More

    REVIEW – Horizon Forbidden West mostra como fazer um bom port para PC

    A edição completa de Horizon Forbidden West chegou para PC no último dia 21 de março. Indicado à categoria de Jogo do Ano no The Game Awards 2022, o jogo da Guerrilla originalmente lançado para PlayStation 4 e PlayStation 5 traz novamente a personagem Aloy no foco de uma grande missão contra a extinção da Terra.

    Na história, Aloy precisa combater um antigo inimigo que ainda persiste em manter a biosfera da Terra desbalanceada. Os seres humanos, animais e plantas estão sendo dizimados pouco a pouco pela peste que se espalha pelo solo e pelas constantes tempestades violentas, o que coloca a personagem em uma corrida contra o tempo.

    Conforme Aloy descobre os segredos do Oeste Proibido, ela percebe que a trama de extinção da raça humana vai muito além do que apenas uma Inteligência Artificial descontrolada, remontando acontecimentos do Zero Dawn e abrindo caminho para combates com inimigos jamais vistos antes.

    Após o término do jogo base, a edição completa também fornece a oportunidade de curtir a extensão Burning Shores.

    Confira nossa crítica do game jogado no PC.

    Análise de Horizon Forbidden West – Edição Completa

    Horizon Forbidden West é a minha primeira experiência completa com um jogo exclusivo da Sony, e posso dizer que fui positivamente surpreendida com o quão complexo e desafiador é esse título.

    Com uma personagem muito bem construída e um bom desenvolvimento narrativo, o game da Guerrilla mantém o jogador entretido não só por sua belíssima gameplay, mas também por sua trama, que possui diversas nuances encantadoras e elaboradas.

    Apesar de se tratar de uma continuação direta de Zero Dawn, Forbidden West não deixa o jogador de primeira viagem na mão, destinando um tempo para recapitular a jornada até aquele determinado momento e situar sobre personagens e acontecimentos importantes.

    REVIEW - Horizon Forbidden West mostra como fazer um bom port para  PC
    Créditos: Divulgação / Guerrilla

    Esse recap no início do jogo é feito de maneira fluida, condensada e bem efetiva, informando basicamente tudo o que você precisa saber para que a sua jogatina seja a mais natural possível a partir da primeira missão de Aloy.

    Desde então, o tutorial faz o serviço de apresentar os diversos comandos disponíveis, como utilizar o menu de itens, a árvore de habilidades e todos os outros features que você irá explorar ao longo das mais de 25 horas da história principal – que pode chegar a mais de 80 horas de jogo se você for complecionista.

    Performance e exploração

    O mundo de Horizon Forbidden West possui um visual lindíssimo e muito bem pensado. O PC que utilizei não possui as especificações mais altas para rodar o port, mas está acima das especificações mínimas recomendadas, o que fez os gráficos funcionarem muito bem.

    Para ter um bom resultado, no entanto, tive que testar várias especificações até chegar na configuração ideal. Dependendo da forma de otimização que eu selecionava, as cutscenes ficavam muito pesadas, o que se tornou um problema para avançar na história.

    Se você estiver na mesma situação, tenha isso em mente antes de iniciar a sua jogatina. Por se tratar de um jogo onde a cinemática é muito importante, ter esse cuidado inicial de pesquisa e teste pode poupar bastante tempo mais para frente.

    Quando encontrei a melhor forma de fazer o jogo rodar, no entanto, tive uma boa experiência. Os combates e cenas fluíram muito bem, e pude aproveitar cada pequeno detalhe desse mundo tão bem desenvolvido e cheio de qualidades.

    REVIEW - Horizon Forbidden West mostra como fazer um bom port para  PC
    Créditos: Divulgação / Guerrilla

    Desde os combates com as máquinas, até as missões dentro de cenários de menor escala, tudo no universo de Horizon Forbidden West possui extremo cuidado. As cenas cinemáticas são inseridas nos momentos certos para que você compreenda a complexidade da missão de Aloy e o quanto existe uma urgência significativa em sua jornada.

    Mesmo sabendo que o mundo precisava de mim, me peguei várias vezes buscando itens e simplesmente andando por aí para apreciar a beleza visual do jogo e a excelente trilha sonora que embala essa peregrinação.

    Como boa filha de Zelda Breath of the Wild e Tears of the Kingdom, eu sei que a missão principal pode esperar para que eu me divirta um pouco e, bom, algumas boas horas de gameplay se passaram ao longo desse desvio.

    O sistema para habilitar o mapa da região é muito encantador, divertido e é uma escolha criativa muito bem-vinda.

    O tamanho do mapa é outro ponto positivo do jogo. Há muitos espaços para explorar, inúmeras side quests para fazer e uma infinidade de itens escondidos. Para quem busca grandes desafios, há máquinas inimigas por todas as partes, o que ajuda a avançar de nível mais rapidamente.

    Créditos: Divulgação / Guerrilla

    Para aqueles que, assim como eu, gostam de andar por aí e se divertir, é possível se esconder delas e curtir várias paisagens e missões secundárias sem grandes dificuldades.

    Há espaço para todos os tipos de jogadores em Horizon Forbidden West, e essa é uma grande qualidade do game.

    Trama e gameplay que funcionam em harmonia

    Como já mencionei, a trama de Horizon Forbidden West é tão interessante que me senti bem engajada com a construção e desenvolvimento de sua narrativa.

    Desde o mistério em relação ao backup da Gaia e a busca pelas outras funções que compõem essa tecnologia, até os diferentes povos que habitam o Oeste Proibido, todas essas pequenas tramas constroem um conceito que realmente funciona.

    Nada me pareceu “gratuito” ao longo desse processo. Cada missão principal realmente acrescentou, de maneira satisfatória, elementos necessários para pavimentar os caminhos de Aloy nessa grande jornada para impedir a extinção dos seres da Terra.

    Os desafios apresentados ao longo da gameplay são realmente bem pensados e eu, como uma pessoa pouco acostumada com esse modelo de jogabilidade, passei muito perrengue. Mas, no fim, a satisfação de seguir em frente na história vale cada sofrimento contra os “chefões” do jogos.

    REVIEW - Horizon Forbidden West mostra como fazer um bom port para  PC
    Créditos: Divulgação / Guerrilla

    Acredito que um dos poucos gargalos em relação à história está nos personagens secundários. Apesar de muitos deles serem encontros pontuais de Aloy para que os acontecimentos levem a trama para frente, alguns NPCs recorrentes poderiam ter um pouco mais de desenvolvimento.

    Quando falamos da Aloy especificamente, acredito que Horizon Forbidden West tira o tempo necessário para estabelecer todas as nuances de sua personagem, inclusive para balancear o peso e a pressão de sua missão perante a grandeza que a execução tem para a humanidade.

    Mesmo tendo a teimosia como um fator que chama a atenção, ela não deixa de ter outras características que compõem sua personalidade. Gostei muito da personagem e estou ansiosa para vê-la na futura série de TV que adaptará a história do jogo.

    Progressões de habilidades e itens

    Os itens e menus de Horizon Forbidden West são muito bem pensados, e você encontra uma infinidade de itens que podem ser combinados para criar novas possibilidades. Entretanto, confesso que achei algumas dinâmicas um pouco confusas e demorei um tempo até entender o que eu deveria fazer com alguns materiais que coletei.

    Acredito que, por ter tantos espaços de menus, inúmeras opções do que fazer e como upar itens, eu demorei um pouco para me acostumar e entender exatamente onde fica cada coisa, como eu trocava um item de determinada área por outro e tudo mais.

    Percebo que em outros jogos exclusivos de PlayStation essa ideia de menu e árvore de habilidades é um tanto similar, e talvez seja algo mais fácil de acompanhar para quem já está integrado nesse mundo.

    Mesmo com os avisos que aparecem, vez que outra, para explicar algo que você deixou pra trás (ou esqueceu), eu ainda assim penso que há casos em que menos é mais, e algumas ações poderiam ser simplificadas. Entretanto, nada disso estragou a experiência pra mim.

    Veredito

    Horizon Forbidden West é um bom port para PC e pode servir de exemplo para outros títulos que, porventura, deixem de ser exclusivos dos consoles PlayStation. Com um mapa imenso, uma ótima história e gráficos belíssimos, o game da Guerrilla é uma excelente opção para quem está procurando uma nova franquia para se encantar.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

    Ficha técnica de Horizon Forbidden West – Edição Completa

    Lançamento: 21 de março de 2024

    Desenvolvido por: Guerrilla e Nixxes Software

    Publicado por: PlayStation PC LLC

    Plataforma: PC (Steam e Epic Games)

    Número de jogadores: 1

    Gêneros: RPG de Ação

    Idiomas: Alemão, Dinamarquês, Inglês, Francês, Finlandês, Italiano, Espanhol, Árabe, Japonês, Polonês, Português, Russo, Holandês, Tailandês, Grego, Sueco, Turco, Chinês, Tcheco, Húngaro, Coreano, Norueguês.

    Preço: R$ 249,90

    spot_img

    Artigos relacionados