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    CRÍTICA – 2ª temporada de Invencível mantém ritmo frenético e ótimas escolhas criativas

    A aguardada segunda temporada de Invencível (Invincible) chega ao Prime Video no dia 3 de novembro, mas será dividida em duas partes. A primeira parte será apresentada semanalmente até o dia 24 de novembro, e a segunda chegará apenas em 2024.

    Baseada nos quadrinhos criados por Robert Kirkman, Cory Walker e Ryan Ottley, a animação foi um sucesso em seu primeiro ano no streaming e promete uma segunda temporada ainda mais eletrizante.

    Nós tivemos a oportunidade de conferir os 4 episódios da primeira parte da nova temporada. Confira abaixo nossa análise sem spoilers da produção.

    Sinopse da 2ª temporada de Invencível

    A história gira em torno de Mark Grayson (Steven Yeun), de 18 anos, um menino como qualquer outro de sua idade – exceto que seu pai é (ou foi) o super-herói mais poderoso do planeta. Ainda se recuperando da traição de Nolan (J.K. Simmons) na 1ª temporada, Mark luta para reconstruir sua vida enquanto enfrenta uma série de novas ameaças, ao mesmo tempo em que luta contra seu maior medo – que ele possa se tornar seu pai, mesmo sem saber.

    Análise

    A primeira temporada de Invencível foi uma grata surpresa. Me lembro de ter assistido aos quatro primeiros episódios antecipadamente, tal qual como nessa segunda temporada, e ter pensado o quanto essa animação tinha potencial para se tornar uma das melhores da atualidade.

    Meus pensamentos não estavam errados, e o primeiro ano se provou mais do que arrebatador. Era algo que ansiávamos por assistir todas as semanas, contando os minutos no relógio para saber o grande desfecho entre Omni-Man e Invencível.

    O segundo ano segue a mesma ótima construção de história que vimos nos primeiros capítulos da temporada anterior. Uma trama que toma seu tempo sem apressar os acontecimentos, criando o ambiente necessário para explodir nos episódios seguintes.

    Por mais que o ano anterior tenha terminado em um final devastador, a segunda temporada inicia com os pés no chão, mostrando as consequências das ações de Nolan ao mesmo tempo em que costura uma trama que aparenta ser maior, mais impactante e com potencial de ou dar muito certo, ou muito errado.

    Torço muito que seja a primeira opção e possamos ver Invencível elevar ainda mais o ótimo resultado da primeira temporada, com excelentes construções de personagens e episódios que tomam o tempo necessário para se aprofundar em suas histórias e sentimentos.

    CRÍTICA - 2ª temporada de Invencível mantém ritmo frenético e ótimas escolhas criativas
    Créditos: Trailer de Invencível / Prime Video

    Nesses quatro episódios da primeira parte, quem mais me chamou atenção foi Debbie, que possui como intérprete a maravilha Sandra Oh. Após os acontecimentos fatídicos da season finale, Debbie é certamente a personagem mais frágil de toda essa situação e, como tal, acaba sendo também o grande destaque dramático.

    A personagem precisa entender, e existir, em um mundo onde todos a sua volta sofrem por causa das ações de seu marido psicopata. O luto silencioso, a solidão e a falta de pertencimento de Debbie são palpáveis, dando à personagem um destaque merecido e de partir o coração.

    Sua história a todo momento reflete uma tragédia grega, e ao longo de sua trajetória é impossível não lembrar do último episódio quando Nolan a chamou de “pet”. Um dos momentos mais baixos e imundos desse que já é um dos personagens mais odiados da cultura pop.

    As consequências da primeira temporada também ecoam, com força, em Mark. Forçado a amadurecer mais rápido do que o esperado, o nosso saco de pancadas favorito se vê dividido em seus pensamentos e sentimentos, com o dever automaticamente entrelaçado no legado trágico deixado por seu pai genocida.

    Créditos: Trailer de Invencível / Prime Video

    A montagem da série encontra formas criativas de explicitar o sofrimento silencioso do Mark, que ao mesmo tempo em que se sente feliz em momentos isolados, é consumido pela culpa, raiva e rancor. Em um caminho muito próximo à trama Skywalker, Mark se vê o tempo todo preso no medo de se tornar igual ao seu pai.

    Os quatro primeiros episódios também possuem espaço para abordar outros personagens que já conhecemos, como Amber (Zazie Beetz), Atom Eve (Gillian Jacobs) e os Guardiões. Entretanto, com exceção de Eve, os outros personagens de apoio acabam sendo subaproveitados devido às consequências do primeiro ano. Talvez a segunda parte de Invencível aproxime esses personagens novamente da trama principal.

    Há muitos mistérios a serem revelados e confesso que o quarto episódio me deixou na ponta do sofá enquanto eu assistia. É um daqueles episódios bem ao estilo de Invencível que nos cativou na primeira temporada: ótimas cenas de ação, trilha sonora no ponto e um storytelling que nos deixa sem reação. É certamente o melhor episódio dentre os quatro que recebi.

    Veredito

    Invencível (Invincible) segue sendo uma das melhores produções de super-heróis da atualidade. Com boas escolhas criativas e sem medo de arriscar, a produção utiliza de seus momentos mais sombrios para fazer sua história se destacar, criando uma expectativa muito grande pela próxima grande reviravolta. Estou ansiosa pela segunda parte da temporada, mais gostei muito do que vi até aqui.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer:

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