Banishers: Ghosts of New Eden é o mais novo lançamento do estúdio indie Don’t Nod, responsável por conhecidos títulos como Life is Strange, Vampyr e Jusant. O jogo de RPG com foco em narrativa foi lançado pela Focus Entertainment neste dia 13 de fevereiro para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X | S.
O game se passa em um mundo onde as almas dos que se foram continuam vagando entre os vivos. A história acontece na década de 1690 a partir do controle de Antea Duarte e Red mac Raith, um casal de banidores (Banishers) que está em uma missão na América do Norte para banir de vez uma maldição que está dizimando o povo de New Eden.
Antea é morta em um brutal ataque da criatura responsável pela maldição. Agora, cabe a Red e o espírito de sua companheira protegerem os habitantes de New Eden enquanto tomam decisões cruciais que definirão não apenas os rumos do povoado, como também o destino da alma de Antea.
O juramento dos banidores é objetivo: vida aos vivos, morte aos mortos. Está nas mãos de quem joga decidir se Red irá se manter fiel ao que foi jurado ou se trazer Antea de volta ao mundo dos vivos é mais importante do que o juramento.
Confira a seguir o review sem spoilers de Banishers: Ghosts of New Eden jogado no PC.
Análise de Banishers: Ghosts of New Eden
Muita investigação e pouca ação. Assim é o começo de Banishers: Ghosts of New Eden, um RPG de um estúdio com grande experiência em fazer jogos com foco em narrativa. O enredo é tão importante que entre os níveis de dificuldade há o mais fácil, cujo foco é unicamente na história.
A etapa inicial do game é bastante sombria (literalmente) e mostra a chega de Antea e Red ao vilarejo de New Eden. O local está praticamente abandonado, restando poucos NPCs que contextualizam os desafios que os banidores estão prestes a enfrentar, bem como o tamanho das perdas que sofreram recentemente.
O início do jogo dá uma pequena amostra dos combates e de algumas habilidades, sendo bem mais focado no enredo para contextualizar a América do Norte da década de 1690, o trabalho dos banidores e o poder da grande ameaça do game.
Superada a etapa em New Eden, Banishers se torna uma experiência bem mais equilibrada em termos de investigação, cutscenes narrativas e combate. É também quando se tem uma noção melhor da grandeza do mapa, um ponto bem positivo do novo game da Don’t Nod.
A gameplay de Banishers: Ghosts of New Eden é similar ao que se encontra em jogos como God of War, com o personagem posicionado levemente à esquerda da tela, e ações como pular e escalar sendo realizadas por meio do botão A para que uma breve animação seja executada.
A progressão acontece de modo interessante. Assim como o mapa pouco a pouco “ganha corpo” no menu do game, a árvore de habilidades também vai sendo desbloqueada sem dar uma real noção do seu tamanho, causando certas surpresas conforme você avança. No início, após a morte de Antea, o foco é somente nas habilidades de Red, mesmo que sua companheira esteja junto na jornada.
Eventualmente seus poderes (conhecidos como manifestações) começam a fazer parte desse recurso de escolha do que pode ser melhorado com os pontos de habilidade adquiridos ao subir de nível. No caso de Antea são pontos de manifestação, que são recebidos conforme ela se alimenta de espectros em momentos específicos da aventura.
O arsenal com armadura, anéis, armas de fogo, espadas e outros recursos também faz parte do sistema de melhorias dos personagens. No entanto, aqui acredito que seja o único momento que Banishers: Ghosts of New Eden poderia ser um pouco mais atrativo.
Não pelo sistema em si, e sim porque comprar equipamentos e recursos com os mercadores do jogo é pouco convidativo, de modo que é um tanto automático avançar somente com os itens que são encontrados em baús espalhados pelo jogo. Poderia haver um pouco mais de apelo estratégico nesse quesito.
Outro ponto que merece destaque são as investigações secundárias. Algumas são bem inseridas no curso natural da história principal, fazendo com que você perceba a real importância de realizá-las, tanto para ter mais detalhes do enredo, como também para ampliar as habilidades de Antea.
Performance bem feita, mas com gráficos inconsistentes
Banishers: Ghosts of New Eden chama atenção pelo ótimo trabalho de ambientação em meio à escuridão e, principalmente, pela qualidade gráfica do casal de banidores. De fato, tudo isso está presente no jogo, e a entrega de ótima qualidade acontece mantendo uma performance consistente em meio aos combates.
No entanto, chama atenção que ocorrem breves travamentos nas trocas de câmeras em cutscenes, especialmente no começo do jogo ainda em New Eden. Nada que prejudique a gameplay, mas é curioso por se tratar de cenas já renderizadas.
Porém a inconsistência notável mesmo diz respeito à qualidade gráfica dos NPCs em relação aos protagonistas. Antea e Red são cheios de detalhes, realmente um ótimo trabalho gráfico, enquanto os personagens coadjuvantes possuem um visual datado. Também é um aspecto que não prejudica a ótima gameplay de Banishers: Ghosts of New Eden, mas cada interação entre o casal e NPCs causa um grande estranhamento.
Veredito
Banishers: Ghosts of New Eden é um ótimo RPG narrativo que inicia priorizando a história, mas poucas horas após o começo da jornada equilibra a gameplay, trazendo também agradáveis elementos de ação em combates intensos.
O enredo é interessante e suas investigações secundárias são importantes, conduzindo quem joga a uma experiência marcante por um extenso mapa cheio de surpresas.
4,2 / 5,0
Assista ao trailer Banishers: Ghosts of New Eden
Ficha técnica de Banishers: Ghosts of New Eden
Lançamento: 13 de fevereiro de 2024
Desenvolvido por: Don’t Nod
Publicado por: Focus Entertainment
Plataformas: PC (via Steam), PlayStation 5 e Xbox Series X | S
Número de jogadores: 1
Gêneros: Ação, Aventura, Narrativa, RPG, Terceira Pessoa
Idiomas: Alemão, Chinês (simplificado), Coreano, Espanhol, Francês (França), Inglês, Italiano, Polonês, Português (Brasil), Russo. Áudio disponível em Alemão, Francês (França) e Inglês.
Preço: R$ 179,90 (PC), R$ 299,90 (PS5), R$ 299,95 (Xbox Series X | S)