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    REVIEW – Destiny 2: episódio Ecos traz um arsenal de novidades interessantes

    A Forma Final, mais recente expansão de Destiny 2, trouxe a conclusão da saga de luz e treva e, mesmo no alívio da vitória, uma nova ameaça surge neste primeiro episódio Ecos.

    Neste texto focarei na história de Ecos e na boa variedade de armas disponibilizadas. Para uma análise mais focada no que a DLC A Forma Final trouxe até aqui, leia este review.

    No capítulo Ecos foi disponibilizado o Ato l: Uma Resposta Familiar com uma parcela do passe de batalha com itens, ornamentos e armas sazonais. No Ato II: Uma Resposta Distante, iniciado em 16 de julho, um novo setor do passe foi liberado com mais conteúdo de história, atividades sazonais e, durante esse período, o evento anual de Solstício, que ocorreu por volta de 21 dias até a chegada do próximo ato.

    O Ato lll: Uma Verdade Retumbante foi lançado em 10 de setembro com a chegada do último setor do passe com recursos e ornamentos, uma missão exótica que está conectada com os eventos de lore do episódio e uma arma exótica adquirida após a conclusão desta missão.

    Análise do episódio Ecos, de Destiny 2

    O episódio Ecos foi uma aquisição interessante para os rumos do jogo por responder o questionamento sobre o que acontece após a vitória tão heroica sobre a Testemunha, sendo uma nova ameaça dona de um item de muito poder.

    Tivemos um conjunto novo de equipamentos com a temática Vex, que está disponível no novo local de contato com a Failsafe, a Inteligência Artificial (IA) mais divertida da galáxia, com o set de armadura do Gume Independente disponível para Arcanos, Titãs e Caçadores com estéticas únicas para cada classe, além das seguintes armas distribuídas pelos três atos:

    • Ato I: Espada Mau Agouro, os Lança Granadas Sinal Perdido, Lança Granadas Protetor da Fé, Canhão de Mão Análise Visual, Rifle de Assalto Ameaça Velada e o Fuzil de Batedor Andarilho Erodido.
    • Ato II: Fuzil de Pulso Corrasão e Pistola Ação Berrante.
    • Ato III: Fuzil de Laser Cronofalgia e Metralhadora Espeleólogo. 

    Deste novo arsenal, um dos itens que mais me chamou atenção e agradou foi o canhão de mão, que vindo com a vantagem disparo voltaico pode ser uma boa pedida como a arma ideal para missões de alto nível (como Anoitecer Grão Mestre), que nem sempre podemos escolher tudo o que queremos, então esse é um armamento adequado para vencer os campeões da missão.

    Outra arma muito interessante é a pistola que vem com munição de foguete que, aliada com a vantagem carregador de cura, é um ótimo potencializador para uma build prismática de classe titã voltada para o torso exótico propulsão nociva, que emite mísseis da nave Êxodo Negro. Após realizar cinco acúmulos e utilizar a habilidade de classe (barricada ou esquiva), eles são lançados causando um dano significativo. Também utilizei ela na classe arcano durante atividades de alto nível que exigem muito mais sobrevivência do que apenas ter um dano muito alto.

    A metralhadora é outro armamento muito útil pela alta cadência, sendo uma novidade que achei incrível para momentos difíceis nas atividades quando necessário realizar controle de grupos e para clarear o caminho é uma excelente pedida. Quando utilizei o arcano com uma subclasse solar voltada aos efeitos do torso, o protocolo fênix obteve resultados muito interessantes.

    A arma exótica Morte Escarlate Reformado, um grato retorno oriundo do primeiro Destiny, pode ser adquirida no passe de temporada junto com o seu catalisador e é realmente útil tanto nas atividades solo, quanto em esquadrão por sua vantagem Redenção, que permite curar aliados próximos após eliminações. Isso se tornou um recurso valioso principalmente na incursão Limiar da Salvação, que tem inimigos em grande quantidade.

    Apesar de considerar ótimos acréscimos ao nosso arsenal todos os equipamentos citados, a arma que vale muito a pena adquirir e ter todos os intrínsecos para escolher a melhor versão para si é o rifle de assalto Coro de Um Só, adquirida ao concluir a missão Bis com munição de vácuo, que favorece muito equipamentos voltados para essa subclasse.

    Além do impulso elemental, o dano dela é muito alto em mira focada que se torna potencializado em tiro livre, algo muito similar a uma escopeta no que se refere ao impacto, e muito eficiente em lutas contra inimigos poderosos e chefes.

    Como citado inicialmente tivemos a inclusão de novas atividades como a Invasão.exe, os campos de batalha que existem três versões, uma atividade de tempo chamada Protocolo Enigma e todas podem ser feitas nos modos normal e especialista. Dentre elas, a que mais achei divertida como um todo é a Invasão.exe porque temos como nossa companheira Failsafe que acrescenta muito sarcasmo e humor durante todo o decorrer da atividade.

    A missão exótica Bis não é difícil e isso surpreende porque a recompensa de conclusão é muito satisfatória e tem puzzles que são interessantes de se realizar, o que indico fazer em grupo, até porque o fluxo de raciocínio na resolução fica muito mais fácil, com 7 baús secretos contendo os intrínsecos da Coro de Um Só.

    Ecos e o dilema de identidade

    A história deste episódio me surpreendeu muito porque imaginei algo relacionado ao passado, mas recebi uma jornada em torno de identidade bem intensa, mesmo que a resolução tenha ficado muito em aberto.

    Os personagens centrais do capítulo, além do nosso guardião, são a IA da Êxodo Negro Failsafe, o titã lendário São 14 e o arcano Osíris, que investigam a queda de um dos  fragmentos que saltaram do interior do viajante e um deles caiu no interior do planeta Nesso, organizando os Vex em uma forma que não é habitual. Posteriormente é revelado que esse acontecimento ocorre por causa de um ser chamado de A Regência, uma versão vinda da rede Vex de Maya Sundaresh.

    Neste ponto que achei interessante a história ter abordado um tema tão atual como a identidade porque o tema gira em torno destes personagens e qual a versão deles, começando por São 14 não ser a versão que de fato realizou os feitos que o tornaram quem é, e podemos fazer um excelente paralelo com a nossa interação social através de meios virtuais, a nossa “rede” Vex.

    As nossas interações virtuais, ou até mesmo físicas, são representações de apenas uma parte de nós espalhadas em muitos contextos, ou traduzindo para o que foi apresentado na lore de Destiny, versões que individualmente não necessariamente representam uma versão “real” ou sua totalidade. Ter consciência de que este todo de versões é o que nos define apenas falando soa algo fácil e até mesmo clichê, dado o quanto isso se reproduz nas nossas redes sociais.

    Essa questão também se estende a outra voltada muito mais para algo no âmbito da ética e moral quando temos o lado mais ficção científica de Ecos, ao descobrirmos o objetivo final de Maya, que é refazer a galáxia para uma nova Era Dourada (o ponto alto dos avanços da humanidade na lore) ao lado de sua esposa Chioma Esi, ou a versão que ela quer que concorde com esta visão, e matando qualquer versão que não esteja enquadrada nisto.

    Neste aspecto a discussão sobre identidade muda de algo mais internalizado para uma visão a partir do ponto de vista do outro e a idealização que se tem deste ser, além do questionamento ético sobre estas versões de Esi, que tem sentimentos como medo, preocupação, tristeza e raiva demonstradas ao longo dos diálogos, culminando em uma cena surpreendente.

    Veredito

    O episódio Ecos trouxe atividades interessantes para se jogar solo ou em grupo, uma arma que vai ser de grande ajuda para o nosso guardião nas situações bem difíceis e uma história que tem camadas muito interessantes, mostrando o quanto esta lore é muito viva e capaz de revelar mais coisas incríveis.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

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    Assista ao trailer de lançamento do capítulo Ecos em Destiny 2:

    Ficha técnica de Destiny 2: A Forma Final

    Lançamento: 4 de junho de 2024

    Desenvolvido e publicado por: Bungie

    Plataformas: PC (via Epic Games Store e Steam), PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X|S

    Gêneros: Cooperativo, Mundo Aberto, Tiro em Primeira Pessoa (First Person Shooter – FPS)

    Idiomas: Alemão, Chinês (simplificado), Chinês (tradicional), Coreano, Espanhol, Espanhol (México), Francês (França), Inglês, Italiano, Japonês, Polonês, Português (Brasil), Russo

    Preço: Edições a partir de R$ 189,99

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