Seus Amigos e Vizinhos (Your Friends & Neighbors), série criada por Jonathan Tropper, chega ao Apple TV+ no dia 11 de abril. O seriado conta com Jon Hamm, Amanda Peet, Olivia Munn, Mark Tallman, Hoon Lee e Lena Hall em seu elenco principal.
Ao todo, a produção do Apple TV+ terá nove episódios que serão lançados semanalmente. Nós tivemos a oportunidade de avaliar os sete primeiros dessa temporada.
Confira a nossa análise sem spoilers.
Sinopse de Seus Amigos e Vizinhos
Depois de cair em desgraça e ser demitido, um gestor de fundos especulativos recentemente divorciado recorre ao assalto às casas de seus vizinhos no bairro rico de Westmont Village e descobre que os segredos escondidos por trás das fachadas são mais perigosos do que ele poderia imaginar.
Análise
Jonathan Tropper é um nome bem conhecido em Hollywood, principalmente por seu trabalho como roteirista e escritor. Ele possui créditos em séries como Banshees, Warrior, Vinyl e See, além dos filmes O Projeto Adam e Sete Dias Sem Fim. Aqui ele assume o papel de showrunner da série Seus Amigos e Vizinhos, nova produção do Apple TV+.
Em entrevistas recentes, Tropper comentou que escreveu o papel de Andrew Cooper com Jon Hamm em seu pensamento, e isso é bem perceptível ao longo dos sete primeiros episódios da temporada. Coop é a peça central que mantém esse grande tabuleiro funcionando, se envolvendo em pequenas situações enquanto a grande trama é montada em ritmo lento.
Na história, Cooper passa por uma série de problemas pessoais que envolvem desde um divórcio até a perda de seu emprego de longa data. Ao construir uma vida de notório enriquecimento, e vivendo um tipo de luxo que poucos têm acesso, ele se vê em um momento de dificuldade do dia para a noite.
Sozinho e sem conseguir pensar em outras opções, Cooper acaba optando pelo caminho menos lógico e mais obscuro: roubar pequenos itens valiosos dos seus vizinhos ricos e revendê-los, fazendo lucro e pagando as contas, enquanto pensa qual caminho dará para a sua vida.
Essa decisão, obviamente, leva a uma série de consequências, mas o seriado parece querer desviar desses possíveis problemas durante boa parte de seus capítulos. A produção toma quase todo o tempo para estabelecer Cooper e os personagens secundários dentro desse paraíso luxuoso que é Westmont Village, destinando pequenos segmentos para algo mais interessante e de impacto.

Desta forma, a história acaba transitando várias vezes entre um drama e uma comédia, trazendo pequenas críticas envelopadas com as frustrações de Cooper em um voiceover aqui e ali.
Para além de Cooper, que é o personagem mais bem desenvolvido da história, a produção traz também os arcos de Sam (Olivia Munn), Mel (Amanda Peet) e Al (Lena Hall) com um pouco mais de profundidade. Todas as três personagens são igualmente interessantes e até são bem aproveitadas em alguns momentos, mas acredito que há espaço para explorar ainda mais de cada uma dessas histórias em tela.
Principalmente porque muitas delas são utilizadas em momentos específicos, mas que muitas vezes parecem apenas um meio para um fim, sem uma preocupação em estabelecer realmente essas personagens como parte mais importante da narrativa.
Desta forma, é seguro dizer que Jon Hamm é o grande ponto de encontro de todas essas tramas e o fio condutor para a história como um todo. É fácil se sentir compadecido pelo desenrolar de acontecimentos na vida de Cooper graças à ótima atuação de Hamm e sua capacidade de conduzir essas situações com certo significado.
A montagem dos episódios também é bem certeira nesse sentido, principalmente para tornar o ritmo de alguns episódios mais “fluido”, mas, mesmo assim, ainda falta algo que realmente capte a atenção (o que pode acontecer nos últimos episódios).
No fim, a impressão que fica é que Seus Amigos e Vizinhos teme em se arriscar, algo que é o completo oposto das escolhas de seu personagem principal. Entretanto, ainda assim, conduz um entretenimento interessante e que pode render um bom final. É esperar para ver!
Veredito
Seus Amigos e Vizinhos tem em seu ótimo elenco, e no protagonismo de Jon Hamm, o grande ponto alto. A produção possui uma boa premissa, personagens carismáticos, mas precisa arriscar um pouco mais em sua trama para causar um real impacto.
3,5 / 5,0
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