Premonição 6: Laços de Sangue é o mais novo filme da franquia, chegando 14 anos após o quinto capítulo, que fora lançado em 2011.
No elenco, temos Kaitlyn Santa Juana (O Jogo da Amizade), Brec Bassinger (Bella e os Bulldogs) e Richard Harmon (The 100), além do retorno de Tony Todd em seu último papel, pois o ator faleceu em 2024. A dupla Zach Lipovsky e Adam B. Stein é responsável pela direção.
Premonição foi uma grande virada de chave nos anos 2000, uma vez que o gênero de terror, principalmente no subgênero slasher, estava ficando saturado e tinha um novo coelho na cartola com a chegada da franquia Pânico, do lendário Wes Craven.
O grande diferencial de Premonição está em sua premissa, visto que, diferentemente de obras como Halloween, Sexta-Feira 13, A Hora do Pesadelo e até mesmo Pânico, o assassino da vez é a própria Morte, que vai atrás dos personagens um a um de forma extremamente perversa.
Em Premonição 6: Laços de Sangue, Stephanie (Kaitlyn Santa Juana) tem pesadelos constantes com um desastre ocorrido em 1969. Entretanto, estes sonhos, na verdade, são uma visão de sua avó, Iris (Gabrielle Rose/Brec Bassinger), que salvou dezenas de pessoas de seu destino final. Agora, a Morte vai atrás da família de Iris, pois nenhum deles deveria ter existido.
Laços de Sangue veio para trazer renovação para um projeto que ficou desgastado com o tempo.
O longa de 2000 foi um grande sucesso e suas sequências, principalmente o segundo e terceiro capítulos, foram divertidos, apresentando formas criativas de mandar para o além as pobres almas que se salvaram de um destino cruel.
Aliás, se formos falar de Premonição 6, criatividade é a palavra que define bem o filme, uma vez que a brutalidade e a estética da violência marcam bem as cenas do longa.
Os diretores Zach Lipovsky e Adam B. Stein conseguiram imprimir aqui os melhores e piores momentos da franquia, já que, mais uma vez, temos personagens unidimensionais que são destroçados de formas diferentes.
De fato, a equipe quis fazer uma carta de amor aos fãs, pois temos muitas referências aos cinco longas anteriores, o que faz os espectadores caçarem esses easter eggs.
Montar o quebra-cabeça é divertido e há um capricho na montagem das cenas, a ponto de nos surpreendermos positivamente com algumas escolhas, mesmo que algumas vezes soe como uma boa facilitação de roteiro.
A construção das mortes e a forma como elas acontecem são extremamente satisfatórias, principalmente aquelas que envolvem um caminhão de lixo e uma máquina de ressonância magnética, esta última que entra tranquilamente num top 3 de toda a franquia.
A novidade do roteiro em colocar uma família inteira em risco também é um grande acerto, uma vez que temos esta questão da urgência em salvar um ente querido e o peso das mortes ser maior, já que o sofrimento fica concentrado em um núcleo bastante próximo.
Contudo, se por um lado isso é uma boa ideia, por outro, os atores não conseguem executar essa empatia, o que gera o mesmo problema recorrente dos longas anteriores de Premonição.
Não consegui me conectar com a maioria dos personagens, com exceção de Eric (Richard Harmon), que possui personalidade forte e é magnético em cena.
As perdas não parecem ter tanto peso dramático e alguns furos da narrativa acabam sendo inevitáveis, todavia, nada que atrapalhe a experiência do espectador, que vai conseguir se satisfazer com a engenhosidade do Ceifador.
Veredito
Premonição 6: Laços de Sangue apresenta novas perspectivas para a franquia, dando um frescor necessário ao público que necessitava de uma história inédita e criativa.
O sangue escorre pela tela e a violência dá o tom para o projeto, o que nos coloca aquele sorrisinho perverso na boca de satisfação pela catarse divertida entregue em todos os seis longas.
4.0/5.0
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