Capitão América: Admirável Mundo Novo é o quarto longa do herói e apresenta Sam Wilson (Anthony Mackie) como o Sentinela da Liberdade. O filme conta ainda com Harrison Ford como Thaddeus “Thunderbolt”Ross.
Sinopse
Sam (Anthony Mackie) se vê no meio de um incidente internacional após se encontrar com o Presidente Thaddeus Ross (Harrison Ford). Ele precisa descobrir a razão por trás de um nefasto complô global antes que o verdadeiro mentor faça o mundo inteiro ver vermelho.
Análise de Capitão América: Admirável Mundo Novo
Quando foi anunciado, Capitão América: Admirável Mundo Novo ou Capitão América 4, tive bastante entusiasmo, pois veríamos um personagem extremamente interessante como Sam Wilson como protagonista.
Entretanto, ao sair da sala de cinema, o que vi foi outra coisa: um longa em que o Capitão América divide o holofote com o agora Presidente Ross.
Aliás, a escolha da Marvel de usar o filme como uma espécie de recap de tudo que estava parado em seu universo foi uma péssima decisão.
Basicamente, é um novo capítulo do Sentinela da Liberdade que traz as conseqüências de Os Eternos, O Incrível Hulk e uma pontinha de X-Men, ou seja, a trama principal de Sam fica sendo picotada o tempo todo.
De positivo, as atuações e personagens são o grande destaque. Sam Wilson é um excelente protagonista, pois se prova como herói e ainda consegue ser convincente como líder, pois tem o carisma e bondade necessários para tal papel. Mackie domina as ações e mostra segurança.
Harrison Ford e Giancarlo Esposito são extremamente efetivos em seus trabalhos, mostrando consistência. O primeiro carrega o peso das consequências dos atos de Thaddeus Ross e é eficiente como o Hulk Vermelho.
Já o segundo, mesmo com pouquíssimo tempo de tela, consegue convencer como um desafio à altura do novo Capitão América, podendo ganhar mais destaque em uma nova oportunidade no futuro.
Por fim, Shira Haas, Danny Ramirez e Carl Lumbly são funcionais em seus papéis, sendo boas adições ao filme.
De negativo, temos um roteiro pobre e uma direção sem inspiração, que usam as ideias de vários outros longas da Marvel. A trama de espionagem se assemelha, e muito, a de Capitão América 2: O Soldado Invernal e Guerra Civil, pois temos Isaiah Bradley fazendo as vezes de Bucky, como um supersoldado traumatizado que sofre consequências.
Além disso, é inegável que existe uma subdivisão da trama, colocando Ross e Sam como protagonistas, dando sequência ao filme do Gigante Esmeralda de 2008.
O Líder, grande vilão, é mais um dos exemplos ruins da Marvel de antagonistas que não marcam. Seu objetivo é acabar com a reputação de Ross e ser um desafio intelectual para o Cap, o que é muito pouco para que ele seja um dos personagens memoráveis. A atuação do excelente Tim Blake Nelson é totalmente desinteressada.
Julius Onah, o diretor de Capitão América: Admirável Mundo Novo é ruim, com cenas de ação picotadas, com cortes demais, além de problemas técnicos de continuidade e mau uso de CGI.
As refilmagens fizeram mal ao filme, com vários momentos artificiais, tanto visualmente quanto para a história, tornando o projeto bastante esquecível.
Veredito
Capitão América: Admirável Mundo Novo é uma colcha de retalhos de vários outras obras do MCU que estavam sem uma continuidade, o que mostra que o material original não tinha o suficiente para agradar ninguém.
Infelizmente, o que sobra é só um filme que tem vergonha de si mesmo, se tornando só mais um dos vários exemplos medianos de projetos da Casa das Ideias.
3.0/5.0
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Assista ao trailer:
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