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    CRÍTICA – Toc Toc Toc: Ecos do Além escorrega feio no fim

    Toc Toc Toc: Ecos do Além é o mais novo longa de terror de 2023 e tem Antony Starr (The Boys) em seu elenco. A direção está na conta de Samuel Bodin e o roteiro é assinado por Chris Thomas Devlin.

    Sinopse

    Peter (Woody Norman) é um garoto solitário que sofre bullying na escola e ainda conta com pais sinistros que possuem segredos terríveis. Depois de um acidente, o jovem começa a se comunicar com uma menina que sumiu e ela diz que o menino corre risco de vida.

    Análise de Toc Toc Toc: Ecos do Além

    Toc Toc Toc: Ecos do Além me chamou a atenção pelo elenco e por ser um filme de terror, que é meu gênero preferido.

    Existem pontos muito positivos na construção da atmosfera soturna e extremamente tensa. Os personagens possuem um alto grau de complexidade e são misteriosos a ponto de ficarmos hipnotizados com a trama que parece peculiar por conta do comportamento e as brilhantes atuações de Antony Starr e Lizzy Caplan.

    O roteiro vai sendo muito bem trabalhando com um clima de segredos sombrios e que algo muito ruim está para acontecer. Há um capricho estético nos cenários, uma vez que a casa de Peter mesmo sendo enorme, parece pequena, gerando claustrofobia em quem está assistindo.

    Os locais escuros, uma fotografia sem vida deixam ainda mais terrível aquele lugar que carece de amor, carinho e tem sobras de crueldade travestida de cuidado.

    Sentimos muito por Peter e entendemos que o menino precisa de ajuda, o que nos faz ficarmos completamente imersos na história.

    A condução da trama é bem realizada nos dois primeiros atos, com cadência, sem soluções óbvias e com subversões interessantes que nos fazem temer pelo protagonista. Eis que chega o terceiro ato e Toc Toc Toc: Ecos do Além joga absolutamente TUDO NO LIXO.

    Explico: a cadência, a atmosfera tensa, os personagens intensos e cheios de camadas são substituídos por um corre-corre genérico cheio de momentos comuns em filmes slashers de baixa qualidade, com certa violência gráfica, mas pouca inventividade.

    Para não adentrar em spoilers e não estragar a sua experiência, um certo vilão fisicamente é assustador, mas com um CGI que me lembrou O Meme do Mal em alguns momentos.

    Existem muitas facilitações de roteiro, uma direção que troca a calma por urgência absurda e que se embanana com elipses malucas que nos deixam confusos sobre os eventos da história, principalmente no que se refere a tempo, cortes ruins e picotados, além de um desperdício completo de antagonistas bem estruturados.

    No terceiro ato, parece que estamos assistindo outro longa-metragem, que não se parece em nada com Toc Toc Toc: Ecos do Além em sua construção. Uma pena completa, pois isso acabou com a boa experiência que estava acontecendo para mim.

    Veredito

    Toc Toc Toc: Ecos do Além é um filme em que a jornada é muito mais elaborada do que seu fim. O terceiro ato estraga bastante a história, o que demonstra uma falta de experiência da equipe, uma pena para algo que estava sendo tão promissor.

    Nossa nota

    2,0/5,0

    Confira o trailer:

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