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    CRÍTICA – Super Mario Bros.: O Filme é animação divertida e nostálgica

    Super Mario Bros.: O Filme é a mais nova empreitada da Nintendo nos cinemas. Em parceria com a Illumination Entertainment e a Universal Pictures, a animação acompanha os personagens Mario e Luigi em uma aventura no reino dos cogumelos.

    Confira abaixo a nossa crítica sem spoilers da produção.

    Sinopse de Mario Bros.: O Filme

    Mario é um encanador junto com seu irmão Luigi. Um dia, eles vão parar no reino dos cogumelos, governado pela Princesa Peach, mas ameaçado por Bowser, o rei dos Koopas, que faz de tudo para conseguir reinar em todos os lugares.

    Análise

    Super Mario Bros.: O Filme era um dos títulos mais aguardados do ano. Amplamente divulgado pela Nintendo ao longo de 2022, com direito até a um Nintendo Direct específico para anunciar o trailer do filme, a produção chega com grandes expectativas por parte dos fãs e também do mercado cinematográfico.

    De acordo com os dados do Box Office, o filme dos irmãos encanadores poderá faturar mais de 225 milhões de dólares na sua primeira semana de exibição, um resultado mais do que positivo para o primeiro filme animado da franquia nos cinemas e alinhado com uma das propriedades intelectuais mais valiosas do mundo.

    Mas Super Mario Bros.: O Filme vale a pena? Se você procura uma aventura despretensiosa, focada no humor e na ação, então, sim, vale a pena.

    Na história, Mario e Luigi resolvem abrir uma empresa juntos, buscando ajudar as pessoas com seus problemas hidráulicos. A escolha se deve ao fato de que ambos querem conquistar grandes reconhecimentos e realmente se sentirem valorizados por seu trabalho.

    Jogue na mistura uma pitada de trauma geracional e memórias tristes da infância, e você tem a receita para dois adultos tentando provar o tempo todo (aos outros) que podem ser mais do que eles imaginam.

    É em meio a essa provocação que Luigi e Mario são sugados pelos canos clássicos dos jogos e levados a novos mundos. Luigi é capturado por Bowser, e cabe a Mario, Peach e Toad buscarem formas de salvar o bigodudo alto e impedir Bowser de destruir o reino dos cogumelos.

    Ao longo dos 92 minutos de duração, Super Mario Bros.: O Filme navega pelas dezenas de referências que você só encontra nos jogos da Nintendo. Existem tantos easter eggs escondidos no fundo das cenas que é até difícil contabilizar, e esse trabalho de direção de arte e design é algo muito vivo e bem desenvolvido na produção.

    Apesar do roteiro jogar no seguro e não se arriscar em nenhum momento, a história funciona dentro do que se propõe a fazer e mantém a essência do Mario que conhecemos até então. Há o vilão, que não é tão malvado assim, a princesa heroica que não tem medo de nada, e o baixinho confiante que salva o dia. Está tudo lá, tal qual as melhores fases de Super Mario Odyssey (2017) e de tantos outros clássicos da franquia.

    Em certos momentos, alguns personagens são deixados de lado para que outros possam ter mais espaço. É o caso do próprio Luigi, que já é humilhado na maioria dos games e aqui também ganha a sua cota de sofrimento, a fim de manter sua essência. Uma pena, pois o irmão mais alto também merecia um pouco mais de protagonismo, mas nada que não possa ser compensado no próximo filme.

    CRÍTICA - Super Mario Bros.: O Filme é animação divertida e nostálgica
    Créditos: Divulgação / Illumination Entertainemnt

    Toad é o alívio cômico que mais funciona. Com aquele jeito irritado e sem filtro de sempre, o personagem chama a atenção em todas as cenas que está presente. Esse efeito se deve também ao ótimo trabalho de dublagem feito por Eduardo Drummond.

    Aliás, se a crítica internacional sentiu que o trabalho de voz na versão original não foi tão bom, não há o que reclamar da versão brasileira. Raphael Rosatto (Mario), Manolo Rey (Luigi), Carina Eiras (Peach), Marcio Dondi (Bowser), Eduardo Drummond (Toad) e Pedro Azevedo (Donkey Kong) dão show e trazem uma personalidade própria para cada um de seus personagens.

    Mesmo Bowser sendo, basicamente, construído em torno dos trejeitos de Jack Black, Marcio Dondi faz um trabalho espetacular na dublagem do rei tartaruga. Quando falamos de Mario e Luigi, outro show de Rosatto e Rey. A dublagem brasileira é de outro nível e vale muito a pena conferir a animação dublada.

    Em relação aos traços da animação, o trabalho também é ótimo. Até os pequenos detalhes de costura do chapéu de Mario e Luigi são perceptíveis, mostrando que a equipe foi bem detalhista. Super Mario Bros.: O Filme é um mundo completo que realmente valoriza cada referência da franquia.

    Um ponto não tão positivo assim é a trilha sonora, o que é algo extremamente curioso, pois a Nintendo possui algumas das melhores e mais emblemáticas trilhas sonoras do mundo. É estranho pensar que a equipe não conseguiu ousar mais no uso dessas faixas, que são tão icônicas e vívidas na memória do público.

    Há uma escolha por utilizar músicas de grupos famosos, que poderiam ser facilmente substituídas pelas trilhas originais. Apesar de tímidos, alguns dos clássicos de Super Mario Bros. estão ali, mas longe de engajarem o público como poderiam.

    Veredito

    Super Mario Bros.: O Filme é uma animação divertida, que consegue capturar o público com seus personagens cativantes e sua nostalgia. Longe de ser uma narrativa com o objetivo de emocionar a audiência, o longa da Illumination, Nintendo e Universal foca na aventura, como um grande jogo de videogame visto na telona do cinema. Um entretenimento bacana e voltado para toda a família.

    Nossa nota

    3,9 / 5,0

    Assista ao trailer:

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