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    CRÍTICA – Beetlejuice Beetlejuice tem clima oldschool ao melhor estilo de Tim Burton

    Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice é a continuação direta do filme lançado em 1988 e conta com o retorno de Michael Keaton, Catherine O’HaraWinona Ryder. O longa é dirigido por Tim Burton, e roteirizado por Alfred Gough e Miles Millar.

    A produção chega aos cinemas no dia 5 de setembro. Confira a crítica sem spoilers logo após a sinopse oficial.

    Sinopse de Beetlejuice Beetlejuice

    Após uma tragédia familiar, três gerações da família Deetz voltam para casa em Winter River. Ainda assombrada por Beetlejuice (Michael Keaton), a vida de Lydia (Winona Ryder) vira de cabeça para baixo quando sua filha adolescente acidentalmente abre o portal pós-morte.

    Análise

    36 anos se passaram desde o primeiro filme de Os Fantasmas Se Divertem. Na onda de remakes, reboots e sequências, era de se esperar que um longa de tamanho sucesso fosse revisitado em algum momento. E aqui estamos com Beetlejuice Beetlejuice.

    Na história, a família Deetz se vê obrigada a retornar a Winter River devido a um acontecimento traumático. Entretanto, os tempos agora são outros: Outrora uma criança, Lydia se tornou uma adulta que é constantemente perturbada pela presença de fantasmas e pela lembrança do Besouro Suco em sua vida. 

    Ela agora tem uma filha, Astrid (Jenna Ortega), que tenta viver uma vida “normal” apesar de sua família excêntrica. Porém, não demora muito para ela ser arrastada para as bizarrices que envolvem a existência dos Deetz.

    O clima de Beetlejuice é totalmente a cara da franquia, e por um lado isso é muito bom. Toda a nostalgia está ali, desde os créditos iniciais até o seu encerramento. O roteiro busca constantemente mesclar cenas divertidas, mas que casem com a estética que tanto consolidou Tim Burton ao longo dos anos, funcionando na maior parte do tempo.

    O balanço é feito principalmente pelo elenco, que tem em Michael Keaton e Catherine O’Hara o seu grande trunfo. Beetlejuice é o grande protagonista da história, mesmo que boa parte do tempo ele ande em torno dos principais acontecimentos do roteiro, não sendo o foco total. Keaton consegue revisitar todo o seu jeito canastrão para dar vida a esse personagem repugnante e divertido que aprendemos a amar.

    CRÍTICA - Beetlejuice Beetlejuice tem clima oldschool ao melhor estilo de Tim Burton
    Créditos: Divulgação / Warner Bros. Pictures

    Já Catherine O’Hara ganhou um presente por parte dos roteiristas, que dedicaram a Delia Deetz os momentos mais legais e interessantes da trama. Como uma artista que busca o tempo todo por inspirações, mesmo em meio a contextos horrorosos, a personagem faz uma transição para os dias atuais de uma maneira muito fluida e divertida. 

    Sua excentricidade ultrapassa todos os limites, colocando-a como uma artista constantemente perturbada por sua própria criatividade. O’Hara dá um show no papel, e eu gostaria que o roteiro tivesse reservado ainda mais espaço para o seu talento.

    Winona e Ortega, por sua vez, fazem o necessário em um arco que não é tão legal quanto poderia. Ter um núcleo adolescente misturado com uma história antiga, que precisa ter seu próprio desenrolar ao mesmo tempo em que apresenta ligações com o filme de 1988, acaba caindo bastante no clichê de tramas do gênero. 

    Mas vale destacar que Jenna Ortega se integrou muito bem ao elenco principal. A atriz tem totalmente a vibe das produções de Burton, assim como vimos em Wandinha, então por vezes parece que ela sempre fez parte dessa história. Assim, apesar de não gostar da forma como desenvolveram sua parte da trama, gosto da química entre Ortega e Winona e acredito que funciona muito bem.

    Talvez o grande problema no desenrolar de Beetlejuice Beetlejuice sejam seus núcleos. Por se tratar de um longa que envolve vários personagens, por vezes a história parece abarrotada demais. Além do núcleo dos Deetz, e do Beetlejuice no pós-vida, ainda temos os novos personagens interpretados por Monica Bellucci e Willem Dafoe.

    CRÍTICA - Beetlejuice Beetlejuice tem clima oldschool ao melhor estilo de Tim Burton
    Créditos: Divulgação / Warner Bros. Pictures

    Desta forma, as quase duas horas de filme não parecem suficientes para completar todas as peças dessa confusão, levando a conclusões um tanto simplórias e rápidas. O tom da história acaba facilitando nesse sentido, pois sempre há espaço para que Beetlejuice faça uma brincadeira e desconstrua qualquer tipo de empecilho no caminho.

    Por sua vez, a parte técnica de Beetlejuice é ótima. O uso de marionetes para dar vida a Bob e seus funcionários, além do trabalho de roupa, cabelo e maquiagem são um primor à parte e muito se conectam com o filme anterior. Apesar da maior parte das cenas se passar em locações pequenas, ainda há muitos detalhes visuais que se conectam à identidade tão enraizada nos filmes de Burton.

    Veredito

    Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice se conecta totalmente com a estética e o clima do filme de 1988, inclusive com uma trama pipoca ao estilo Sessão da Tarde. Apesar do excesso de núcleos e personagens, o longa consegue divertir e tem em seus atores e personagens clássicos o seu grande ponto forte.

    Nossa nota

    3,8 / 5,0 

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    Assista ao trailer:

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