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    CRÍTICA – Monarch: Legado de Monstros leva o MonsterVerse a novo nível

    Nova série do Apple TV+, Monarch: Legado de Monstros é mais uma produção do MonsterVerse, universo de monstros composto por Godzilla e King Kong. O seriado possui dois episódios disponíveis no streaming atualmente, e o restante será liberado semanalmente.

    Nós tivemos a oportunidade de conferir 8 dos 10 episódios da temporada. Confira nossa crítica sem spoilers de Monarch: Legado de Monstros.

    Sinopse de Monarch: Legado de Monstros

    Ambientado após a batalha entre Godzilla e os Titãs, onde é revelado que os monstros são reais, a série segue a jornada de uma família para descobrir seus segredos enterrados e um legado que os liga à Monarch.

    Análise

    Monarch: Legado de Monstros é uma produção mais do que bem-vinda no MonsterVerse. Ambientada após os acontecimentos do filme Godzilla de 2014, o seriado apresenta vários novos personagens que buscam explicar o surgimento da agência Monarch e seu impacto na vida dos seres humanos, além de desmistificar alguns pontos da existência dos Titãs.

    Instituição muito presente nos filmes da franquia, a agência ganha o espaço merecido na série, explicando sua criação e objetivo. Dra. Keiko Miura (Mari Yamamoto), Bill Randa (Anders Holm) e Lee Shaw (Kurt e Wyatt Russell) pavimentam o terreno para as explicações necessárias sobre ciência e imaginário, enquanto Cate (Anna Sawai), Kentaro (Ren Watabe) e May (Kiersey Clemons) conduzem a trama nos dias atuais.

    Um dos principais pontos positivos de Monarch é o visual. Logo nos primeiros episódios é possível perceber que a série possui um bom investimento financeiro, principalmente nas cenas que envolvem os monstros de CGI. Poucos são os momentos que causam alguma estranheza, sendo uma experiência majoritariamente positiva.

    Em um formato de série, a história dos Titãs e da Monarch acaba sendo melhor desenvolvida do que nos filmes, o que é uma ótima escolha para complementar as narrativas iniciadas há quase 10 anos. Para aqueles que adoram easter eggs, o seriado é um prato cheio, com diversas referências e explicações de detalhes até então pouco explorados na franquia.

    CRÍTICA - Monarch: Legado de Monstros leva o MonsterVerse a novo nível
    Créditos: Divulgação / Apple TV+

    Entretanto, mesmo com esse potencial explicativo, Monarch: Legado de Monstros não é uma série restritiva. Se você nunca assistiu a nenhum dos filmes do Godzilla ou de Kong, pode ficar tranquilo, pois não irá interferir no consumo da produção.

    Isso porque o roteiro leva o tempo necessário para contextualizar todos os acontecimentos importantes e que você precisa saber para entender a história. Para garantir um total entendimento, a trama vai e volta em períodos que retratam a criação da agência, o que pode, à primeira vista, causar certa estranheza.

    O motivo é que, ao ir e voltar entre passado e presente para criar essa história robusta, é possível que o espectador se sinta um pouco perdido no início da jornada. Entretanto, conforme os episódios vão se desenvolvendo, tudo se torna mais fluido e é possível entender o que se passa de uma maneira mais natural.

    Outro ponto positivo é a visão humana retratada durante o seriado. Por mais que se trate de uma produção que tem como pano de fundo os Titãs e sua existência junto aos seres humanos, o seriado criado por Chris Black e Matt Fraction tem a habilidade necessária para explorar os sentimentos e vivências dos seres humanos ao se depararem com essas grandes criaturas.

    CRÍTICA - Monarch: Legado de Monstros leva o MonsterVerse a novo nível
    Créditos: Divulgação / Apple TV+

    A experiência de estar na presença de algo tão assustador, mas fascinante ao mesmo tempo, é muito bem traduzida pelos roteiristas e pelo elenco principal da série, que evidenciam o quanto esses encontros podem ser pesados e sofridos para os humanos envolvidos na história.

    O veterano Kurt Russell é sempre destaque quando aparece em cena. Experiente e confortável em seu papel, Russel dá show, o que acaba por vezes ofuscando a atuação do elenco iniciante. O trio composto por Anna Sawai, Ren Watabe e Kiersey Clemons funciona bem na maior parte do tempo, apesar de sua trama ser um pouco repetitiva e não tão interessante quanto a do núcleo do passado.

    Essa diferença é sentida porque boa parte da aventura de desbravar o desconhecido está inserida no arco de Keiko, Lee e Bill. Suas histórias são mais divertidas porque são focadas na ciência, no imaginário e na esperança.

    O trio composto por Mari Yamamoto, Anders Holm e Wyatt Russell é ótimo e possui uma química maravilhosa. Confesso que, sabendo que logo chegarei nos episódios finais da temporada, já estou sentindo saudade deles.

    CRÍTICA - Monarch: Legado de Monstros leva o MonsterVerse a novo nível
    Créditos: Divulgação / Apple TV+

    Nós tivemos acesso a 8 dos 10 episódios, faltando então dois capítulos para a finalização da temporada. É claro que esses dois episódios podem fazer total diferença na trama, principalmente porque cada capítulo possui em média 50 minutos de duração.

    Entretanto, até o momento, a série possui grandes méritos e é uma das melhores produções do MonsterVerse.

    Veredito

    Monarch: Legado de Monstros tem tudo o que uma série de aventura e ação precisa ter. Além dos Titãs que nos fascinam e movem o imaginário do mundo, a produção explora a irrelevância do ser humano perante o desconhecido, retratando suas fraquezas e força de vontade.

    O seriado consegue criar uma narrativa interessante e divertida, com personagens cativantes e um mistério que engaja, sendo mais um ótimo título do catálogo do Apple TV+.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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