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    CRÍTICA – Hellraiser é um carinho merecido a uma franquia esquecida no tempo

    Hellraiser teve um reinício em 2022 e foi um dos grandes filmes que aconteceu em um ano recheado de boas opções. Disponível no Paramount Plus, o longa é um remake das histórias de Clive Barker.

    A franquia nos últimos anos foi esquecida do grande público e teve uma série de produções de baixo orçamento que fracassaram em sustentar a relevância de Hellraiser ao longo das ultimas duas décadas após ter deixado de ser exibido nas grandes telas.

    Contando Jamie Clayton sucedendo Doug Bradley no papel da figura icônica Pinhead, esta nova versão de Hellraiser conta com David Bruckner ( V/H/S) na direção além de Odessa A’zion, Goran Višnjić e Brandon Flynn lançado pelo streaming Hullu.

    Sinopse

    Hellraiser é uma reimaginação aos olhos do diretor David Bruckner do filme de 1987. Nesta versão, uma jovem deve enfrentar as forças sádicas e sobrenaturais por trás de uma enigmática caixa de quebra-cabeças responsável pelo desaparecimento de seu irmão.

    Análise de Hellraiser

    “ Alimente a caixa se não for você ofereça outro”

    O maior mérito desta nova versão de Hellraiser é saber explorar de forma competente as virtudes do melhor filme da franquia, trazendo conceitos novos e dando uma nova energia para a história.

    Jamie Clayton assumindo o legado de Doug Bradley, que sempre teve atuações marcantes como Pinhead, mostra que o futuro do personagem esta em boas mãos sendo um dos destaques do filme e uma presença de cena assustadora.

    Em comparação a primeira versão do sarcedote do Cenobitas existem diferenças relevantes a se ressaltar tanto em aspectos visuais quanto o antagonismo em cena.

    Neste filme Pinhead não tem sua cabeça adornada com pregos, mas alfinetes ressaltando mais  seu aspecto andrógeno em relação ao passado, cujo os detalhes eram mais sutis.

    Outro aspecto muito relevante é a sua atuação na história, sendo uma figura mais sedutora com promessas ambíguas caso a tarefa de alimentar a caixa seja realizada com sucesso.

    Além de Pinhead é mostrado outros cenobitas que se tornaram figuras frequentes são referenciados no filme como por exemplo Angelique de Hellraiser Bloodline.

    A respeito de atuações vale ressaltar a atuação de Odessa A’zion no papel de Riley, a garota que abre a caixa após os eventos contados no primeiro ato do filme. É possível sentir a claustrofobia do dilema da personagem diante de uma situação totalmente incomum a sua vida.

    As cenas são bem violentas e angustiantes com mortes algumas mortes que podem nos compadecer pelo que nos é apresentado sobre os personagens, mas também a outras que nos faz torcer para que os cenobitas sejam os provedores da tortura mais desagradável possível.

    A narrativa dos eventos inicia com Ronald Voight (Višnjić) invocando uma audiência com os cenobitas após alimentar as seis configurações que refletem a desejos: Lamento (vida), Lore (conhecimento), Laliderant (amor), Liminal (sensação), Lázaro (ressurreição) e Leviatã (poder)

    Após conhecermos Voight sem saber o resultado do seu encontro seguimos para Riley, uma garota viciada em drogas que mora no apartamento do seu irmão Matt que após uma briga foge de casa e abre a primeira configuração da caixa dada por seu namorado Trevor.

    Assim invocando Pinhead que lhe dá duas opções: alimentar a caixa com seu sangue ou de outra pessoa enquanto Matt se corta com uma lâmina que surge após o enigma ser finalizado, assim sendo a primeira vítima dos cenobitas.

    O filme segue essa busca de Riley entre compreender o que esta acontecendo e encontrar o seu irmão desaparecido enquanto a sua trama se entrelaça com o evento passado.

    Apesar de tentar fazer alguma surpresa com os eventos da história as pistas são muito claras em relação ao que poderia acontecer, mas a conclusão a respeito do desfecho dos personagens é satisfatória deixando uma reflexão a respeito sobre as consequência do que se deseja.

    Veredito

    O remake de Hellraiser traz um novo folego para a franquia que adapta o livro de Clive Barker, com cenas chocantes, tensas e muito angustiantes remetendo os tempos áureos da franquia, que pode ter rumos muito interessantes após o lançamento deste remake.

    Nossa nota

    4,0/5,0

    Confira o trailer:

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