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    CRÍTICA – A esperança está de volta em Superman

    Superman é o primeiro filme do novo DCU e abre as portas para os Deuses e Monstros. James Gunn dirige e assina o roteiro. David Corenswet, Nicholas Hoult, Rachel Brosnahan e Isabela Merced fazem parte do grande elenco do longa, que estreia oficialmente no Brasil em 10 de julho.

    PARA O ALTO E AVANTE!

    Ao sair do cinema, a minha sensação foi uma mistura de dois sentimentos: alívio e esperança em um futuro promissor da DC Comics nos cinemas.

    Superman é brega, exagerado e cheio de conveniências, e isso é MARAVILHOSO!

    O novo longa de James Gunn sabe que é de um gênero que não deveria se levar tão a sério, que é o de super-heróis. Logo nos primeiros minutos já sabemos o que nos espera com um Krypto destruindo as costelas de seu amigo kryptoniano que acabara de tomar uma boa surra.

    A galhofice está nos trajes, planos maquiavélicos e em um texto que parecem ter sido retirados das páginas das melhores histórias em quadrinhos do Azulão nas eras de prata e ouro do super-herói.

    A história serve para entreter, mas também refletir sobre humanidade, desigualdade social, polarização política e empatia. A mensagem é poderosa e, para que isso funcione, precisamos de excelentes personagens.

    David Corenswet nasceu para ser Clark Kent/Superman, uma vez que consegue apresentar um homem falho, contudo, com um coração gigantesco e ternura.

    Zack Snyder destruiu nossa visão de um Superman que se preocupa com o próximo, que segura os seus potentes socos para não machucar seus inimigos, ou mesmo salvar um pequeno esquilo em uma batalha que tem o potencial de destruir uma cidade inteira.

    Essa essência Corenswet consegue trazer, com a cara do bom mocismo que há tempos não víamos no gênero. Seu Clark é introspectivo, mas extremamente carismático. Já seu Superman é imponente e destemido. Mesmo que esteja em desvantagem, ele consegue se impor e luta até o fim pelo próximo, exatamente o que o maior herói da história dos quadrinhos tem como principal mote.

    Se David consegue ser um Superman esplendoroso, Nicholas Hoult é o melhor Lex Luthor de todos os live actions do Homem de Aço. Cruel, invejoso, mesquinho, obstinado e obcecado em ser o centro das atenções. Hoult é o mais talentoso e se entrega com muita verdade ao papel.

    Rachel Brosnahan e Nathan Fillon também brilham em seus respectivos papéis, assim como o cãozinho Krypto, que é um show de simpatia e travessuras.

    A direção de James Gunn é impactante, cheia de bons momentos, principalmente quando temos a pancadaria na ação. Os diálogos encaixam bem, o humor funciona em 80% das vezes e a fotografia e efeitos visuais estão impecáveis, com poucos pontos de estranheza. Fora o uso excessivo da grande angular, o diretor se destaca, e muito, em seu papel.

    Veredito

    Esperançoso, divertido e brega, Superman é o filme perfeito para iniciar o novo legado da DC nos cinemas, uma vez que traz seu maior herói em um projeto que é uma carta de amor aos fãs do Homem de Aço.

    Nossa nota

    4.0/5.0

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    Assista ao trailer:

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