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    CRÍTICA – Indiana Jones e a Relíquia do Destino é despedida calorosa do maior aventureiro do cinema

    Muitas pessoas cresceram ao longo das décadas de 1980 e 1990 com as aventuras de Indiana Jones em diversos lugares do mundo. Mas, infelizmente, toda jornada tem um fim e em 2023 será lançada a última grande aventura deste herói tão carismático e importante para a história do cinema: Indiana Jones e a Relíquia do Destino.

    O filme é dirigido por James Mangold (Ford vs Ferrari), com roteiro de Jez Butterworth, John-Henry Butterworth, David Koepp, além do próprio diretor ter participado desta etapa. Sua trilha sonora é composta por John Williams e o longa é produzido por George Lucas e Steven Spielberg.

    O elenco é estrelado pelo renomado Harrison Ford, que será pela ultima vez Indiana Jones, Phoebe Waller-Bridge (Fleabag), Antonio Banderas (Gato de Botas 2), Shaunette Renée Wilson (Billions), Boyd Hoolbrook (Sandman) e Mads Mikkelsen (Animais Fantasticos: Os Segredos de Dumbledore).

    O filme, que chegará aos cinemas nacionais em 29 de junho, é o primeiro de Indiana Jones que não será dirigido por Spielberg, mas conta com o retorno de John Wiliams, responsável pela trilha de Os Caçadores da Arca Perdida.

    Sinopse

    Em Indiana Jones e a Relíquia do Destino, Indiana Jones (Harrisson Ford), famoso arqueólogo, professor e aventureiro, embarca em mais uma missão inesperada. Neste retorno do herói lendário, Indiana Jones encontra-se em uma nova era, se aproximando da aposentadoria.

    Ele luta para se encaixar em um mundo que parece tê-lo superado. Mas quando as garras de um mal muito familiar retornam na forma de um antigo rival, Indiana Jones deve colocar seu chapéu e pegar seu chicote mais uma vez para garantir que um antigo e poderoso artefato não caia nas mãos erradas.

    Mas, desta vez, ele tem o sangue de uma nova geração para o ajudar nas suas descobertas e na sua luta contra o vilão Jürgen Voller (Mads Mikkelsen). Acompanhado de Helena Shaw (Phoebe Waller-Bridge), o arqueólogo corre contra o tempo para recuperar o item que pode mudar o curso da história.

    Análise

    Indiana Jones e a Relíquia do Destino é um excelente filme, encerrando a franquia com a classe e carinho que merece o maior arqueólogo e herói do cinema. Homenageando a sua jornada enquanto conta sua aventura final.

    James Mangold tem uma ótima direção, dando o seu tom ao filme sem distanciar-se de tudo o que já foi produzido na franquia. É extremamente difícil tentar superar o trabalho de alguém tão renomado como Spielberg, entretanto Mangold segue o seu caminho, evitando emular estilos e realizando uma bela homenagem ao diretor.

    Em aspectos técnicos como fotografia, figurino e direção de arte, o longa tem um trabalho muito bonito de se vislumbrar, reproduzindo de forma sólida o recorte temporal ao qual pretende contar a sua história.

    CRÍTICA - Indiana Jones e a Relíquia do Destino é despedida calorosa do maior aventureiro do cinema
    Créditos: Divulgação / Lucasfilm

    O roteiro é bem elaborado dando um ritmo para os acontecimentos de forma a ser fácil de compreender o que acontece e ressaltando, através das questões afetivas do protagonista, a razão para que retorne a agir por mais uma vez.

    Em termos de efeitos especiais, esse é outro ponto a ser elogiado, principalmente quando vemos o jovem Indiana Jones. Mas destaco neste quesito os efeitos práticos utilizados para as cenas de ação.

    O elenco todo é excelente, entretanto acredito que seja inevitável destacar a atuação de Phoebe Waller-Bridge como co-protagonista ao lado do excelente Harrison Ford, que se mostra em grande forma. Por outro lado, os vilões não deixam a desejar e Mads Mikkelsen como Voller é um grande desafio a ser batido pelo corajoso Dr. Jones, que precisa evitar que o rumo da história mude.

    CRÍTICA - Indiana Jones e a Relíquia do Destino é despedida calorosa do maior aventureiro do cinema
    Créditos: Divulgação / Lucasfilm

    A última aventura do maior arqueólogo do cinema é divertida, emocionante e deixa de forma carinhosa ao longo de sua narrativa diversas referências, como uma homenagem a personagens importantes de sua história. Desta forma, acredito que Indiana Jones e a Relíquia do Destino não seja apenas uma aventura nostálgica, mas também uma carta de amor para aqueles que tornaram toda a jornada deste personagem histórico do cinema tão impactante.

    O Dr. Henry Jones Jr. é o herói que foi modelo para diversos filmes deste gênero posteriormente, podendo citar por exemplo o pirata Jack Sparrow em Piratas do Caribe. Aquele tipo de herói que não é indestrutível, que comete erros, não tem habilidades ou talentos especiais, mas tem resiliência, curiosidade pela descoberta, coragem e determinação para sair do perigo e ajudar os amigos que precisam.

    Neste filme vemos exatamente todas estas características que o tornam um personagem tão especial, mesmo com a idade avançada e sentindo-se ultrapassado pelo olhar da humanidade ao futuro. Mas através do seu elo com Helena Shaw, recorre as suas maiores virtudes para mais uma vez evitar que algo ruim aconteça ao mundo.

    Outro aspecto da personalidade tão virtuosa de Indy esta relacionado a sua curiosidade, afinal um antropólogo curioso procura sempre uma grande descoberta. Entretanto, ele jamais faz algo por ambição ou benefício próprio. Mesmo que seja algo que ele gostaria, como vemos neste filme, Indy tem no seu altruísmo a fortitude dos seus princípios.

    Veredito

    Indiana Jones e a Relíquia do Destino é um filme espetacular, divertido, nostálgico, emocionante e uma jornada maravilhosa através do conhecimento e da história.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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