Sorria 2 é a continuação do longa de 2022 e traz novamente Parker Finn como diretor e roteirista. O filme é estrelado por Naomi Scott.
Sinopse
Skye Riley (Naomi Scott) é uma diva pop que começa a experimentar eventos cada vez mais aterrorizantes e inexplicáveis. Sobrecarregada pelos horrores crescentes e pelas pressões da fama, ela deve enfrentar seu passado sombrio para recuperar o controle de sua vida.
Análise de Sorria 2
Em 2022, Parker Finn transformou um curta em um grande projeto que teve altos e baixos em sua proposta, mas deu muito certo, uma vez que fez um investimento de 17 milhões de dólares se transformarem em 217 milhões de doletas, número impressionante.
Rapidamente o estúdio correu e garantiu um segundo capítulo, o que gerou certa desconfiança por parte do público.
Entretanto, a nova história que traz uma diva pop e um custo maior de produção, batendo os 28 milhões, um valor razoável e excelente para o gênero, fez com que a nova empreitada de Flin chamasse a atenção do público, consolidando de vez o projeto e deixando o sentimento de que uma nova franquia está surgindo.
É inegável dizer que Sorria 2 não é perfeito, contudo, tem valências que o fazem ser uma parada mais do que obrigatória para os amantes de filmes de terror.
De negativo, temos excesso de personagens que pouco acrescentam à narrativa. Não que eles atrapalham o andamento do longa, mas também não servem para muita coisa, a não ser nos surtos da protagonista ou em algum susto.
Além disso, Finn estava com a confiança em alta e acabou abusando com enquadramentos de câmera que servem mais como firulas visuais do que de fato um apoio à história da obra, o que nos deixa com o nariz torcido em algumas cenas.
Isto posto, temos um excelente exemplo de um filme de shopping center com esteróides, pois sabe usar bem os clichês e ainda traz reviravoltas interessantes e sustos extremamente genuínos.
Me peguei em vários momentos em estado de alerta, com os cabelos arrepiados na sala de cinema e dando alguns pulos em jump scares muito bem construídos.
Se tem uma coisa que Parker Finn é bom é na construção do susto. Ele consegue segurar ou acelerar o momento crucial de maneira formidável, nos pegando desprevenidos sempre. É difícil prever de onde vai vir o grito, a cara horripilante ou a alucinação que a pobre Skye vai ter.
Falando da protagonista, Naomi Scott dá um show de atuação, pois consegue segurar muito bem a proposta macabra do longa e trazer um grau de complexidade para sua personagem.
Skye é quebrada mentalmente e fisicamente. Abusou das drogas, deixou a fama subir à cabeça e depois de um trauma do passado, deve lidar com a depressão, sorrindo para as pessoas por fora e tendo que segurar as pontas por dentro, uma alegoria interessantíssima de Sorria 2.
Scott tem uma fisicalidade absurda, entregando cenas impactantes com seus surtos e medo que transpassam a tela. Vários sentimentos surgem sobre ela e isso é extremamente enriquecedor para o espectador.
outro ator que dá show em sua atuação é Lukas Gage que consegue se mostrar extremamente perturbado e entrega a melhor cena de violência gráfica.
O roteiro trabalha bem a ideia de isolamento e falta de recursos da protagonista em lidar com tudo e o fato dela ser uma pessoa pública eleva a potência dos acontecimentos, o que também aumenta a iminência do perigo em tela.
A reviravolta pode agradar a alguns e fazer outros ficarem indignados, mas os dois caminhos possíveis me deixaram bastante satisfeito com o que aconteceu no último ato. Sorria 2 é competente em quase tudo que propõem, sendo uma das melhores surpresas de 2024.
Veredito
Sorria 2 é uma surpresa das boas e agrada aqueles que gostam de um filme cheio de sustos ou para aqueles que curtem uma experiência mais hardcore.
Com uma atuação excelente de Naomi Scott e um bom trabalho de Parker Finn, a franquia tem tudo para ser uma das mais marcantes da nova geração.
4.5/5.0
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