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    CRÍTICA – Ash: Planeta ParasIta tenta ser o novo Alien, mas falha

    Ash: Planeta Parasita é um filme original da plataforma Shudder, nos Estados Unidos e é distribuído pelo Prime Video no Brasil. A direção é de Flying Lotus e o elenco conta com Elza González e Aaron Paul.

    Sinopse

    Riya (Elza González), uma cientista espacial, volta a si e descobre que dois dos seus tripulantes foram violentamente mortos e um terceiro, Clarke (Kate Elliott), está desaparecido. Ela não se lembra do que aconteceu e tem um ferimento na testa, mas começa a investigar.

    Análise de Ash: Planeta ParasIta

    Ash: planeta parasita

    Assistindo os primeiros 20 minutos de Ash: Planeta ParasIta, já me veio à mente duas referências claras do diretor Flyng Lotus: Alien: O Oitavo Passageiro e O Enigma de Outro Mundo.

    O longa estrelado por Elza González é um genuíno terror cósmico, com elementos interessantes como a violência gráfica, uma psicodelia que está bem presente por conta de um fotografia caprichada no vermelho, roxo e azul, além de efeitos práticos competentes, principalmente na batalha do terceiro ato.

    Ainda na parte positiva, temos atuações convincentes e funcionais do elenco de Ash: Planeta ParasIta, principalmente de sua protagonista que consegue entregar uma líder assertiva na qual conseguimos torcer. Riya emula a lendária capitã badass Ellen Ripley, interpretada pela espetacular Sigourney Weaver na franquia Alien.

    Consegui comprar que a tripulação é engajada e amiga, ficando triste que a maioria teve mortes brutais, o que dificultou mais tempo de tela para os atores e um maior sentimento em relação as suas perdas precoces.

    Por mais que a escolha narrativa seja a de contar a história do fim para o início, se utilizando de vários flashbacks e flashforwards no processo, deu para ter vários vislumbres de como a química do elenco estava a todo o vapor.

    Entretanto, param por aí os elogios ao longa metragem da Shudder, uma vez que ele tem mais o aspecto de cópia do que, de fato, uma obra original e inovadora na qual tenta se vender a todo o momento.

    A história não linear existe justamente para mascarar a simplicidade e furos do roteiro assinando por JonnI Remmier, visto que aqui ele faz um remendo de Alien e O Enigma de Outro Mundo de forma bastante rasa e bem previsível.

    Temos um parasIta que controla e ataca a tripulação, gerando um perigo real só quando é conveniente. Com menos de uma hora de filme, já conseguimos sacar o grande plot-twist de Ash: Planeta ParasIta, pois o roteiro não consegue embaralhar as escolhas, mesmo que a direção tente por meio de jump-scares e alucinações que quebram o ritmo.

    Além disso, por mais que tente criar um clima tenso e uma investigação profunda, o filme nunca consegue chegar neste objetivo, se perdendo nas cenas fora do lugar em uma montagem confusa.

    O uso de CGI também é um problema já que ele fica bastante evidente nas cenas. Lotus consegue fazer um bom trabalho quando utiliza efeitos práticos, o que o deixa com credenciais interessantes para projetos futuros.

    Contudo, aqui o que fica, no fim, é uma mensagem de impacto sobre a humanidade, mesmo que cheia de chavões sobre sermos auto destrutivos e acabarmos com tudo que tocamos. Há pouquíssima originalidade no projeto, o que é uma pena.

    Veredito

    5

    Ash: Planeta ParasIta mira alto com boa base de conceitos, mas falha ao se preocupar apenas em replicar grandes obras do passado, desperdiçando seu potencial de chocar o público com cenas impactantes e uma boa narrativa.

    Nossa nota

    3.0/5.0

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    Assista ao trailer:

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