Quase cinco anos após o lançamento do jogo de estreia, o lendário desenvolvedor Hideo Kojima trouxe ao mercado o aguardado Death Stranding 2: On the Beach, desenvolvido pela sua empresa Kojima Productions e lançado pela Sony Interactive Entertainment exclusivamente para PlayStation 5 no dia 26 de junho.
O review que você está lendo não tem spoilers do novo Death Stranding.
A história de Death Stranding 2 se passa onze meses após a conclusão do seu antecessor, com o protagonista Sam Bridges (Norman Reedus) vivendo em isolamento com o seu bebê Lou até ser encontrado por Fragile (Léa Seydoux) com o pedido para o Homem que Entrega fazer uma nova conexão.
Depois de tanta expectativa criada através dos trailers, entrevistas do criador, elenco e uma première a nível de um blockbuster de cinema, Death Stranding 2: On the Beach não apenas cumpre as suas expectativas, como as supera. Considero a maior experiência in game dessa nova geração, com a possibilidade real de ser um vencedor dos prêmios de Jogo do Ano no circuito de premiações da área.
Tecnicamente é perfeito, principalmente se considerarmos a alta exigência de críticos e consumidores, esse jogo vai atender exatamente o que muitos esperam com uma estética visual que irá confundir a sua cognição a ponto de não compreender a diferença entre a cena e o jogo.
A mecânica do estilo strand game é melhorada, conectando os jogadores através dos elos sociais de forma mais ampla e, assim como no primeiro título, compartilhamos a experiência de ajuda mútua com os itens que construímos enquanto vamos conectando o México e Austrália em uma mapa com uma variação topográfica e climática muito maior, garantindo um desafio mais complexo.
Diferente do seu antecessor, Death Stranding 2: On the Beach vai exigir mais das habilidades de confronto dos seus jogadores, principalmente no aspecto furtivo porque os inimigos dessa vez não são os entregadores renegados, os Mulas ou a Homo Demens (que apenas seguia o seu líder com delírios apocalípticos), mas terroristas que tem como meta apenas causar o terror.
É interessante como mesmo acrescentando uma camada maior de combate, a proposta de um jogo não violento continua forte, tornando essa ideia evidente com a oferta de um equipamento completamente não letal e a opção de utilizar munição que fere humanos.
Assim como seu antecessor, temos os preppers que iremos ajudar entregando itens que eles precisam, que podem ser desde remédios, instrumentos de pesquisa e equipamentos médicos necessários para a sobrevivência de um abrigo até objetos muito mais simples como telas para pinturas, brinquedos ou um engradado gigante de peixes.
O que chama muito a atenção e torna esse processo muito interessante é que, ao chegarmos no prepper, sabemos a quantidade de habitantes da localidade podendo ser uma cidade de milhares, um grupo menor ou apenas alguém solitário precisando de nossa ajuda, tendo cada um a sua história individual e uma relação única com o Sam.
Death Stranding 2: Uma jornada solitária para confrontar o fim
Death Stranding conta uma história que se conecta a temas como luto, saudade, empatia, conexão, propósito e, neste novo passo, vamos retornar a esse ciclo narrativo com o acréscimo da solidão, só que em um mundo amplamente conectado e tecnologicamente mais avançado que anteriormente.
Sam já enfrentou o desafio de conectar a UCA com a ajuda dos amigos, entretanto a grande parceira em toda a sua jornada foi Lou a cada ponto do país, e até além, como alguém que o ajuda nas horas difíceis, fica feliz nas conquistas e o defende no momento mais crítico. Na história de On the Beach, temos essa relação retomada com um outro significado graças à presença do Dollman que é um terapeuta além de ser um médium muito competente, sendo essa uma fração de um construto narrativo muito maior para essa nova jornada.
Evitando explorar as revelações da trama, é possível dizer que é uma história muito emocionante, sensível, melancólica e novamente irá ter uma forte ligação com a nossa realidade, agora mais conectada virtualmente do que antes da época da pandemia. Death Stranding 2: On the Beach irá nos levar a refletir sobre o que é uma conexão real entre tantas tão artificiais.
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Veredito
Death Stranding 2: On the Beach eleva o status de games a nível de arte, com um universo muito mais profundo, complexo e uma narrativa que irá emocionar.
5,0 / 5,0
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Assista ao trailer:
Ficha técnica de Death Stranding 2: On the Beach
Lançamento: 26 de junho de 2025
Desenvolvido por: Kojima Productions
Publicado por: Sony Interactive Entertainment
Plataforma: PlayStation 5
Número de jogadores: 1 e multijogador online assíncrono. As ações de outros jogadores, como a criação de estradas ou estruturas e as rotas que eles percorreram, ficarão visíveis e poderão ser usadas pelo jogador quando ele tiver conectado áreas do mapa com sucesso.
Gêneros: Ação, Aventura, Mundo Aberto, Strand, Terceira Pessoa
Idiomas de Voz: Alemão, Espanhol, Espanhol (México), Francês (França), Inglês, Italiano, Japonês, Polonês, Português (Brasil), Português (Portugal), Russo
Idiomas de Tela: Alemão, Chinês (simplificado), Chinês (tradicional), Coreano, Espanhol, Espanhol (México), Francês (França), Grego, Holandês, Inglês, Italiano, Japonês, Polonês, Português (Brasil), Português (Portugal), Russo, Tcheco, Árabe
Preços: Versões a partir de R$ 399,90