Silent Hill 2 foi desenvolvido pela Konami em 2001 para a geração de consoles da época e foi um grande sucesso, sendo considerado o melhor jogo da franquia que se iniciou no final dos anos 1990.
Duas décadas depois, chega para PlayStation 5 e PC o remake deste clássico. O título foi lançado no dia 8 de outubro de 2024 e é desenvolvido pela Bloober Team, estúdio responsável pelo excelente jogo de terror The Medium.
A história de Silent Hill 2 é sobre James Sunderland, que perdeu sua esposa Mary e, um ano depois, recebe uma carta sua para encontrá-la na misteriosa cidade que dá nome ao jogo, o que desencadeia uma série de eventos assustadores.
Confira abaixo nossa crítica de Silent Hill 2 Remake jogado no PlayStation 5 com Gift Card fornecido pela Nuuvem.
Análise de Silent Hill 2
A sensação que tive ao reencontrar Silent Hill, uma das franquias de terror que gostei tanto de jogar ao longo da minha jornada de gamer, foi muito próxima a que tenho ao escutar aquela música maravilhosa que marcou a minha vida. Só que ao invés de em um toca discos, o reencontro ocorre em um equipamento infinitamente mais moderno.
O trabalho realizado pela Bloober Team em aspectos visuais supera todas as expectativas, principalmente pela desconfiança que se criou em torno deste remake, que surgiu como uma grande incógnita. Apesar disso, o game tem alguns problemas na questão de iluminação que só ficam evidentes em alguns momentos, mas longe de ser algo que atrapalhe a sua vivência neste mundo de horror.
A sensação de mistério é algo que toma conta desde os primeiros momentos quando encontramos Angela. Durante a gameplay, vamos adentrar a cidade do silêncio caminhando nos passos de James Sunderland acompanhado da característica névoa que, qualquer fã dessa franquia sabe, significa que as coisas vão piorar muito daquele ponto em diante.
A parte da exploração é uma das novidades mais evidentes que temos em Silent Hill 2, porque soa como algo muito menos linear pela possibilidade de acessarmos novas localidades quebrando vidraças, nos arrastando por espaços em paredes ou pulando por eles.
A respeito dos fatores de sobrevivência, ainda temos aqui a utilização de armas brancas como tábuas e canos, itens que são muito mais adequados para enfrentar os inimigos mais fracos. Também é importante guardar munição devido a sua pouca disponibilidade, e saber gerenciar isso é o elemento vital para enfrentar os desafios maiores a seguir.
Quando precisamos de mais potência para derrubar alguma criatura, temos como armas uma pistola, uma escopeta e um rifle, arsenal que um homem comum poderia manusear e que torna tudo muito mais realista. Após finalizar o jogo pela primeira vez, no próximo save temos acesso a motosserra, que com certeza facilita bastante as coisas.
Lutar neste remake é também muito emocionante. Houve a inclusão de uma mecânica de esquiva, um recurso que considero muito conveniente dado o comportamento das criaturas ser mais imprevisível. Algumas ameaças não alertam a presença no rádio, o que exige muita atenção ao andar em cantos mais escuros e ficar um pouco mais atento em determinados locais.
Falando em inimigos, impossível não citar os confrontos do altamente perigoso Pyramid Head, que neste remake reforça a minha crença de ser o inimigo mais formidável e assustador a se enfrentar em um jogo.
Em Sillent Hill 2 há uma mudança na mecânica de encontros com esse inimigo, que anteriormente eram focados na perseguição, e agora focam em confrontos em pontos específicos da nossa jornada. Essa adaptação, no entanto, não deixa a situação menos complicada, devido ao grande dano que ele é capaz de proporcionar.
Por fim, a narrativa ainda conserva a essência da franquia, algo que ressaltei também durante a análise feita em Silent Hill: The Short Message – este é o lugar que as lembranças dolorosas existem. No caso de James, está concentrada no luto que não conseguiu elaborar, e acaba ganhando contornos muito mais patológicos que o levam à expectativa de reencontrar a pessoa que sente tanta falta.
Além disso, outros personagens ganharam uma profundidade maior em relação ao seu sofrimento e o desfecho desta jornada fica por nossa conta. O game tem a possibilidade de gerar até 8 finais diferentes, que variam desde soluções mais sérias até algumas mais engraçadas, exatamente como vivemos no lançamento original.
Veredito
Se Silent Hill: The Short Message foi um sinal de “estamos de volta”, acredito que o remake de Silent Hill 2 é um grito em alto e bom som a respeito disso. Com um jogo que é um abraço sombrio aos fãs deste universo, há esperança que novas histórias relacionadas a esta franquia clássica venham e sejam tão profundas e impactantes como este, que é considerado o melhor jogo da série.
5,0 / 5,0
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Assista ao trailer:
Ficha técnica de Silent Hill 2 Remake
Lançamento: 8 de outubro de 2024
Desenvolvido por: Bloober Team
Publicado por: Konami
Plataformas: PC (Steam) e PlayStation 5
Número de jogadores: 1
Gêneros: Ação, Aventura, Terror
Idiomas: Alemão, Chinês (simplificado), Chinês (tradicional), Coreano, Espanhol, Espanhol (México), Francês (França), Inglês, Italiano, Japonês, Polonês, Português (Brasil), Russo, Ucraniano
Preço: R$ 349,90 (PC e PlayStation 5)