Acompanhante Perfeita é um longa que conta com Jack Quaid e Sophie Thatcher em seu elenco principal. A direção é de Drew Hancock.
Sinopse
Iris (Sophie Thatcher) é uma jovem que se apaixona perdidamente por Josh (Jack Quaid). Entretanto, um fato terrível acontece e agora ela conhece um lado bastante perverso do rapaz.
Análise de Acompanhante Perfeita
A dominação das inteligências artificiais tem sido um tema bastante recorrente nas mesas dos roteiristas de Hollywood.
Recentemente, tivemos o filme de suspense erótico Alice: Subservience, que mostra uma robô que se apaixona por seu dono e que transforma a vida da família em um pesadelo. Diabólica, longa disponível no Max, mostra uma Alexa do mal e agora temos Acompanhante Perfeita, que mostra o lado ruim dos humanos que usam a tecnologia para o mal.
A ideia é deveras interessante, uma vez que agora, torcemos para a máquina vencer, principalmente com várias questões importantes como violência doméstica e relacionamentos abusivos, além de abordar questões éticas sobre relacionamentos entre homem e máquina.
Uma das boas valências do filme é a de trabalhar lentamente a estranheza no primeiro ato. No início, Josh parece uma pessoa doce, desajeitada e como ele mesmo diz üm cara decente”.
Contudo, logo, logo ele já tem falas tortas como, por exemplo, dizer para Iris ser feliz e não mostrar seu lado mais melancólico ou esquisito para os amigos do rapaz. O diretor vai mostrando comportamentos repulsivos em formato de pequenas agressões verbais e atos estereotipados, mas comuns, de namorados mesquinhos e que tem uma base de educação bastante glutona.
A delicadeza de Sophie Thatcher, com um aspecto bem boneca também ajuda. As roupas e comportamento da nossa heroína mostram uma mulher frágil que vai ganhando camadas ao longo do tempo.
O papel encaixa perfeitamente com a atriz, uma vez que se trata mais uma vez de uma personagem introspectiva que vai se tornando badass, assim como Natalie de Yellowjackets ou a Irmã Barnes, de Herege, as quais ela interpretou outrora. Espero que ela não vire o tipo de profissional de uma batida só.
Quaid também joga no seguro. Seu vilão tem malícia, é sarcástico e engraçado, daquela forma virjão de apartamento e cara que tem tudo e se faz de vítima, papel parecido com o que fizera em Pânico 5.
Se a grande virada de Acompanhante Perfeita funciona, com o plot dos robôs, a execução é uma das grandes falhas.
O primeiro ato possui a atmosfera perfeita e traz a curiosidade que é algo extremamente positivo para longas de suspense.
O segundo andar começa a desandar por enrolar demais a história, fazendo uma distribuição ruim do tempo de tela dos personagens, com muita exposição no texto, o que é bem irritante.
Já o terceiro e último ato traz a boa e velha correria desnecessária das obras de shopping center. Começa como um romance inusitado e termina como um terror/suspense bem comum e sem inspiração.
Veredito
Acompanhante Perfeita perde uma boa oportunidade ser marcante, visto que possui uma base interessante com uma proposta sólida e inusitada, contudo, joga a chance no lixo ao se render à exposição absurda textual e um meio para o final bastante clichê e corrido. Uma pena!
3.2/5.0
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