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    CRÍTICA – O Jogo da Morte é um thriller envolvente

    O Jogo da Morte é um filme de terror/suspense russo que faz uma adaptação do polêmico desafio da “Baleia Azul”, que assustou muitas pessoas em meados de 2017 a 2019.

    O texto abaixo aborda questões como suicídio e automutilação. Leia por sua conta em risco e se estiver passando por problemas, busque ajuda profissional ou entidades que podem auxiliar. Sua vida é extremamente importante!

    Sinopse

    Em O Jogo da Morte, uma adolescente tenta descobrir a verdade por trás do suicídio de sua irmã mais nova, entrando em um universo macabro de desafios cruéis.

    Análise de O Jogo da Morte

    A internet é um lugar que pode ser maravilhoso ou brutal, uma vez que é um local no qual o acesso à informação ou a falta dela é quase infinito, o que atrai cada vez mais a mente de jovens.

    Antigamente, grupos pequenos se formavam para se associar a diversos assuntos e modismos, com movimento bem restritos aqueles que tinham a introspecção como característica principal.

    Hoje, é possível que essa juventude se multiplique, atuando em áreas mais sombrias, com discursos de ódio e que incentivam a automutilação ou coisas piores que isso.

    Um desses movimentos veio do que chamamos de creepypastas, ou também de fóruns nos quais crianças e adolescentes tem acesso irrestrito a arquivos que atacam forte a saúde mental, principalmente com influências negativas de criminosos que querem causar o mal, manipulando as vítimas a fazerem coisas terríveis com os outros ou elas mesmas, tudo por conta de ego ou problemas pessoais quase irreparáveis.

    O Jogo da Morte aborda esse submundo, com uma protagonista inteligente que quer desmascarar uma rede de assassinos.

    O longa funciona de várias formas no que tange a estrutura de direção, montagem e roteiro, pois sabe de suas limitações orçamentárias e usa isso a seu favor, usando como referências os excelentes Buscando e Desaparecida.

    Além disso, O Jogo da Morte se aprofunda na psique dos adolescentes que sofrem de distúrbios mentais e sociais como depressão e ansiedade, já que ao fazer a nossa protagonista entrar no desafio da Baleia Azul e abordar os próprios problemas dela de forma bastante crível ajuda na imersão e compreensão da questão.

    A trama evolui de forma bem orgânica, sem entraves nos dois primeiros atos, pois a investigação é intrigante e instiga o espectador a buscar as pistas junto com os personagens.

    O fato de termos uma linha de tempo curta que vai ganhando velocidade e ficando mais envolvente ajuda a nos importarmos com os personagens e a querer ter informações cruciais.

    As atuações de todo o elenco são funcionais, com algumas se destacando bastante. Os atores conseguem passar os medos, inseguranças e jogar na tela os traumas que passaram, o que é bem positivo.

    Entretanto, o filme perde bastante força no terceiro ato, ainda mais por conta de diversas forçadas de barra do roteiro que criam armaduras absurdas para a protagonista, já que as decisões dela na reta final são as mais clichês e básicas de slashers preguiçosos, trazendo uma conclusão meio xoxa para uma construção tão boa. Contudo, O Jogo da Morte está bem longe de ser aquela bomba que todos achávamos que poderia ser.

    Veredito

    o jogo da morte

    Com uma mensagem interessante e uma proposta imersiva, O Jogo da Morte é uma grata surpresa no primeiro trimestre de 2024, com uma história válida e bastante crível.

    Mesmo que existam suas facilitações de roteiro, é inegável que há virtudes bem visíveis, o que mostra a importância de vermos o longa e sermos presentes com quem amamos em um mundo onde influência é tudo.

    Nossa nota

    4,0/5,0

    Confira o trailer:

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