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    CRÍTICA – Tic-Tac: A Maternidade do Mal é uma boa reflexão sobre a pressão da gravidez

    Tic-Tac: A Maternidade do Mal ou Clock é um filme dirigido pela estreante Alexis Jacknow e conta com Dianna Agron como protagonista. O longa-metragem está disponível no Star Plus.

    Sinopse

    Ella Patel (Dianna Agron) é uma arquiteta de sucesso que está chegando no limite da idade para ter filhos e não quer nem saber de gravidez. Todavia, por conta da pressão que ela sofre diariamente do seu grupo de amigos e família, ela decide participar de um experimento que cria o desejo de ter filhos, mas as consequências disso podem ser devastadoras para a vida dela.

    Análise de Tic-Tac: A Maternidade do Mal

    Tic-Tac A Maternidade do Mal

    Gravidez, uma palavra que é considerada uma bênção por muitos e para outros causa um arrepio na espinha.

    Tic-Tac: A Maternidade do Mal é um filme que consegue mostrar bem o sofrimento das mulheres que não querem ter filhos, focando em si mesmas e em seus projetos de família que não necessariamente precisam de crianças para ser feliz e completo.

    O primeiro ato é interessante e possui uma cadeia de acontecimentos que são construídos de forma bem eficiente. Uma cena de destaque é logo no início quando Ella tem que passar por um exame de rotina em uma ginecologista, que apresenta de jeito bem intenso e incomodativo o quão ruim é o processo para as mulheres.

    A premissa é legal por conta de que mesmo com uma fala mais leve ou carinhosa, as pessoas gostam e muito de se intrometer na vida alheia, ainda mais quando se refere a uma mulher que de sucesso e que é bem resolvida. O texto é bem ácido no aspecto de que quanto mais velhas elas ficam, pior fica a cobrança, se há uma casamento então, as coisas pioram.

    A atmosfera do filme é sombria e as coisas ficam cada vez mais estranhas. O clima soturno e a imprevisibilidade são bons aspectos da trama, já que a diretora sabe utilizar os atalhos por saber como funciona essa pressão. Sobre os personagens, eles são funcionais e conduzem a trama com eficácia, sem grandes destaques em atuações.

    O fato do longa-metragem forçar a protagonista a querer ter filhos por conta de seu relógio biológico e fazer uma metalinguagem com relógios e o tempo como se o único objetivo de Ella fosse procriar vai gerando um ambiente claustrofóbico e funcional para o público. A agonia imposta à protagonista é real e eu como homem casado sei bem como isso é danoso para o casal e principalmente para a mulher na relação.

    Dos pontos negativos, há uma busca incessante em trazer o longa para um terror convencional lotado de jump scares e alucinações constantes que atrapalham a dinâmica. Não são necessários os sustos baratos que Tic-Tac: A Maternidade do Mal impõem ao espectador, já que a história consegue ser horripilante sendo bem pé no chão. Se tivesse um pouco mais de ousadia, o filme poderia ser ainda melhor.

    Veredito

    Competente em sua mensagem e redondinho no que se refere à sua estrutura, Tic-Tac: A Maternidade do Mal é uma obra que pelo menos nos faz refletir sobre as pressões diárias que as mulheres sofrem. Sem os maneirismos de terror de shopping center, o longa funcionaria melhor, contudo, já serve bastante por sua proposta interessante para quem necessita e muito da mensagem passada aqui.

    Nossa nota

    3,7/5,0

    Confira o trailer do filme:

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