos incentiva a pensar como iremos atacar de acordo com essa pequena série de escolhas que fazemos em segundos. Tudo isso funciona de forma muito intuitiva.
Em um jogo neste gênero sempre se imagina que a defesa deixa de ser relevante, o que não é o caso aqui, pois durante a minha experiência achei o comportamento dos inimigos menores muito interessante, e mesmo em hordas não apenas servem de saco de pancadas num grande aglomerado, mas tentam cercar o seu herói. Além deles, ainda existem os cavaleiros maiores que têm um raio de alcance muito mais amplo e realizam investidas que causam um dano considerável.
Durante a fase podemos escolher dois heróis e ter o reforço de um terceiro que vai ser resgatado durante o avanço, mas não ficamos apenas limitados ao que eles irão potencialmente oferecer, tendo também outras armas disponíveis no cenário ou quando derrotamos alguns inimigos.
O que achei muito interessante nesta parte, considerando uma camada muito lúdica para a experiência, é o tipo de equipamento como no caso da besta medieval que se torna uma boa opção de longa distância. Porém não se limita apenas a esse tipo de objeto, podendo atacar seus inimigos com frigideiras, espetos de marshmallow, bombas de pólvora, cogumelos e até algumas coisas um pouco mais futuristas como armas congelantes ou elétricas.
Quando olhei essa pluralidade de apetrechos que acabam se tornando armas de reforço, pude perceber a inserção de algumas referências que se tornam muito interessantes, como uma espada numa pedra exatamente como já vimos nas lendas arturianas, ou até mesmo um momento em que encontramos um martelo e a perspectiva se torna panorâmica, de modo parecido ao filme Oldboy.
Neste aspecto de jogabilidade, o único bug que eventualmente aconteceu foi em algumas fases os cavaleiros maiores subitamente acabarem no topo do cenário. Isso se torna um problema pois só é possível avançar para a próxima etapa quando derrotarmos todos os inimigos que surgirem.
O aspecto visual achei espetacular e muito aconchegante, com cada ambientação muito bem trabalhada, desde o design dos personagens até as texturas de cenário, mantendo um desempenho gráfico bem linear em cada transição quando durante uma fase a perspectiva do cenário muda. O mesmo acontece em ambientes com mudanças climáticas como, por exemplo, um cenário com chuva em que algumas gotas se espalham pela tela, ou quando realizamos um grande combo e os heróis aparecem para te aplaudir.
Os efeitos sonoros também são um ponto muito positivo da experiência de Big Helmet Heroes, cujos personagens se utilizam de linguagem não verbal enquanto a trilha sonora das fases não se limita a ser apenas algo voltado ao trovadoresco, permitindo-se algo muito mais voltado ao rock para aumentar a empolgação nos momentos grandiosos.
Todo esse conjunto resulta em uma experiência que pode ser muito imersiva, pois literalmente não sentimos a percepção que ficamos um longo tempo jogando, tornando isso muito mais divertido.
Veredito
Big Helmet Heroes é um jogo que engloba as características mais interessantes do gênero beat’em all para proporcionar uma experiência prazerosa demais, cheia de referências e momentos muito engraçados.
5,0 / 5,0
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Assista ao trailer de Big Helmet Heroes:
Ficha técnica de Big Helmet Heroes
Lançamento: 3 de fevereiro de 2025 (Exalted Edition), 6 de fevereiro de 2025 (edição padrão)
Desenvolvido por: Exalted Studio
Publicado por: Dear Villagers
Plataformas: PC (via Steam e Epic Games Store), Nintendo Switch, PlayStation 5 e Xbox Series X|S
Número de jogadores: 1 a 2 (cooperativo local)
Gêneros: Arcade, Beat’em All, Luta, Multiplayer
Idiomas: Alemão, Chinês Simplificado, Chinês Tradicional, Coreano, Espanhol, Francês, Inglês, Italiano, Japonês, Português, Russo
Preços: R$ 43,99 (PC, Nintendo Switch e Xbox), R$ 124,50 (PlayStation)
