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    PREVIEW – Mars 2120 tem potencial para ser um metroidvania marcante

    MARS 2120, anteriormente conhecido como Project Colonies: MARS 2120, é um metroidvania desenvolvido e publicado pela empresa brasileira QUByte Interactive. O jogo está atualmente disponível em acesso antecipado no Steam e já tem data de lançamento para sua versão final: 28 de março de 2024.

    No game controlamos a sargento Anna “Thirteen” Charlotte durante a primeira missão de humanos para colonizar Marte. As habilidades especiais da personagem estão ligadas a elementos como eletricidade, fogo e gelo.

    De acordo com os desenvolvedores, o jogo se inspira nas gameplays de metroidvania clássicos como Super Metroid (1994), Castlevania: Symphony of the Night (1997) e Guacamelee! (2013)

    O que acontecerá se o sonho de colonizar um planeta der errado? A resposta completa conheceremos em 2024, quando o jogo for lançado para PC, Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X | S.

    Enquanto isso, confira nossas primeiras impressões do jogo para PC.

    Primeiras impressões

    Você não viu errado. MARS 2120 lembra muito a ambientação sombria e misteriosa de Metroid Dread (2021). Durante o BIG Festival nós tivemos a oportunidade de conversar com o Bruno Carvalho, diretor da QUByte, e ele detalhou que o jogo já estava em desenvolvimento quando o metroidvania da Nintendo foi anunciado.

    No entanto, nem ele, nem a descrição do jogo escondem que a franquia Metroid, e em especial Super Metroid, servem como inspiração para o jogo da QUByte. Veja no vídeo a explicação do Bruno.

    Pois bem, a comparação com Metroid Dread é nobre e justa. Isso porque além da ambientação, há elementos de combate e até alguns inimigos que lembram adversários da Samus. Essa lembrança é bastante positiva e tem sua própria identidade.

    No entanto, alguns oponentes ainda carecem de um refinamento em seus movimentos, pois nessa versão não finalizada há inimigos que demoram a atacar e não se esquivam nem atiram quando você está acertando golpes neles. Também há espaço para melhorar um pouco a mobilidade da sargento Anna, especialmente quando se faz um combo mesclando ataques de longa e curta distância.

    Algo positivo em relação aos inimigos é que, meio que do nada, novos adversários surgem em áreas que você acabou de passar. Basta pegar alguma habilidade nova, ou às vezes até um progresso menor como abrir uma porta, e de repente a dificuldade aumenta. Então embora haja aquela possibilidade de melhoria que mencionei antes, mesmo assim MARS 2120 apresenta uma boa dose de desafios já nessa versão em acesso antecipado.

    Apesar do desafio, o jogo é levemente menos punitivo do que outros metroidvania. Digo levemente porque há espaços para salvar e recuperar vida, mas também há checkpoints espalhados por Marte. A morte também não é definitiva, como o próprio game destaca, e não se perde itens ou habilidades ao morrer.

    Os biomas de MARS 2120 são muito bem construídos e exploram bem as características dos metroidvania clássicos. O constante ir e vir é uma realidade já na versão demo e certamente há muitas áreas que vão exigir atenção aos detalhes e certa destreza na movimentação para conseguir acessar pontos específicos.

    As batalhas contra chefes também se mostram muito bem feitas. E fogem do óbvio, que seria eliminar um monstro ao tirar toda sua vida. Há situações como o combate com uma aranha no ambiente de gelo que, embora tenha barra de vida, o objetivo é usar uma sequência de ataques no momento certo para que ela pouco a pouco vá para trás e caia penhasco abaixo.

    A progressão da sargento Anna também é bastante agradável. Logo cedo no jogo já é possível sentir o gostinho das habilidades elétricas e de gelo. Mas é realmente só o começo, pois a árvore de recursos a serem aperfeiçoados é consideravelmente grande. As melhorias são desbloqueáveis e, após estarem liberadas, é preciso usar pontos obtidos ao longo da gameplay.

    Algo interessante nas melhorias da personagem principal é a progressão da arma principal. Os tiros de longa distância não são apenas aperfeiçoados agregando elementos para abrir portas ou destruir inimigos específicos, como também é preciso melhorar a cadência dos disparos.

    Em termos narrativos, o ar de mistério impera em MARS 2120 e se mostra uma história interessante. O trabalho de dublagem também está muito bem feito, assim como a ambientação sonora para dar um toque de sci-fi misterioso e deixar a exploração mais tensa.

    Por fim, é seguro dizer que as cutscenes estão lindíssimas e a performance de MARS 2120 está ótima. No entanto, há um estranhamento gráfico entre a gameplay e as cutscenes, que fazem com que a imagem pareça ser um vídeo com leve interferência, especialmente em ambientes com muita luz e tons de laranja, como a primeira área do jogo.

    Um polimento final antes do lançamento em março de 2024 pode acrescentar muito para o visual fisgar de vez a comunidade da mesma maneira como as cutscenes são de encher os olhos.

    Aliás, é importante destacar que a QUByte oferece opções de acessibilidade visual para que MARS 2120 seja uma experiência agradável para todos os públicos, o que indica que há uma grande dedicação com os gráficos e que a versão do lançamento oficial vai dar muito gosto de ver e jogar.

    Mesmo havendo espaço para alguns refinamentos, é seguro dizer que MARS 2120 é um metroidvania promissor com potencial de orgulhar muito a comunidade gamer brasileira e fazer bonito mundo a fora. O jogo indie demonstra ser uma parada obrigatória para fãs de Metroid e games com temática sci-fi.

    Assista ao trailer de MARS 2120:

    Ficha técnica de MARS 2120

    Lançamento: 28 de março de 2024

    Desenvolvido e publicado por: QUByte Interactive

    Plataformas: PC, Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X | S

    Número de jogadores: 1

    Gêneros: Ação, Aventura, Metroidvania, Plataforma

    Idiomas: Português, Inglês, Espanhol

    Preço: Ainda não divulgado

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