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    CRÍTICA – Submissão: a Megan cresceu e entrou em um suspense erótico

    Submissão ou Alice: Subservience é o mais novo filme do Prime Video e tem Megan Fox e Michele Morrone no elenco. A direção é de Scott Dale.

    Sinopse

    Alice é uma androide com inteligência artificial adquirida por uma família para ajudar nas tarefas domésticas. O problema é que ela logo quer ocupar o lugar da mãe.

    Análise de Alice

    A inteligência artificial vai dominar o mundo…

    Desde que entramos na era industrial, as máquinas sempre foram um tema interessante de discussão, e no cinema nunca foi diferente.

    Alice: Subservience até traz a discussão à tona, mas, de fato, passa longe de abordar de forma profunda, indo para um caminho inusitado: o do suspense erótico.

    A premissa de que um homem fragilizado acaba fazendo besteira e traindo sua esposa/namorada é algo bastante comum, contudo, colocar uma mulher robô na equação adiciona uma pitada de curiosidade para ver aonde isso tudo vai dar.

    Infelizmente, Alice: Subservience cai na mesmice, mesmo que tenha uma história diferente.

    No início do filme já vemos os rumos, uma vez que a tecnologia já faz parte daquele contexto e a discussão homem vs máquina já está estabelecida.

    Nick, interpretado de forma medonha por Michele Morrone, até tem nuances interessantes, pois sofre com a doença da esposa, os anseios dos amigos que foram substituídos por andróides e por não saber lidar com duas crianças pequenas, tudo isso regado pelo álcool no qual é viciado.

    Entretanto, o roteiro sofrível não consegue trabalhar essas diversas possibilidades, focando de forma rasa na persona do protagonista que passa o tempo todo com cara de paisagem e com o belo corpo à mostra.

    A escolha de Morrone não foi à toa, pois o ator já “brilhou”no soft porn 365 DNI e aqui é objeto de desejo, assim como Megan Fox, que é uma mulher extremamente atraente.

    A direção de Scott Dale prefere focar mais em cenas de sexo e em passagens constrangedoras do que elaborar o texto. Pior do que isso: ainda tenta fazer a abordagem mais séria da sociedade vs as máquinas, mas cai na armadilha de criar dois filmes dentro de um, já que a questão da traição de Nick e a batalha contra os andróides anda sempre uma contra a outra e nunca juntas por um objetivo.

    Se você prestar bem a atenção, vai notar que o ato final é quase inteiro desconexo com o restante, já que não houve uma decisão entre uma história mais introspectiva, no caso a relação extraconjugal, tampouco a questão macro da possível extinção da humanidade. O longa fica sempre no meio termo entre as duas coisas.

    Chegando ao final de Alice: Subservience, a sensação que fica é que o projeto poderia ser uma série, mas, no fim, se tornou um longa-metragem fraco e completamente perdido em sua proposta.

    Veredito

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    Confuso e cheio de problemas em sua base, Alice: Subservience é fraco de execução, apesar de ter boas ideias em sua composição.

    Se tivesse mais talento envolvido, talvez poderia ser um grande sucesso de crítica, mas o alvo não foi atingido, na verdade, o tiro foi bem, beeeem longe mesmo dele.

    Nossa nota

    2.0/5.0

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    Confira o trailer:

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