Invencível tem uma nova leva de episódios e mostra as consequências de tudo que aconteceu na primeira parte da segunda temporada.
Atenção! O texto abaixo pode conter spoilers dos quatro episódios anteriores, ou seja, leia por sua conta em risco.
Sinopse
Mark e seu pai enfrentaram os viltrumitas e as consequências foram terríveis, uma vez que o Omni-Man foi capturado e o Invencível tem que fazer uma escolha difícil enquanto cuida de seu irmão.
CRÍTICA – 2ª temporada de Invencível mantém ritmo frenético e ótimas escolhas criativas
Análise da segunda parte de Invencível
Invencível é uma daquelas gratas surpresas que chega e que ficamos fissurados em assistir cada vez mais.
Com personagens cativantes e bastante ousadia, a série animada foi angariando fãs que queriam ver mais de Mark e companhia.
A segunda temporada veio justamente para expandir esse universo e ainda se aproveitar de uma onda que é o multiverso, conceito que está sendo usado em praticamente tudo que se refere a super-heróis.
Entretanto, se a temporada se inicia deixando claro que a batalha multiversal seria o grande foco com a chegada de Angstrom Levy, dublado pelo maravilhoso Sterling K. Brown, um dos antagonistas, um “balde de água fria” chega com a proposta de introspecção da jornada do nosso herói de uniforme azul e amarelo.
Mark tem medo de se tornar igual a Nolan, seu pai que destruiu Chicago com extrema facilidade, causando danos em milhares de pessoas.
A jornada do protagonista apresenta momentos que nos deixam bem próximos dele, afinal, em todos os outros mundos, o jovem cede e se torna um tirano, muito mais cruel que seu patriarca, o que poderia ser diferente na versão que acompanhamos dele?
A forma que o texto elabora bem as escolhas e sacrifícios e como ser um herói é destrutivo para qualquer pessoa. A vida muda, as pessoas que amamos estão sempre em perigo e a todo o momento a linha ética pode ser ultrapassada.
O argumento de Invencível é esse, e funciona, mesmo que deixe um gosto de quero mais, de uma temporada que parece que tinha potencial para ser mais, que escolhe ser de passagem ao invés de mais definitiva.
Quem espera grandes momentos pode sair frustrado, uma vez que o primeiro ano é destruidor. Aqui, há cenas que são impactantes, contudo, o todo é bem menor, bem mais centrado em desenvolvimento de personagens e na cabeça deles.
Os vilões deixam a desejar, com embates que não empolgam tanto. Sem uma figura como Omni-Man, a série perde força, já que nosso protagonista é poderoso demais e em construção, o que faz tudo ficar mais lento.
Entretanto, as escolhas do roteiro de Invencívell não fazem a segunda parte ser ruim, e sim, diferente. Alguns podem gostar, outros podem torcer o nariz, eu curti, mesmo esperando um pouco mais.
Veredito
Com uma jornada mais interna, Invencível termina de forma mais na dela, o que é uma medida interessante e que deixa boas possibilidades para o futuro. Muita coisa boa vem por aí após uma temporada de passagem.
4,0/5,0
Confira a análise da primeira parte: