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    CRÍTICA – O Cemitério Maldito: A Origem enterra a franquia de vez

    O Cemitério Maldito: A Origem é a mais nova adaptação da obra da lenda Stephen King e está disponível no catálogo da Paramount Plus. A direção está na conta de Lindsey Anderson Beer que assina o roteiro ao lado de Jeff Buhler.

    Sinopse

    Em 1969, o jovem Jud Crandall (Jackson White) quer deixar para trás sua cidade natal, Ludlow, mas logo descobre segredos sinistros que assolam sua família e a de seus amigos. Agora, ele desvendar tudo e lutar pelos seus entes queridos.

    Análise de Cemitério Maldito: A Origem

    cemitério maldito

    O Cemitério Maldito é uma das obras mais instigantes e lembradas de Stephen King, visto que tem uma atmosfera sombria e aborda uma discussão ética sobre perda, já que o local amaldiçoado traz de volta os mortos, mas sem sua alma, o que nos leva à reflexão sobre seguir em frente.

    O clima soturno e de que tudo vai dar errado está bem presente nesta prequela que veio de mansinho para tirar mais algum suco dessa fruta tão usada.

    O remake de 2019 dividiu opiniões, mas eu acho ele bem interessante e com uma visão diferente do que foi feito em 1989, com uma roupagem diferenciada e que conta de uma forma nova o que já sabemos.

    Entretanto, o longa de 2023 além de não mostrar a que veio, parece ser um furo na já contada e recontada história.

    A direção de Cemitério Maldito: A Origem tem pouca inspiração e usa a boa e velha muleta do jump scare como para causar medo, o que é um erro, uma vez que há sim um peso no ar, a cidade parece inóspita.

    Não há nada de destaque, com atuações ok, com alguns um pouco abaixo, mas nada que comprometa a experiência.

    O roteiro tenta por meio de reviravoltas telegrafadas nos deixar entregues à trama, mas apenas causa tédio por conta de diálogos sofríveis e repetitivos. O filme bate o tempo todo na tecla do legado/maldição das famílias fundadoras da cidade e de que não há escapatória para uma boa vida fora dali.

    O privilégio e hierarquia são sempre estabelecidos junto com uma ideia de que os desafortunados de Ludlow estão fadados ao sofrimento, o que tenta criar uma mística vazia daquele lugar tão explorado anteriormente por outros cineastas.

    O Cemitério Maldito: A Origem é aquele longa metragem lugar comum, sem pretensão e que está aqui apenas para ser mais uma opção dentro de diversas outras que temos nos catálogos de streaming. Vai chamar a atenção pelo título que carrega, todavia, nada mais deve trazer a curiosidade do espectador.

    Veredito

    O Cemitério Maldito: A Origem é o bom e velho mais do mesmo, sendo uma prequela que ninguém pediu e será assistida como mais uma opção. Em um ano com poucas surpresas, infelizmente a nova empreitada da Paramount não consegue se destacar e vai ser esquecida assim que desligarmos a TV.

    Nossa nota

    2,5/5,0

    Confira o trailer:

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