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    CRÍTICA – Ursinho Pooh: Sangue e Mel é ofensivo de ruim

    Ursinho Pooh: Sangue e Mel é uma adaptação de terror dos personagens criados por Alan Alexander Milne e que entrou em domínio público recentemente, o que deixou caminho livre para Rhys Frake-Waterfield criar a nova obra.

    Sinopse

    Christopher Robin (Nikolai Leon) é um rapaz que tem vários amigos animais que são o Ursinho Pooh, o Leitão e companhia.

    Depois que o jovem ingressa na faculdade, o que eram criaturas tranquilas e felizes se transformaram em monstros sangrentos com sede de vingança pelo abandono de seu querido amigo, criando uma trilha de corpos pelo caminho.

    Análise de Ursinho Pooh: Sangue e Mel

    Ursinho Pooh Sangue e Mel

    Ursinho Pooh é um personagem adorável e que sempre foi sinônimo de doçura e inocência para quem teve uma infância regada de animações do Walt Disney Studios.

    Muitos anos se passaram e o temido “domínio público” veio no que se refere ao aspecto de direitos autorais, um pesadelo para quem detém a marca em seu catálogo.

    Por conta disso, um tal de Rhys Frake-Waterfield conseguiu cometer atrocidades com o seu péssimo Ursinho Pooh: Sangue e Mel, um longa-metragem grotesco e oportunista que surgiu com essa brecha legal.

    O filme é desrespeitoso com o legado criado por Alan Alexander Milne, uma vez que nem para discutir os problemas da obra Ursinho Pooh: Sangue e Mel serve.

    Para falar dos aspectos básicos, tudo é um desastre. As atuações são tenebrosas, a direção é pouco inventiva e vergonhosa e o roteiro consegue ser pior que os dois elementos citados.

    Se trocássemos os dois vilões, Ursinho Pooh e Leitão, por dois assassinos genéricos, não faria nenhuma diferença para o longa que não explora em nada a relação de Christopher Robin com os personagens, tampouco há um desenvolvimento de qualquer um dos atores aqui, mesmo os protagonistas e antagonistas.

    Os trajes borrachudos tiram a expressão dos vilões, gerando risos constrangedores nas cenas em que eles aparecem. A falta de cuidado da direção nas cenas também é nítida, com muitos problemas de continuidade e erros crassos em diversos momentos.

    A única preocupação de Rhys Frake-Waterfield é de matar de formas brutais as vítimas que fazem uma quantidade surreal de decisões questionáveis. O roteiro não consegue criar situações difíceis para que os personagens fiquem em maus lençóis, gerando um constrangimento absurdo por conta das burrices cometidas por eles.

    A falta de conexão da história mostra que Ursinho Pooh: Sangue e Mel é um arremedo pretencioso que pensou em tirar o máximo de dinheiro pela escolha absurda de tom e gênero para a obra. A estratégia deu certo, já que os 100 mil dólares investidos se transformaram em quase 5 milhões, o que fez cair o queixo deste que vos escreve.

    Veredito

    Ursinho Pooh: Sangue e Mel é uma obra de completo mau-gosto que mercadologicamente deu tão certo que vai virar franquia. Tecnicamente é um dos piores filmes de todos os tempos com louvor.

    De fato, a bizarra premissa está longe de acabar, o que faz Walt Disney e A. A. Milne se revirarem nos túmulos com tamanha barbeiragem feita aqui.

    Nossa nota

    0,5/5,0

    Confira o trailer:

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