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    CRÍTICA – Tin e Tina é um terror psicológico competente

    Tin e Tina ou Tin & Tina é um filme de terror psicológico espanhol original da Netflix. No elenco temos Jaime Lorente, que interpretou Denver em La Casa de Papel.

    Sinopse

    Lola (Milena Smit) e Adolfo (Jaime Lorente) são um casal que está prestes a ter um filho, mas uma tragédia acontece e eles acabam adotando os gêmeos Tin (Carlos González Morollón) e Tina (Anastasia Achikhmina), que possuem comportamentos macabros e vão mudar a vida dos recém-casados para sempre.

    Análise de Tin e Tina

    Filmes de terror que saem das temáticas hollywoodianas sempre trazem algo diferente e renovam os ares de quem está acostumado com obras genéricas e que tem uma estrutura mais vendável para vários públicos.

    Tin e Tina é o tipo de longa-metragem que pode agradar muitos e desagradar mais ainda quem não tem o costume de ser apresentando a nova propostas.

    De cara, me lembrei muito de Boa Noite Mamãe, longa austríaco de 2014, que traz uma estética macabra e gêmeos completamente sádicos.

    O grande diferencial de Tin e Tina é a questão da religião como mote da trama. As crianças além de terem uma aparência angelical, são fanáticas e quase que literalmente realizam as punições bíblicas.

    O sadismo existente por trás da religião e como isso afeta as pessoas mais ingênuas e que buscam apoio incondicional é algo perigoso que a obra aborda muito bem, ainda mais quando se tratam de crianças que tem esses comportamentos sombrios, o que deixa ainda mais tensa a situação abordada aqui.

    Rubin Stein consegue criar uma atmosfera tensa e de forma cadenciada vai nos mostrando as maldades e como a mente de Lola vai sofrendo ao longo de cada “traquinagem” dos meninos. A casa é uma grande aliada na criação do terror por ser um lugar isolado e grande, além de deixar em nosso imaginário em bons takes do cineasta o que vai acontecer em diversos momentos.

    A temática da religião e de como os adultos são os principais responsáveis por comportamentos ruins de crianças faz Tin e Tina se destacar, uma vez que não há grandes sustos, tampouco atuações marcantes, mesmo que competentes, do elenco.

    O texto por vezes é bem expositivo e previsível para quem está acostumado com longas do gênero, entretanto, o terceiro ato entrega um plot-twist muito interessante e que vai deixar o filme ser discutido nas redes sociais por um tempo.

    Veredito

    Competente e intenso, Tin e Tina é o tipo de filme divisivo, mas que tem valências e defeitos que o deixam pelo menos como uma boa opção para quem gosta de um bom thriller psicológico.

    Nossa nota

    3,7/5,0

    Confira o trailer:

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