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    CRÍTICA – The Last of Us brilha por conta de seus personagens

    The Last of Us é uma adaptação do game homônimo de sucesso da Naughty Dog e que foi distribuída pela HBO. A série conta com Pedro Pascal (Mandaloriano) e Bella Ramsey (Game of Thrones) no elenco principal.

    Sinopse

    Uma epidemia causada por fungos cria um apocalipse na Terra. Joel (Pedro Pascal) é um homem amargo por suas perdas e apenas tenta sobreviver mais um dia. Entretanto, ele ganha propósito ao conhecer Ellie (Bella Ramsey), uma jovem durona que é imune e que deve ser entregue para estudos em busca de uma cura.

    Análise de The Last of Us

    As adaptações de games sempre foram uma dor de cabeça para a indústria, mas, principalmente, aos fãs dos jogos que cada vez que era feito um anúncio, sentiam um frio na espinha.

    Franquias como Super Mario, Street Fighter, Resident Evil, Mortal Kombat e tantos outros sabem muito como é difícil de ter algo bom e que seja fiel ao material base.

    Em 2023, os fãs de The Last of Us tiveram a sorte que não tivemos, pois agora há um representante de peso que mostra que há sim a chance de termos uma boa adaptação.

    The Last of Us acerta muito ao trazer dois personagens mega carismáticos e que são bem fiéis aos jogos. As interpretações de Pedro Pascal e Bella Ramsey quase emulam as mesmas características de Joel e Ellie, sem perder também sua essência na composição dos protagonistas.

    Pascal faz um personagem duríssimo, uma vez que Joel é um homem sem esperança que vai tendo seu coração aquecido aos poucos, porém, sendo ameaçador e brutal quando necessário. Já Ramsey precisa mostra maturidade ao passo que Ellie vai sofrendo na pele pelas escolhas e imaturidade em um mundo onde errar custa caro. Quanto mais ela conhece as pessoas, mais vai sofrendo com a podridão de uma sociedade que foi arruinada pelo desastre.

    O texto de The Last of Us é um primor, falando sobre propósito, amor, rancor e sendo bastante crível em relação ao comportamento humano num todo. As criaturas são horripilantes e representam um perigo real, assim como as pessoas que vivem em grupos quase feudais.

    O foco em desenvolvimento de personagens deixa a trama mais lenta, o que pode afastar os espectadores que curtem algo mais cheio de ação devem ficar frustrados nesse quesito, a mim não atrapalhou em nada.

    A produção de TLOU é espetacular, com uma excelente construção de mundo. Há uma quantidade boa de elementos que montam uma proposta muito boa de universo que pode ser expandido num futuro próximo.

    Contudo, nem tudo são flores…

    Uma coisa que me incomodou bastante foi a construção da narrativa focada em momentos bem episódicos. Os personagens secundários contribuem pouco para a história, servindo apenas de estepe para Joel e Ellie. Mesmo que os episódios fossem bons, como ocorre no terceiro que deve ser indicado ao Emmy, e no quinto, todo mundo que aparece tem pouco ou nenhum peso para a jornada dos nossos heróis.

    Chama a atenção que mesmo sendo uma série com uma linha narrativa bem clara, The Last of Us parece procedural por conta dessa escolha de não desenvolver seus coadjuvantes. Por mais que seja mais pausada em sua construção, há pressa em tirar alguns obstáculos do caminho dos nossos heróis, o que acaba sendo um desperdício de nomes como Henry, Kathleen e Bill.

    Veredito

    the last of us

    Mesmo desperdiçando bons personagens, The Last of Us é um alento para quem procura uma boa adaptação de games para as telas. Com excelentes protagonistas, interpretados de maneira brilhante por seus atores, a série já é um sucesso estrondoso. Que venha a segunda temporada logo!

    Nossa nota

    4,0/5,0

    Confira o trailer:

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