Depois de anos de espera e clamor popular, Donkey Kong, um dos personagens mais amados da Nintendo, recebeu um novo jogo sem ser remake. E o lançamento desse título vem em um momento muito especial: o início de novo console, também muito aguardado pelos fãs. Donkey Kong Bananza chegou ao Nintendo Switch 2 localizado em português do Brasil no dia 17 de julho e já é um dos jogos mais aclamados do ano.
A proposta de Donkey Kong Bananza vai além dos jogos de plataforma que são característicos da franquia, seguindo os passos do também aclamado Super Mario Odyssey. Aqui, você pode explorar absolutamente tudo, destruindo cada pequeno canto do cenário em busca de recompensas.
Se em Super Mario Odyssey você passava horas procurando as luas escondidas em cada fase, em Donkey Kong Bananza esse tempo investido triplicará, pois existem centenas de bananas escondidas em cada uma das camadas do jogo. É realmente um game que rende muitas e muitas horas de diversão.
Na história, DK é sugado para uma subcamada da Terra enquanto está minerando bananas de cristal. Por lá, ele conhece uma pedrinha que logo se transforma na adolescente Pauline, que tem o superpoder do canto. Juntos, a dupla precisará derrotar os inimigos da Void Company, uma empresa que está usando o poder dos cristais de banana para desestabilizar as subcamadas e atingir o núcleo do planeta (com, obviamente, um plano super maligno por trás).
Donkey Kong Bananza tem o grande trunfo de, para além de toda a diversão, realmente trazer uma história cativante. Mesmo que a gameplay seja o que mais chama a atenção, principalmente por suas infinitas possibilidades, a história em si é outro ponto positivo. Os segredos sobre Pauline e a missão da Void são revelados aos poucos, garantindo que os jogadores se mantenham interessados nessa proposta.
Conforme você explora as subcamadas desse mundo vasto, novos personagens são apresentados e existem diversas missões para completar. Para quem é complecionista, fica aqui os meus votos de que você tenha muita força de vontade, pois tem muita, mas muita coisa pra fazer.
Eu estou escrevendo esse review após mais de 25 horas de jogatina, isso que eu explorei e colecionei muita coisa ao longo das várias subcamadas. Um dos efeitos que considero mais impactantes é que cada mundo tem sua própria proposta e que vai além apenas da estética: os elementos utilizados também variam e serão importantes para as próximas etapas da sua jornada.
Fugindo de fórmulas muitas vezes repetidas em desafios e puzzles de jogos com foco em exploração e plataforma 3D, Donkey Kong Bananza se reinventa a cada novo nível, escalando as propostas dos quebra-cabeças e mantendo a jogatina com uma sensação de novidade. Você nunca sabe o que vai encontrar (além das bananas, claro!) e esse efeito é uma grande vantagem do título da Nintendo.
Um mundo vasto para todos os lados
Quando falamos das subcamadas de Donkey Kong Bananza, precisamos especificar que, além de muitas, elas são vastas para todos os lados. Isso porque, quando você chega nesses mapas, é possível quebrar o chão e encontrar câmaras secretas; quebrar as paredes e encontrar ouro, baús e bananas; além de curtir minigames escondidos nesses espaços.
Em algumas subcamadas, há segredos também no céu, e as habilidades do DK somadas aos elementos do planeta ajudam a encontrar esses pontos escondidos. Muitos desses desafios só serão acessados depois que você liberar as habilidades Bananza, então o fator replay aqui também é massivo. Afinal, você terá que retornar nessas áreas para desbravar ainda mais o ambiente.
A exploração em si é muito prazerosa, pois ela também possui particularidades de tipo de terreno. Você pode usar terra para construir coisas, e pedradas para destruir. Há também um elemento que parece uma nuvem/arco-íris que faz com que o DK flutue pelo mapa. Para além desses, elementos como água, plantas, frutas e muitos outros estão disponíveis, permitindo que você avance na história do seu jeito, combinando possibilidades.
Por exemplo, em uma das milhares de cavernas que eu encontrei, existe um minigame de unir partes de um Fractom. Essas partes estão espalhadas e desaparecem quando caem na água. Portanto, você precisa encontrar um terreno de terra, pegar esse material e ir construindo uma ponte para que eles cheguem até o Fractom principal.
Deve existir outras formas de completar a mesma missão, mas essa foi a que eu encontrei de fazer isso tudo funcionar. E essa possibilidade de testar várias opções diferentes dá uma sensação de liberdade muito similar à encontrada em The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, algo que eu acredito ser um grande diferencial.

Dentre os diversos mundos, eu preciso destacar o ambiente que é, basicamente, um grande lixão. É uma camada já bem profunda, dentre tantas outras que você explora, mas nesse espaço absolutamente tudo é explorável. Para você encontrar qualquer quest, qualquer item e até personagens, você precisará destruir tudo no seu caminho e para todas as direções. É insano, porque muitas vezes eu não tinha ideia para onde eu estava indo, mas eu simplesmente não conseguia parar de explorar e continuar a história principal.
A meu ver, esse é um dos grandes efeitos que Donkey Kong Bananza exerce em quem está jogando: você não quer parar de se divertir e é fácil permanecer durante horas em uma mesma subcamada. Como mencionado, eu joguei mais de 25 horas, mas ainda existem muitas bananas, quests e itens para encontrar, o que mostra o grande apreço e dedicação dos desenvolvedores com esse título.
Os poderes do DK
Precisamos falar da dinâmica Bananza. Quando elas foram divulgadas pela primeira vez, eu confesso que achei tudo muito diferente e não sabia muito bem o que esperar. Entretanto, essa foi uma das dinâmicas que mais me surpreendeu, trazendo uma grande diferenciação para a gameplay.
A forma de liberar cada uma das habilidades Bananza (e aqui não darei spoilers sobre elas) é muito similar: você precisa encontrar partes de um disco quebrado, colocar no toca-discos e o ancestral de cada reino vai conceder a possibilidade de você se transformar nessa versão Bananza do DK.
Cada um desses poderes tem seus próprios ataques, que devem ser usados para fins específicos. Eles podem ser alternados em batalha e duram uma quantidade de tempo que pode ser prolongada conforme você aprimora a árvore de habilidades.
Provavelmente, os momentos que você mais usará a dinâmica Bananza são as batalhas, seja contra o grande vilão de cada subcamada, seja contra as ameaças que você encontra nos mapas. Cada ameaça se adapta às subcamadas e, dessa forma, você sempre terá que alternar poderes para se livrar desses bichinhos completamente.
Achei todas as transformações úteis, com uma delas, que tem como foco pulos, sendo a que menos gostei. A meu ver, essa transformação ficou difícil de controlar e, dependendo do posicionamento da câmera, é fácil acabar se grudando na parede sem querer e tomando dano desnecessariamente.
Acabei usando umas bem mais do que outras, principalmente a mais forte delas, pois foi mais fácil dessa forma, mas acredito que para aqueles que curtem desafios, alternar entre os poderes durante a batalha pode ser uma diversão à parte.

Vale confessar também que, mais vezes do que posso me recordar, fiz a transformação Bananza apenas para ouvir a trilha sonora. Uma melhor do que a outra!
Falando das batalhas e das animações, especificamente, em alguns momentos senti quedas de fps (frames por segundo) significativas, principalmente quando muitos elementos estavam na tela. Menciono aqui uma grande batalha contra um chefão que envolvia raios e outros poderes sendo acionados todos ao mesmo tempo, sendo possível perceber a queda de performance.
Entretanto, tirando isso, não tive nenhum outro problema ao longo da gameplay. Mesmo forçando a câmera a ficar girando enquanto eu quebrava paredes, chão e o que mais surgisse em ritmo frenético, não passei por travamentos e nem bugs.
Modo co-op e GameShare em Donkey Kong Bananza
Donkey Kong Bananza tem mais de uma forma de co-op. Ele é compatível com o cooperativo local, em um único console, e também com o GameShare, onde você pode dividir o jogo com alguém que tem um Nintendo Switch.
Essa funcionalidade é bem bacana, porque por mais que o jogo seja exclusivo de Nintendo Switch 2, esse compartilhamento é possível e viável tecnicamente. Porém, tem seus pontos de atenção.
A performance no Nintendo Switch 1 não é das melhores, pois o game é bem mais pesado e requer um hardware com melhor capacidade. Entretanto é jogável, o que pode ser uma opção para quem quer testar o título sem grandes compromissos.
O segundo jogador controla uma mira da Pauline, despejando ataques em tudo no caminho enquanto o jogador no Nintendo Switch 2 controla o DK. Por aqui, testamos essa função por um bom tempo e a mira ajudou bastante na destruição e também em alguns momentos específicos de construção, com o uso de materiais como areia que se grudam em outras coisas.
Cada ataque da Pauline tem também um efeito sonoro específico, com stickers voando pela tela. Vale reforçar que Donkey Kong Bananza está localizado em português do Brasil, inclusive as falas, o que torna tudo mais especial ainda.
Veredito
Donkey Kong Bananza é tudo o que os fãs esperavam de um novo jogo do personagem. Espirituoso, cheio de boas ideias e com uma gameplay viciante, o game da Nintendo é mais um grande acerto em sua riquíssima biblioteca de títulos. Seja pelo cuidado na criação dos cenários, na trilha sonora repleta de hits originais, ou na história cativante, esse é certamente um dos must-play de 2025.
5,0 / 5,0
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Assista ao trailer:
Ficha técnica de Donkey Kong Bananza
Lançamento: 17 de julho de 2025
Desenvolvido e publicado por: Nintendo
Plataforma: Nintendo Switch 2
Número de jogadores: 1 a 2 (cooperativo local)
Gêneros: Ação, Aventura, Plataforma 3D
Idiomas: Alemão, Chinês Simplificado, Chinês Tradicional, Coreano, Espanhol, Francês, Holandês, Inglês, Italiano, Japonês, Português, Russo
Preços: R$ 439,90